Subcompacto elétrico de US$ 4,5 mil desbanca Tesla na China

Modelo produzido pela GM em parceria com empresa chinesa é até aqui o EV mais vendido no país em 2021

23/04/2021 - Henrique Koifman/RF1 / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

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O simpático (eu achei) caixotinho que você vê nas fotos deste post atende pelo nome de Hong Guang Mini EV, é fabricado pela Wuling – parceira da General Motors – e, entre janeiro e fevereiro deste ano vendeu que nem pãozinho (chinês) quente: 56 mil unidades na terra do mestre Confúcio.

Como comparação, aquele que é considerado o elétrico mais vendido no mundo, o Tesla Model 3, teve “apenas” 35 mil unidades vendidas por lá no mesmo período. É claro que o preço dos dois modelos é um argumento e tanto para isso: o equivalente a US$ 39 mil (Tesla) e US$ 4,5 mil (Hong Guang, com mais US$ 500 extras pelo ar-condicionado).

Lançado em 2020, o pequenino chinês já havia vendido 112 mil unidades no segundo semestre do ano passado e, com esses novos números, é virtualmente o segundo elétrico mais vendido no planeta – o que, também, nos dá uma boa dimensão do tamanho do mercado de automóveis daquele dinâmico país do oriente.

Embora o baixo custo explique em parte o sucesso do Hong Guang, seria injusto dizer que esse é o único motivo de seu sucesso. Bem bolado, embora tenha menos de 3 metros (são 2.917 milímetros) de comprimento (veja a ficha técnica no final do post), ele leva até quatro passageiros e, com os bancos traseiros rebatidos, oferece impressionantes 741 litros de espaço para bagagens.

Além disso, os prospectos indicam que há um total de 12 espaços de armazenamento, com cada cantinho entre e embaixo de alguma coisa sendo aproveitado para abrigar um porta-trecos (difícil deve ser lembrar de todos eles para achar “aquilo” que se deixou lá).

Com motor de 13 kW de potência (o equivalente a menos de 18 cv) e 8,6 kgfm de torque. Pode parecer pouco, mas é o suficiente para deslocar tranquilamente seus 650kg e levá-lo a uma velocidade máxima de 100 km/h. A autonomia é de até 170 km, o que deixa claro sua vocação urbana.

Suas baterias podem ser recarregadas em tomadas comuns de 240v e são gerenciadas por um sistema inteligente, que inclui o preaquecimento desses acumuladores em dias mais frios (baterias perdem a eficiência em temperaturas extremas) e monitoramento por aplicativo do smartphone.

A despeito de seu pequeno tamanho e aparência frágil, o carrinho tem mais de 57% de sua construção feita com aço de alta resistência. Ele é equipado com sistema de freios com ABS e EBD, monitoramento eletrônico dos pneus, detector de ponto cego e sistema Isofix para cadeirinhas de criança no banco traseiro.

Meu conselho é que você vá se acostumando com modelos com esse tipo de design e tamanho, porque, com esse sucesso todo na China e tendo a GM como sócia do projeto, é muito provável que vejamos o Hong Guang Mini EV, rebatizado com um nome de pedra semipreciosa, rodando por aqui em mais alguns anos.

E se ele custar aqui algo próximo dos R$ 27.748,50 (valor em conversão direta, ao câmbio de 20/4/2021 para a versão com ar-condicionado), é provável que você até veja um desses estacionado em sua garagem. Ou não?

Pena que por aqui versões conversíveis andem meio fora de moda – seja pelo calor ou pela violência urbana. Isso porque, no Salão do Automóvel de Xangai, que acontece por esses dias, a Wuling está apresentando um protótipo sem capota do modelo, o Cabrio Concept. Eu teria um.

Vamos à ficha técnica do carrinho:

Nome: Wuling Hong Guang Mini EV

Motor: potência – 13 kW (pouco menos de 18cv)

Torque – 8,6 kgfm

Capacidade das baterias: 13.8kWh

Autonomia máxima: 170 km

Velocidade máxima: 100 km/h

Dimensões (em mm): comprimento – 2.917 largura – 1.493 altura – 1.621 distância entre-eixos – 1.940 peso – 650 kg

Capacidade do porta-malas – até 741 litros com os bancos traseiros dobrados

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