Réplica compactada da Ferrari Testa Rossa J

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O Reino Unido tem lugar reservado na história dos automóveis. Sua indústria automobilística gerou ao longo do século passado dezenas de marcas. No entanto foi perdendo espaço no contexto internacional.

Muitas fabricantes se fundiram com outras, desapareceram ou foram compradas por grupos de fora do país. Mini e Rolls-Royce, por exemplo, são marcas da alemã BMW; Jaguar e Land Rover, da indiana Tata; Bentley, do Grupo VW.

No entanto, lá estão grandes nomes ligados à construção de veículos de competição, especialmente da Fórmula 1. E há também marcas focadas em produtos de nicho e de alto preço: Ariel, Aston Martin, Caterham, Ginetta, Lotus, McLaren, Morgan e TVR.

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The Little Car Company (A Companhia do Carrinho, em livre tradução) é uma dessa empresas, sediada em Bicester. Trata-se de uma especialista em réplicas perfeitas de alguns modelos mais emblemáticos já produzidas na história, só que em escala correspondente a 75% do tamanho real. Todas são construídas a mão sob licença das marcas originais.

A primeira foi o Aston Martin DB5 Junior que teve 1.059 unidades produzidas. Depois o Bugatti Baby II inspirado na minirréplica do Type 35 que Ettore Bugatti construiu para seu filho em 1926. Neste caso a produção se limitou a 500 unidades.

Ferrari 250 Testa Rossa J

Em 2021 a empresa lançou uma réplica perfeita do inesquecível Ferrari 250 Testa Rossa, de 1957, em proporção 25% menor. Apenas 299 unidades serão fabricadas e cada uma custa 93.000 euros (R$ 576.000, fora impostos). Obviamente só está autorizada a circular em locais fechados. Menores a partir de 14 anos de idade podem dirigi-la.

A ideia é a paixão pelos automóveis dividida entre gerações de automobilistas, criando experiências inesquecíveis mesmo para quem ainda não tem idade para guiar um carro. Veja no filme produzido pela The Little Car Company.

O Ferrari Testa Rossa J, nome da réplica, recebeu apoio técnico do centro de estilo da fabricante e do departamento que cuida de reconstruir os modelos originais, em Maranello, Itália. Para que tudo ficasse o mais próximo possível do modelo real.

O motor é elétrico com potência ajustável em quatro níveis: 1 kW (1,36 cv), 4 kW (5,4 cv), 10 kW (13,6 cv) e 12 kW (16,3 cv). A velocidade máxima pode ser programada a partir de 20 km/h, podendo atingir 45 km/h e até 60 km/h (ou um pouco mais dependendo da regulamentação de onde a réplica compactada está sendo utilizada). O alcance pode chegar a 90 quilômetros, segundo a fabricante.

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O simpático carrinho mede 3,1 m de comprimento, 1,1 m de largura e 0,7 m de altura. Outras características: carroceria toda moldada a mão em alumínio, rodas de ferro com 12 pol. de diâmetro também fabricadas a mão, volante Nardi como o original e banco único para motorista e passageiro.

O quadro de instrumentos apresenta o mesmo visual original, porém adaptado à tração elétrica: temperatura da bateria e do motor, nível de carga da bateria e velocímetro, este ocupando o lugar do conta-giros desnecessário para um motor elétrico.

Simplificação mecânica e ausência de transmissão convencional, permitindo o uso de uma plataforma plana e rasa, oferece a oportunidade de adultos também guiarem. E se divertirem tanto quanto os adolescentes.

O original Ferrari 250 TR (Testa Rossa) foi um modelo de competição produzido em 1957 e 1958.  Das 19 unidades construídas, duas permaneceram com a fábrica. Das 17 restantes, três vieram para o Brasil segundo o ex-piloto Fritz Dorey, falecido em 2020 aos 82 anos.

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