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O estiloso Pontiac Firebird Trans Am de Agarra-me se Puderes

Encarnado por Burt Reynold, o fora-da-lei que fugia do xerife e o muscle car estabeleceram uma relação simbiótica eterna

14/08/2022 - Alexandre Kacelnik /RF1 / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Mais que a associação entre um carro e um personagem – caso de Aston Martin e James Bond – o Pontiac Firebird Trans Am pilotado por Burt Reynolds em Agarra-me Se Puderes (Smokey and the Bandit), de 1977, ficou grudado ao ator.  

Apesar de ter uma longa e bem-sucedida carreira antes e depois de Bandit – fora-da-lei que usava o chamativo Trans Am para desviar a atenção da polícia enquanto um carregamento clandestino de cerveja cruzava o sul dos EUA, entre o Texas e a Georgia, numa carreta -, o público e o próprio Reynolds reforçaram a associação ator-carro-personagem.  

Nos quase quarenta anos entre o sucesso estrondoso do filme e a morte do ator, em 2018, pode-se garimpar fotos da dupla em diferentes décadas.  Nos anos 80, inclusive, o multiempreendedor Reynolds teve um time de futebol americano na Flórida chamado Tampa Bay Bandits. 

Para a GM – dona da marca Pontiac – e na história dos muscle cars, contudo, Agarra-me se Puderes tem um significado muito diferente. Pouca gente que viu o filme já como um clássico das perseguições automotivas de Hollywood pode imaginar que naquele corpo de tigrão do Trans Am habitava um gatinho.  

Até meses atrás, quando explodiu a guerra na Ucrânia, o barril de petróleo chegou perto de 140 dólares e o preço dos combustíveis disparou nos EUA, os americanos não se preocupavam tanto com quanto gastavam no posto. Prova disso é que o automóvel mais vendido por lá há anos é a picape Ford F-150, que tem motores V-6 e V-8 e bebem que nem gente grande.  

Imagine então em 1973, quando o barril de petróleo custava três dólares! Nessa época os muscle cars como Mustang e Camaro (que compartilhava plataforma com o Pontiac Firebird), lançados na década anterior, só se preocupavam em apresentar número cada vez mais cavalares – com o perdão do trocadilho – para seus veoitões. As versões mais apimentadas giravam em torno dos 400 cavalos.   

No fim de 1973 eclodiu a Guerra do Yom Kipur no Oriente Médio e os países da Opep (sigla que congrega os principais produtores e regula o preço do barril) resolveu promover um embargo contra os aliados de Israel (leia-se EUA e Europa). O barril foi de três para 12 dólares em meses e o governo dos EUA criou regras para diminuir a potência dos carros e consequentemente o consumo de petróleo.  

O Pontiac Firebird de 1974 tinha um V8 6.6 que só entregava 180 cavalos. O Trans Am (versão top) 77 propagandeado no filme, com carburador Quadrijet, chegava a 203 cavalos. Por fora, contudo, os músculos continuavam iguais, a as estrepolias que o carro fez fugindo do xerife – comparáveis em termos de realidade às pedaladas no ar dos mestres dos filmes de kung fu – ajudaram muito nas vendas.  

Agarra-me Se Puderes foi a segunda bilheteria do mundo em 1977 – a primeira foi Star Wars. No mesmo ano as vendas o Firebird – 155 mil unidades - superaram as do primo Camaro pela primeira vez. O fenômeno continuou em 78 e 79, com 187 mil e 211 mil unidades vendidas, o recorde para o modelo.  

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