20/03/2022 - Redação / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Os anos 60 foram de transição para a Porsche. Ou talvez sucessão seja a palavra mais adequada para o período. O único modelo de rua da fábrica alemã, o Porsche 356, que estava em produção desde 1948, seria substituído pelo 911, que chegou em 1964, logo se transformou em ícone e está fazendo lindo nas ruas e pistas até hoje.
Mas para a desgraça da série Conversíveis dos anos 60, o 911 só apresentou seu modelo conversível em 1982, então a gente vai focar no 356.
E só para não ser totalmente injusto com o Porsche 911 dos anos 60, quando ele ainda era um protótipo e se chamava 901, em 1964, houve uma versão conversível, e 13 desses modelos rodaram pelas ruas.
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Voltando ao 356, ele foi uma versão aprimorada do Fusca, e com seu pequeno motor boxer de 1.083 centímetros cúbicos e 40 cavalos teve uma versão conversível desde 1949. Sua última e mais apimentada motorização – o 356B 2000 GS Carrera 2 – tinha um 2.0 de quatro cilindros e 130 cavalos, com 16,5 kgfm de torque e uma tonelada de peso. A produção do Porsche 356 foi encerrada em 1965.
Contraponto perfeito para os conversíveis-banheira americanos, afinado com a filosofia hippie do menos é mais, foi muito popular nos EUA. Sobretudo na Califórnia, a meca dos conversíveis, O 356 foi o penúltimo carro de James Dean. O astro ascendente de Hollywood, que gostava das pistas, trocou o 356 por um Porsche 550 Spyder, um modelo de corrida.
Poucos dias depois estava amaciando o carro na Highway 41 para participar de uma prova quando um carro vindo de uma estrada secundária atravessou na sua frente. O acidente foi fatal.
Como James Dean, o Porsche 356 poderia ter ficado marcado como um mito dos anos 50, da Geração Beat, mas ele foi transportado para a década seguinte, a dos hippies, justamente por um dos seus maiores símbolos, a cantora Janis Joplin.
Janis comprou um 356 conversível branco, 1964, e encomendou ao amigo Dave Richards uma pintura psicodélica, que trazia uma interpretação bem particular da História do Universo e figuras da artista e sua banda.
Era esse carro que estava no estacionamento do hotel de Los Angeles onde Janis Joplin foi encontrada morta em 4 de outubro de 1970. Poucos dias antes, ela gravara Mercedes Benz, música de tom irônico-crítico onde pede ao Senhor um carro da marca também alemã, já que segundo a letra, “todos meus amigos dirigem Porsches”.
Com a pintura conservada, o Porsche 356 C psicodélico de Janis Joplin, herdado pela família, foi vendido em leilão, em 2015, por US$ 1,76 milhão (cerca de R$ 9 milhões ao câmbio desses dias). Ele é equipado com motor boxer 1.6 a ar de 76 cavalos e transmissão manual de quatro marchas.
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