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Sem ano novo para Doblò e Grand Siena

Sem alarde, Fiat tira sedã e utilitário de linha. Motor 1.8 E.torQ também sai de cena nas próximas semanas

06/01/2022 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Há automóveis que parecem não sentir o peso da idade, permanecendo no mercado, geralmente de forma discreta, por longos anos.

Esse era o caso de dois modelos da Fiat, o Doblò, lançado aqui no Brasil em 2001, e o Grand Siena – cuja geração atual surgiu em 2012, mas com história começada em 1997. Era o caso, pois ambos saíram do cardápio da montadora em dezembro último.

A temporada de despedidas tem sido intensa na filial brasileira da Fiat. Em dezembro, a empresa anunciou o “arrivederci” do compacto Uno, que mereceu festa – ou, pelo menos, um release para a imprensa e uma série especial, a Ciao, com edição limitada. 

Além das vendas em marcha lenta, favoreceram a aposentadoria as regras estabelecidas pela fase L7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, o Proconve.

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Elas entraram em vigor neste janeiro de 2022 e implicam, entre outras, em modificações no catalisador – que deverá ter durabilidade maior – e no tanque de combustível, para filtrar vapores.

No caso de Grand Siena e Doblò, além disso tudo, eram modelos construídos sobre plataformas mais antigas, que não eram mais compartilhadas com seus “irmãos” mais novos, o que atrapalha a otimização da produção. Ou seja, investir para adaptá-los às novas regras não valia a pena.

Útil, mas caro

Com exatos 20 anos de vida em nosso mercado, o Doblò ocupou um segmento pouco disputado e, também por isso, reinou absoluto por tanto tempo. Pense em um modelo médio em que se possa adaptar uma rampa para cadeirantes sem maiores complicações. Ou levar até sete passageiros com conforto. Pois é. 

Isso e mais uma prática versão furgão ligeiramente maior e bem mais confortável que a best-seller Fiorino. O modelo chegou a ter até uma versão aventureira, a Adventure, que lhe dava, hum, ares de SUV. E, enquanto na Europa ganhou uma nova geração, em 2010, aqui permaneceu na primeira, com pequenos retoques visuais.

Com estilo único e uma ergonomia próxima à das minivans, em 2021, o Doblò praticamente só era adquirido por encomenda, e custava cerca de R$ 120 mil – o mesmo que uma versão intermediária do Jeep Renegade, por exemplo. Ainda assim, vai deixar saudades – até porque, ao menos no momento, não tem equivalente por aqui.

O amigão do chofer

Já o Grand Siena tinha uma proposta mais tradicional. Enquanto em sua primeira geração, lançada em 1997, o sedã do Palio mantinha uma forte identidade estética com seus irmãos hatch e perua (a Weekend), nesta segunda, que completou 10 anos, pouco lembrava seus parentes de plataforma.

Espaçoso, confortável, bom de dirigir e com um estilo “neutro”, mas agradável, era um modelo perfeito para uso em frotas, táxis e, mais recentemente, aplicativos – podia, inclusive, vir de fábrica com preparação para o GNV, o gás natural –, ocupando a parte mais baixa da tabela de preços da Fiat para essa configuração.

Diferentemente do Doblò, no entanto, o Grand Siena tem um bom sucessor já engatilhado para chegar às concessionárias da marca: o já conhecido Cronos.

O belo sedã do Argo deve ganhar uma versão mais simples e equipada com motor 1.0 aspirado de três cilindros, o Firefly, que, adaptado às novas emissões, deve render em torno de 75cv de potência. Suficientes para trabalhar duro sem gastar muito.

O descanso do velho guerreiro

E, por falar em motor, outra aposentadoria significativa que a Fiat promove neste começo de 2022 é a do veterano motor 1.8 E.torQ. Pouca gente se lembra disso, mas esse propulsor tem como origem um projeto que unia BMW e Chrysler em uma fábrica chamada Tritec, inaugurada no finalzinho dos anos 1990, no Paraná.

Resumindo, o foco era a produção de motores 1.6 para exportação (eles empurraram, por exemplo, versões do compacto premium Mini). Com o tempo, a Chrysler se juntou à Fiat na FCA e aquele 1.6 inicial foi sendo modernizado até chegar ao 1.8 16v que até “ontem à tarde” equipava versões do Argo e da Toro – e, por mais algumas semanas, equipa o Jeep Renegade.

Embora oferecesse até 132cv de potência e perto de 19 kgfm de torque, esse motor cobrava alto em consumo e, diante das novas opções turbinadas de cilindrada menor, se tornou anacrônico.

Não por acaso, serão justamente propulsores turbo – de 1.0 e 1.3 litros, produzidos na mesma fábrica paranaense – os seus sucessores em todos esses modelos mencionados e, também, nos próximos que a Fiat deve lançar este ano.

Sonhar não custa

Pensando aqui no Argo HGT, que já contava com todo aquele belo tratamento esportivo que os italianos sabem tão bem dar aos carros, mas até dezembro vinha com esse antigo e comportado 1.8 sob o capô. Equipado com o motor 1.3 turbo GSE de 185cv, se transformaria em outro carro. Que tal?

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