18/08/2021 - Redação / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
Na semana passada, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade morreu aos 77 anos de idade após uma luta contra um câncer.
Dono e fundador do maior conglomerado de distribuição e fabricação de automóveis da América Latina, o Grupo Caoa, o paraibano era formado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco e tinha fama de ótimo negociador.
O empresário começou sua trajetória no mercado de venda de automóveis quando ainda era cirurgião em Campina Grande (PB) e decidiu comprar um Ford Landau.
A concessionária na qual Andrade adquiriu o veículo, no entanto, faliu e acabou não entregando o automóvel. Com isso, o empresário fez um acordo para que a revendedora fosse repassada para ele como forma de pagamento do Landau e assim fundou a Caoa.
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Como um bom empreendedor, Andrade aceitava qualquer coisa para fechar negócio, como pagamento em terrenos, tijolos ou cabeças de gado e veículos usados. A empresa se consolidou como a maior revendedora Ford do Brasil em cerca de seis anos.
No entanto, a Caoa não ficou apenas com a marca americana, investindo também em Renault e Subaru – esta última que ainda é importada oficialmente pelo grupo. Mas um dos passos que mais fortaleceu a Caoa no país foi a parceria com a Hyundai, firmada em 1999.
O acordo foi feito para representar a fabricante sul-coreana oficialmente no Brasil e ajudou a popularizar a Hyundai no país - com a marca chegando à liderança entre os carros importados em 2001, principalmente com a Tucson e, depois, modelos como Santa Fé e Azera.
Com este sucesso, foi criada a fábrica em Anápolis (GO) para montar os carros da Hyundai.
Durante o “comando”, a Hyundai passou a ter uma excelente relevância no mercado nacional em modelos como i30, ix35, Sonata e Veloster.
Outro feito de Andrade à frente da marca foi a decisão de que a matriz passasse a investir por conta própria, assim criando o complexo em Piracicaba (SP), buscando iniciar as vendas do hatch de entrada HB20, um dos carros mais vendidos dos últimos anos no país.
O Grupo Caoa veio a público após uma polêmica onde a Hyundai não quis renovar o contrato, assim buscando reassumir o comando da marca no Brasil.
O caso saiu do Brasil e foi levado a um tribunal internacional, que, no final das contas, deu ganho de causa à Caoa, uma vez que o contrato determinava a renovação automática dos direitos por mais 10 anos.
Agora você deve estar pensando, como a Chery chegou nessa história?
Em 2017, o grupo pagou cerca de US$ 60 milhões para adquirir o controle da marca chinesa Chery no Brasil, "revelando" e levando o nome do grupo como forma de passar segurança aos clientes. Assim, nasceu a Caoa Chery.
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