08/11/2021 - Fernando Calmon / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
O preço da gasolina preocupa a todos que se aproximam de um posto de serviços para reabastecer. Há várias razões para o custo tão alto a começar pelas cotações do petróleo e do dólar.
Uma distorção clara está nos impostos estaduais. Estes incidem sobre o preço cobrado nas bombas e dependem de pesquisas que podem não ser tão transparentes.
Afinal, em grandes cidades a localização do posto tem influência direta sobre os custos.
O ideal seria que houvesse um valor fixo sobre o litro e poderia ser revisado ao longo de intervalos maiores. Isso, no entanto, resulta em impacto na arrecadação dos Estados.
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Certamente, agora já houve um avanço com a fixação do valor do ICMS por três meses. Ideal seria ter uma regra definitiva para os casos de mudanças bruscas de preços dos derivados de petróleo.
Outros países sofrem as consequências deste cenário, um reflexo da recuperação acelerada da economia neste período pós-pandemia.
Alguns criaram fundos de estabilização há tempos, para amenizar a situação. Aqui existe a Cide (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico), mas nem de longe é suficiente para resolver a questão.
Por fim, a desvalorização do real frente ao dólar torna a situação ainda mais difícil.
Sem existir solução à vista, além de pesquisar preços, o jeito é dirigir com mais atenção.
As orientações são já conhecidas: trocar marchas com frequência nos câmbios manuais, evitar freadas bruscas e ter de acelerar novamente, usar a última marcha sempre que possível e manter velocidade constante.
Evite carregar peso morto no carro, use o ar-condicionado com parcimônia, verifique pressão dos pneus quinzenalmente e cuide do alinhamento e balanceamento das rodas a cada 10.000 km (20.000 km, se não enfrentar muitos buracos).
Também há algumas lendas urbanas sobre “truques” para economizar na hora de abastecer.
Há anos circulam essas dicas pela internet, mas podem não corresponder exatamente à realidade. Veja as respostas de Antônio Cristóvão, da Gilbarco Veeder-Root, fabricante de bombas para postos de combustíveis.
Encha o tanque sempre de manhã
“O ideal é encher o tanque sempre na parte da manhã, quando a temperatura ainda não está elevada. Isso porque os depósitos de combustível ficam debaixo da terra, o que faz com que a temperatura ajude na densidade da gasolina. Ou seja, se você abastecer o carro no período da tarde o líquido estará expandido, o que representa perda de combustível. Aquilo que é um litro na parte da manhã, já não é mais isso na parte da tarde.”
Resposta: “Há alguma vantagem com a adoção desta prática. Em temperaturas mais elevadas ocorre a expansão do líquido e a consequente redução da densidade. Mas é difícil quantificar este ganho para entender o quanto é relevante.”
Peça ao frentista para abastecer na velocidade lenta
“A pistola de abastecimento é um detalhe que faz toda a diferença. Ela possui três velocidades: lenta, média e rápida. Opte sempre pela lenta, pois a média e a rápida contribuem para a formação de vapor, que é contabilizado na bomba. Ou seja: uma parte do combustível pelo qual você paga fica na bomba e retorna ao posto. Você pagará por uma quantidade e receberá outra.”
Resposta: “As unidades abastecedoras de combustível vendidas no Brasil são testadas e certificadas pelo INMETRO com a indicação da vazão nominal de até 50 litros por minuto (lpm).
Na prática, raramente é alcançada devido às características de instalação, localização do posto, saturação dos filtros e acessórios. Podemos estimar em torno de 35 lpm a vazão real para gasolina ou etanol. Ou seja, em menos de dois minutos a maioria dos veículos é abastecida.
Todas as marcas e modelos possuem dispositivo eliminador de ar integrado à unidade bombeadora. Isso evita que bolhas de ar alcancem o bloco medidor. Dessa forma, estas não são contabilizadas e sim expelidas para o ambiente externo através de uma tubulação.”
Não abasteça quando o posto está sendo reabastecido
“Não entre em postos que estão recebendo o combustível naquele momento. Ao ver um caminhão abastecendo um posto, procure outro lugar. A sujeira fica suspensa e você receberá combustível sujo no seu automóvel.”
Resposta: “As unidades abastecedoras de combustível possuem filtros que protegem seus componentes internos com relação a estes resíduos. O bloco medidor, por exemplo, se tiver paredes internas riscadas, pode ser afetado em sua precisão.
Válvulas que efetuam o controle da vazão podem ser danificadas e até mesmo o bico de abastecimento, ocasionalmente, teria a função de desarme automático comprometida.
Porém, um posto revendedor normalmente possui diversos compartimentos para armazenagem do combustível. Neste caso seria necessário que a descarga ocorresse no compartimento ligado à bomba onde o veículo do consumidor esteja.
Embora não seja necessário em postos que possuem sistemas eletrônicos de medição de estoque, muitos já paralisam a bomba conectada ao compartimento que está sendo abastecido para maior controle do volume entregue.”
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