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Topless noturno

Nossa receita para curar suas aflições: um conversível, uma noite de verão e uma bela companhia

12/03/2008 - Carlos Guimarães / Fotos: Ricardo Rollo / Fonte: iCarros

Não há nada mais dispendioso, nada mais inconveniente no uso diário, nada mais vulnerável que um conversível. E não existe nada mais incômodo que passear de conversível sob o sol a pino, a menos que você more em Pechenga, quase Pólo Norte, e queira tirar o máximo de proveito de um dos 73 dias ensolarados que esta vila portuária registra por ano. Conversível é um problema – um problema que todos nós queremos ter, entenda-se. Não há nada mais delicioso que esses carros feitos com um único e indiscutível propósito: o de fazer você cancelar todas as sessões de terapia com aquela analista freudiana. Nada de complexos. Rodar de conversível é prazer que baixa sua taxa de adrenalina na mesma proporção em que eleva a de testosterona. Não são esportivos para deixar rastro de borracha no asfalto (embora a maioria esteja capacitada a tanto), mas para rodar com tranqüilidade. Uns 100 por hora, no máximo, em uma estradinha secundária. É claro que falta algo nessa fantasia – falta a mulher do primeiro parágrafo, embora nada impeça que você exerça seu prazer solitariamente. Sobra alguma coisa também: o sol. Guarde aquele protetor engordurado e só baixe a capota quando o sol se esconder. Eis a receita! Ingredientes à mão, vamos à cereja: seis conversíveis à venda no Brasil, aqui alinhados pela ordem de preço. Uma Ferrari F430 Spider, de R$ 1,5 milhão; um Volvo C70, de R$ 239.481; um BMW Z4 2.0, de R$ 200 mil; o Lobini H1, de R$ 170 mil; o Peugeot 307 CC, de R$ 145.600; e, por último, uma exclusividade, o Renault Mégane CC, que começa a ser vendido em março por R$ 128 mil. Também tivemos à disposição um exclusivo BMW 335i Cabrio, cedido pela revenda paulistana Osten, com o teto retrátil de aço usado pela primeira vez pela marca, e um Audi TT Roadster. Ambos só não aparecem nesta reportagem por causa de um imprevisto meteorológico: choveu, mas choveu forte, na primeira tentativa de reunir a frota nas imediações de São Paulo para as sessões noturnas de foto. Tivemos paciência de esperar pela chegada de uma noite menos úmida, o que só aconteceria uma semana depois da tempestade. Neste intervalo, ambos foram vendidos. Convocamos, igualmente, uma Maserati Spider, um Porsche Cabrio e um Mercedes SLK. Mas a Via Europa, a Stuttgart e a Mercedes-Benz, representantes dessas marcas no Brasil, não tinham nenhum dos modelos à disposição. Não que esse tipo de carro venda muito. Mas todos que desembarcam por aqui, já têm dono. Em 2007, foram vendidos pouco mais de 506 conversíveis, segundo informações da associação das marcas importadas, a Abeiva. Mais 25 Lobini vendidos no mesmo período e, ainda assim, a conta parece baixa para um País que tem poucos dias de chuva. A Renault acha que não há tantos compradores porque faltam modelos. A marca vai trazer 250 Mégane Cabrio em 2008 e aposta que venderá todos. Quem compra? Lobos solitários, à procura de companhia, na maioria. Por fim, convidamos seis jovens modelos apaixonadas por carros e loucas por conversíveis para participar da produção. Se for para ter prazer, que seja completo, certo? Espetáculo na ponta do dedo À exceção do Lobini (cujo segmento da capota de fibra é removido com as mãos e encaixado sobre a tampa do motor traseiro), os demais conversíveis reunidos nesta reportagem são equipados com um engenhoso mecanismo eletro-hidráulico. Um robô invisível que se encarrega de comandar o espetáculo de transformar cupês em cabrios – e vice-versa. O sistema de abertura e de fechamento da capota é parecido em todos os carros, o que muda é o tempo em que a ação transcorre: varia dos 16 segundos registrados pelo BMW Z4 aos 30 segundos do Volvo C70. O sistema mais rápido é o do Audi TT: 12 segundos. Não há mistério – quanto menor a superfície da capota, menor a duração do show. O mecanismo, desenvolvido pela alemã Karmann, é adotado pela maioria dos fabricantes. Vale o ingresso, como você pode acompanhar pela seqüência de fotos de alguns modelos. É apertar uma tecla no console, ou no painel, para que uma tampa suplementar do porta-malas se erga. Ao mesmo tempo, a trava que prende a capota na moldura do pára-brisa é liberada e as janelas laterais são baixadas. Braços mecânicos dividem a superfície da capota em duas partes, sobrepõem uma à outra e conduzem o sanduíche para o compartimento traseiro. Só então a tampa se fecha em uma perfeita sincronia. A transformação pode se dar com o carro parado ou, como no caso da Ferrari, em movimento. E fica mais fascinante no caso do Mégane, cujo teto é moldado em vidro de quatro milímetros de espessura. Ou no Volvo, cujo teto é o primeiro a ser segmentado em três partes. A vedação é tão perfeita que, com a capota levantada, tem-se a nítida sensação de estar ao volante de um cupê. Foi o que levou a Volvo a tirar de linha a versão duas portas e manter apenas a C70, informalmente chamada de CC, ou “Coupé Cabriolet”, à moda dos franceses. Sem torcida Para rodar sem o risco de torcer a carroceria, os conversíveis recebem reforços estruturais que, em função dos novos materiais, não acrescentam muito no peso final do carro. A F430 Spider é 70 quilos mais pesada que a similar cupê e o Mégane CC ganhou só 60 quilos extras comparado ao teto-rígido. Há extremos. A diferença de peso entre o Porsche 911 Cabriolet e o Coupé é de inacreditáveis 7 quilos, enquanto o BMW 335i Cabrio é 199 quilos mais pesado que a versão fechada. Os reforços também servem para preservar o pescoço dos ocupantes. Nesse campo, nenhum outro foi tão longe quanto a Volvo. Exclusivamente para o C70 foi criado o SIPS, sigla em inglês para “sistema de proteção contra impactos laterais” que consiste na instalação de barras de aço de alta resistência nos bancos. Essas barras são conectadas a uma caixa de aço que, em caso de colisão, forma um anteparo para impedir que a capota invada o interior do veículo. Sistemas eletrônicos de tração e estabilidade são comuns nos modernos conversíveis. Mas se tudo der errado e o carro capotar, sua pele estará protegida pelos arcos traseiros, ao estilo santantônio, que se ejetam em frações de segundo e pela moldura do pára-brisa reforçada com barras de aço. Nem todos os cuidados, contudo, são capazes de desafiar as leis da física. Uma caixa tampada é mais firme que outra, sem tampa. Assim é com os automóveis. Por isso, os sem-teto rangem mais que o normal. A sinfonia de metal contra metal, plástico contra plástico é maior nos conversíveis. Entre o sexteto C/D Brasil, os franceses rangeram mais alto – com a capota aberta ou fechada. O estilo, contudo, supera qualquer inconveniente. E o escolhido é... Veja as fotos. E responda: qual, entre os seis modelos destas páginas, é o mais bonito? Eis uma pergunta inconveniente. A Ferrari 430F Spider sempre terá as maiores atenções, especialmente quando a diva se colore de bordô – um tom que combina melhor com uma perua familiar. A questão é que todas as cores caem bem em uma Ferrari. A versão chegou ao Brasil em 2006 e quem encontrar um dos 20 exemplares vendidos desde então pode se considerar felizardo. É equipada com um V8 de 490 cv que só desperta no instante em que a maioria dos motores já derreteu, aos 8.500 rpm. Primeiro carro com motor central a receber uma capota de acionamento elétrico, em 2005, a F430 é a Ferrari que mais se aproxima dos Fórmula 1 e não apenas pela estrutura, mas pelo manettino, comando instalado no volante que promove vários tipos de ajustes na dinâmica do carro. Vamos, portanto, deixar a diva de fora da eleição e ouvir a opinião das nossas meninas que posaram para as fotos. Elas elegeram o Peugeot 307 CC como o mais charmoso. Como um sedutor incorrigível, o francês sem-teto exerce fascínio, mas quando é exigido demais, não dá conta do recado. O motor 2.0 de 143 cv não empolga e a transmissão automática de quatro velocidades trabalha fora de sintonia com os comandos do motorista. Pise no acelerador para forçar uma redução e o câmbio só vai entender o recado alguns segundos depois. O estilo compensa a falta de energia. Com ou sem capota e de qualquer ângulo, é um carro para ser admirado. Abriga dois adultos com espaço de sobra e outros dois espremidos nos bancos traseiros. O BMW Z4 Roadster é outro galanteador de corpo escultural que padece de energia – ao menos nesta versão 2.0 de 150 cv. O bom acerto do conjunto mecânico compensa, no entanto, a falta de vitalidade: suspensão, direção, câmbio e freios trabalham com precisão germânica e isso não é pouco. A ergonomia também contribui: parece que o carro foi construído sob medida para seu corpo. O que desanima é o valor do cheque: por R$ 200 mil há outras opções mais interessantes. O Lobini H1 é R$ 30 mil mais barato que o Z4. Mas só vale se você 1- quer chamar muito a atenção, 2- quer saber qual era a sensação de dirigir um esportivo dos anos 60, 3- sabe dirigir um esportivo. Montado em Cotia, na Grande São Paulo, e claramente inspirado no Lotus Elise, é fabricado ao ritmo de uma unidade por mês segundo a receita britânica de fazer esportivos – chassi tubular, motor e tração traseiros, raro conforto, nenhum controle eletrônico de tração ou estabilidade e múltiplas opções de cores à escolha do cliente. Leva duas pessoas e é, na definição, um Targa, carro em que apenas um segmento da capota pode ser retirado. É calibrado para entusiastas: o motor Volkswagen 1.8 turbo de 180 cv empurra apenas 1.030 quilos de peso. O Volvo C70, que aparenta ter aspecto mais sólido entre os seis, não chama tanto a atenção quanto o Lobini com suas portas ao estilo tesoura. Mas anda muito: o motor turbo de cinco cilindros e 2,5 litros tem 230 cv. Pena que essa energia seja despejada no eixo dianteiro: se tivesse tração traseira, este belo conversível de quatro lugares seria bem mais divertido. Sem-teto popular O Renault Mégane CC, lançado na Europa em 2003, não é exatamente uma novidade. Mas é uma boa nova: o cupê-cabriolet francês chega para ser a melhor relação custo-benefício entre os sem-capota. O motor 2.0 de 138 cv é igual ao que equipa o Mégane nacional e a transmissão automática seqüencial de quatro velocidades formam um conjunto comportado. O que se destaca no carro é o teto de vidro, batizado de Vênus 35, com tratamento anti-térmico. Por dentro, o painel é familiar aos donos do Mégane sed㠖 mudam apenas alguns detalhes como a iluminação branca dos instrumentos e a presença do ar condicionado digital. Quando não é ocupado pelo sanduíche de vidro, o porta-malas comporta volume de 490 litros. Com a capota recolhida, a capacidade cai para 190 litros. É um problema. Mas é o melhor deles. Qualquer um desses carros podem ser encontrados nos representantes das marcas – alguns comprados só sob encomenda, caso da Ferrari e do Lobini. Quanto às nossas meninas, seus celulares não serão divulgados. As meninas Fernanda Matos, 25 anos Cintura: 64 cm Busto: 80 cm Quadril: 86 cm Altura: 1,69 m Sonha em ter um Porsche conversível que viu nos Estados Unidos, onde fez o segundo grau (high school). Nas horas vagas, gosta de malhar na academia e ir ao cinema. Fernanda Sole, 22 anos Cintura: 62 cm Busto: 88 cm Quadril: 95 cm Altura: 1,65 m Nunca vai esquecer o Audi TT do namorado de uma amiga quando esteve na praia em um fim de semana de descanso. O que gosta mais de fazer quando não está trabalhando é dançar, seja samba rock, salsa... Lívia Nepomuceno, 21 anos Cintura: 62 cm Busto: 86 cm Quadril: 94 cm Altura 1,76 m Curte carros brutos, como as picapes Hilux e L200, que são suas paixões. Mas não despreza belos sedãs, como Vectra e Civic. Shaiene Bianconi, 24 anos Cintura: 61 cm Busto: 87 cm Quadril: 89 cm Altura: 1,71 m Tem na memória um Hummer, que viu em Ibiza (Espanha), em agosto de 2006, no dia do seu aniversário. O que mais gosta de fazer para relaxar é ler e ouvir música. Gabriela Ávila, 19 anos Cintura: 62 cm Busto: 84 cm Quadril: 89 cm Altura: 1,77 cm Ficou impressionada com um Mercedes-Benz conversível que viu num evento no interior de São Paulo. Além de modelo trabalha com fotografia. Faz books, mas também curte clicar paisagens urbanas. Suara Sampaio, 25 anos Cintura: 56 cm Busto: 89 cm Quadril: 89 cm Altura: 1,76 m Gosta de carros grandes. Tem na memória o utilitário-esportivo Mitsubishi Pajero Full que viu quando participou do lançamento do carro. É atriz, faz curso de francês, além de praticar yoga e pilates.
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