Pilotos da Stock Car garantem Salão do Automóvel particular

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McLaren 570 GT atinge 0-100 km/h em 3,2 segundos e alcança 328 km/h

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Carro de Rubens Barrichello, Audi RS6 chega de 0-100 km/h em 3,6 segundos

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RAM conta com 110 kgfm de torque e tração integral

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Porsche Carrera 3.0 GTS biturbo de 450 CV

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Esse Chevette 1977 percorreu mais de 1300 km na última semana

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No fim de semana de 17 e 18 de outubro, o Autódromo Velocitta, plantado dentro de uma fazenda em Mogi Guaçu (SP), recebeu a sétima etapa da temporada 2020 da Stock Car.

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Apesar de o acesso ao autódromo ser extremamente restrito em tempos de pandemia – as equipes trabalhando com menos mecânicos e nada de camarotes ou público em geral – , fomos dar uma olhada no estacionamento.  

Como a maioria dos pilotos mora na Grande São Paulo, tirando o óbvio Interlagos, o Velocitta é o autódromo onde a maioria vai no seu próprio carro, em vez de chegar à cidade da corrida de avião e alugar um veículo.  

Olhando de longe, fora o piso de grama, o estacionamento pode parecer o de um shopping bacana em São Paulo, com muitos carros importados e outros mais comuns. Mas de perto você percebe que são veículos de quem é apaixonado... por carros.  

Cheios de detalhes, e muitas vezes ‘título de nobreza’. Há, por exemplo, mais Mercedes AMG que Mercedes ‘plebeus’, mais Audis com R e S que só com A, e por aí vai. E mesmo quando você vê um Gol Bolinha, ele parece 20 anos mais novo e tem pelo menos umas rodas esportivas.  

Particularmente nesse fim de semana, quando também foi disputada uma etapa da Copa HB20, a gente viu curiosidades anacrônicas, como um piloto chegando de Porsche Carrera 3.0 GTS biturbo, de 450 CV e câmbio automatizado de sete velocidades, para correr num Hyundai 1.6 aspirado, com câmbio “Manuel” de seis marchas, mexido para render 200 cavalos.  

Como qualquer cidadão, o piloto profissional costuma escolher seus carros de uso no dia-a-dia de acordo com as necessidades da família. Se é solteiro, um carro mais esportivo, se é casado e tem filhos, uma perua ou SUV.  

É o caso do paizão Rubens Barrichello, que quando está em São Paulo dirige uma perua.

Ou melhor, “A” perua: Audi RS6. Além de ter 565 litros de porta-malas, garantindo que não vai faltar espaço para as compras do supermercado, seus 600 cv de potência e aceleração de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos diminuem a chance de o sorvete chegar derretido em casa.

Mas aumentam as de alguns ovos se quebrarem…  

A maioria dos pilotos não gosta muito de expor seus carros na mídia, então só vamos falar de alguns, como esse de Rubinho, que já saiu em várias reportagens. Aliás, já foi até testado no mesmo Velocitta contra uma RS4.   

Não dá para ser muito discreto, por exemplo, em relação à gigantesca RAM com placa 0051 de Sorocaba, do piloto daquela cidade que corre desde sempre com o número 51, Átila Abreu. O que os pilotos vão fazer em relação às novas placas, é uma conversa para outro dia.  

Não choveu forte em Mogi Guaçu, como previa a meteorologia, mas certamente a RAM não teria dificuldade, com seus 110 kgfm de torque e tração integral, de rodar na lama que se forma no estacionamento do Velocitta em certas ocasiões. 

O Audi RR8 que clicamos também tem tração 4x4, muito torque (59,1 kgfm) e potência (620cv), mas com um vão livre do solo de 130mm... bem, o feliz proprietário preferiu estacionar na boca do asfalto.  

O mesmo não fez o dono de outro superesportivo, a McLaren 570 GT, que estava parada bem na meiuca do gramado, perto do acampamento hightech da equipe Cavaleiro. E o fundo desse carro fica a 120mm do solo.  

Provavelmente antes de estacionar um carro de mais de dois milhões de reais – além de acelerar e 0 a 100 em 3,2 segundos e alcançar 328 km/h, um pouco mais lento que o colega Audi R8, que leva 3,1 segundos para atingir 100 km/h e atinge 331 km/h – na grama, o dono conversou com o cacique Cobra Coral e sabia que iria sair quase ileso.  

Cada um com seus problemas. E com suas paixões: no meio de tantos supercarros, muita gente parou para admirar o Chevette 1977 de estimação do fotógrafo José Mário Dias, que percorreu mais de 1300 km durante a última semana saindo do Paraná, indo até São Paulo para a corrida e voltando para o Sul após o final de semana.  

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