08/09/2023 - Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Embora ainda sejam minoria absoluta no Brasil, os chamados carros eletrificados estão cada vez mais presentes em nossas ruas. Parte deles são veículos do tipo EV, ou puramente elétricos; enquanto outra parte é composta pelos chamados híbridos. Você sabe qual é a diferença entre eles?
Motores diferentes
Sem fazer mistério, vamos logo à principal: enquanto os carros híbridos utilizam motores a explosão e, também, motores elétricos, os EV (de “electric vehicles”) são movidos exclusivamente por propulsores elétricos.
Baterias maiores
Por causa dessa característica, os carros elétricos têm de ser equipados com baterias com grande capacidade de armazenamento. É dessa capacidade que depende diretamente a autonomia do veículo – que, em alguns modelos mais caros, pode ultrapassar os 700 km.
E isso, mesmo com os avanços da tecnologia, implica em um número maior de células, o que faz com que essas baterias tenham um tamanho e um peso consideráveis – e um custo comparativamente mais alto.
Quanto cada um pode rodar
Já nos carros híbridos, mesmo naqueles capazes de rodar algum tempo só no modo elétrico, essa bateria pode ser menor, mais leve – e mais barata. Além disso, a autonomia do veículo desse tipo não depende diretamente da bateria, pois ele pode rodar apenas com seu motor a combustão.
Nesse caso, o motor elétrico e o a combustão trabalham em parceria, podendo funcionar juntos ou separadamente, de acordo com a necessidade ou a escolha do motorista. Normalmente, isso resulta em economia de combustível na cidade e “uma força a mais” em arrancadas e manobras.
Como são recarregados
Nos híbridos, o motor “tradicional” pode funcionar também como um gerador, produzindo a energia que movimenta seu “colega” elétrico e recarrega a bateria. E como em um carro comum, você enche o tanque de gasolina (ou etanol ou ainda diesel) em um posto de combustível.
Existem alguns tipos diferentes de carros híbridos. Um desses tipos é o chamado plug-in, que pode ter sua bateria recarregada por uma fonte externa – e, nisso, ele é parecido com o elétrico.
No caso do EV, há também alguns recursos de recuperação de energia – como nas frenagens e reduções –, que realimentam um pouco a bateria. Mas é sempre necessário carregar essa bateria com uma fonte externa, que pode ser uma simples tomada comum ou um equipamento específico.
Normalmente, o tempo que você vai gastar para essa recarga vai depender exatamente desse equipamento. Com alguns deles, os ultrarrápidos, é possível ter até 80% da bateria “cheia” em meia hora. Já na tomada comum da garagem, uma carga completa pode levar 24 horas ou até mais.
E a sustentabilidade de carros híbridos e elétricos?
Em comparação com os modelos a combustão mais comuns, no uso cotidiano, tanto híbridos quanto elétricos são bem vantajosos em termos de emissões de CO2. Ainda que só o EV proporcione “zero emissão”, por combinar sua propulsão, o híbrido também polui e consome muito menos.
Por outro lado, a sustentabilidade – leia-se impacto socioambiental – de um carro movido somente a baterias vai depender de muitos outros fatores, que vão de sua fabricação (incluindo as baterias) ao modo como a energia usada para recarregar suas baterias foi gerada.
Neste caso, se a fonte dessa energia for limpa – como solar, eólica e hidrelétrica, felizmente as mais usadas aqui no Brasil –, a conta é extremamente favorável ao meio ambiente. Mas se ela vier de usinas termelétricas movidas a carvão, óleo ou mesmo gás, essa vantagem praticamente desaparece.
E hoje, ainda, países como os EUA, China, Índia e muitos da Europa, como a Alemanha, têm justamente nessas usinas sua principal fonte energética. A tendência, porém, é que esse quadro se altere radicalmente nas próximas décadas.
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