Toro Volcano 2022: intermediário caprichado

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Durante uma semana, tive a chance de testar a versão intermediária com o novo motor flex 1.3 Turbo 270 da picape Fiat Toro 2022, a Volcano. Tal qual o restante da linha, além da mecânica atualizada, ela incorpora outras novidades. Vamos às nossas impressões. 

Antes de ir em frente, porém, recomendo que você dê uma olhadinha na matéria que publicamos recentemente aqui no iCarros sobre uma “irmã” mais simples desse Toro, a versão Endurance 2022.

Lá, falamos um pouco sobre as origens e a trajetória do modelo, além de avaliar mais profundamente seu desempenho – e a mecânica de ambas as versões é exatamente a mesma. 

Por fora, poucas mudanças, mas muita diferença 

Embora as alterações estéticas mais significativas da linha Toro tenham sido reservadas para as versões mais caras, Ranch e Ultra – que ganharam uma grade diferente –, os pequenos retoques feitos nessa Volcano têm também um efeito bem marcante.  

Capô, para-choque, faróis e lanternas foram redesenhados, com alguma sutileza, mas o que realmente salta aos olhos é a nova logomarca da Fiat, com o nome da montadora em grandes letras cromadas, agora aplicadas na parte central da grade (antes, a marca, em logo de fundo vermelho, ficava acima, na borda do capô).  

Além disso, na Volcano, a grade escura traz ainda dois frisos horizontais, que a cortam de lado a lado, igualmente cromados e reluzentes. 

Assim descrito, pode parecer pouco, mas duvido que você confunda um Toro Volcano 2021 ou mais antiga com outro 2022, especialmente se estiver olhando o carro de frente. Isso porque, na traseira, a alteração se resume à sigla T 270, também em letras cromadas, colada sobre uma das portas da caçamba. 

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Interior hi-tech 

Entrando no carro, as novidades são ainda mais chamativas. A começar pela nova central multimídia, que agora tem tela vertical – como introduzido há alguns anos pelos modelos elétricos da norte-americana Tesla – com 10 polegadas, na prática, funciona como um bom tablet. 

O bom tamanho e a posição dessa tela comandada por toque fazem com que o sistema de entretenimento, conectividade e informações da Fiat, que já era bem intuitivo e fácil de usar, fique ainda mais interessante. Usar o navegador residente, com projeção que simula 3D, ficou bem interessante. 

Vá lá que a imagem da câmera de ré, que é enquadrada na tradicional horizontal, não ocupe todo o espaço, mas, em compensação, a quantidade de ícones com funções, mais bem distribuídos pela área, ficam mais fáceis de identificar e usar, especialmente pelo motorista. E parte dos recursos pode ser comandado por voz. 

Praticamente tudo o que percebi faltar no Toro Endurance, está disponível nesta versão, como os sempre úteis espelho antiofuscante (fotocrômico) e o acionamento automático de faróis e limpadores de para-brisa.

E mais uns tantos outros, como aviso de mudança de faixa, comutação automática do farol alto para o baixo (se vier outro carro na mão contrária), conexão sem fio para Android e Apple… 

A lista é grande, e passa por um revestimento bacana em couro de bancos e painéis, bons alto-falantes, ar condicionado digital de duas zonas, borboletas para troca manual das marchas (paddle-shifters), piloto automático e carregador de celular por indução (sem fio) e partida por controle remoto e banco do motorista com ajuste elétrico. 

A segurança também é caprichada, e além dos assistentes e controles de frenagem, tração, estabilidade e partida em subida, há sete air-bags – dois laterais, dois frontais, dois de cortina e mais um para os joelhos do motorista.  

O painel de instrumentos é idêntico ao das demais versões. É digital, com alguma personalização disponível e informações do computador de bordo e da multimídia projetadas. Pelo volante, é possível acionar alguns dos comandos – como os do celular, das funções do computador de bordo e do piloto automático. 

Em marcha 

Em termos de desempenho, a Toro com esse novo motor 1.3 turbinado se tornou mesmo um carro bem mais gostoso de dirigir que seus antecessores 1.8 flex. É ágil em arrancadas em retomadas – pelo menos sem carga na caçamba, como a testei.  

E, se você quiser um pouco mais de ímpeto nessas manobras, pode acionar o botão “sport” no painel, que faz com que as seis marchas do câmbio automático sejam um pouco esticadas e muda ligeiramente as respostas do acelerador. 

Em 99% do tempo, porém, isso nem é necessário. Há torque de sobra nas baixas rotações e o carro parece rodar sempre sem fazer força, mesmo com casa cheia de passageiros. Sendo uma picape, alta e bem comprida, ela se sai bem em curvas, desde que o bom senso também esteja a bordo. 

Em minhas medições (baseadas no que informou o computador de bordo), com gasolina, a média entre cidade e estrada (em trajeto curto, de uns 100 km) ficou em pouco menos de 10 km/litro, batendo com o que apurou o Inmetro - 9,4 km/litro na cidade e 10,8 km/litro na estrada. 

Afinal, vale a pena? 

Boa de motor e bem servida de itens de conforto e segurança, a versão intermediária Volcano acaba oferecendo um bom custo-benefício.

Se você não precisa de um carro com tração nas quatro rodas, mas gostaria de contar com a versatilidade de uma cabine dupla, tanto para passeios com a família, quanto para levar alguma carga (sítio, trabalho ou lazer), é ótima opção. E ainda por cima é gostosa de dirigir. 

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