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Fernando Calmon | Linguagem imprecisa cria alguns vícios

Descubra 17 termos e conceitos do mundo dos automóveis que você sempre falou de forma errada e não sabia

27/12/2019 - Fernando Calmon / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Um universo tão vasto e atraente como o do automóvel acaba por criar seus próprios jargões. A extensão territorial e as diferenças culturais dos 210 milhões de brasileiros cunham diversos termos regionais. Só para citar alguns com nomes diferentes para o mesmo objeto: silencioso e surdina; tabliê e painel; roda e jante; funilaria e lanternagem. No entanto, existem alguns vícios de linguagem que de tanto se repetirem acabam por se incorporar ao vernáculo e não deveria ser bem assim.

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Neste artigo descontraído, conheceremos uma seleção de termos e conceitos imprecisos ou mesmo equivocados. Trata-se de valorização do rigor técnico.

Transmissão – Usado incorretamente para designar câmbio ou caixa de marchas. Transmissão é todo o mecanismo que leva potência do motor às rodas – embreagem, câmbio, cardã, diferencial, semiárvores. Está correto dizer transmissão 4x4 ou integral.

Cambio mecânico – Usado incorretamente para designar câmbio manual. Na verdade, todo câmbio é mecânico, até os automáticos. A rigor um câmbio tem marchas e não “velocidades”, outra imprecisão do inglês falado nos EUA.

Eletrônica embarcada – Eletrônica é de bordo já que não pode ser desembarcada como passageiro ou bagagem. Se todos falam computador de bordo ou telefone de bordo, por que só eletrônica ou tecnologia é “embarcada”?

Piloto automático – Má tradução do controle automático de velocidade de cruzeiro (ACC, sigla em inglês). “Piloto” automático só quando chegarem veículos totalmente autônomos.

Abastecer motor flex com gasolina a cada 10.000 km – Além de recomendação que poucos vão lembrar, não tem respaldo técnico. Inúmeros testes comprovam que o etanol deixa menos resíduos e depósitos no processo de combustão.

Trocar amortecedor (40.000 km) e catalisador (80.000 km) – No primeiro caso basta simples inspeção. Troca de amortecedor depende das condições de uso. Mesmo caso do catalisador, sendo 80.000 km ou cinco anos a garantia. Esta peça pode durar menos ou até o que durar o motor (250.000 km em média).

Só existe um tipo de álcool – Negativo. Além do etanol, como deve ser adequadamente chamado, há metanol, propanol e butanol. Em todos os países, inclusive no Brasil, etanol é a denominação oficial.

Motor de 1.000 cilindradas – Cilindrada é grandeza e não unidade de volume. Então, 1.000 cm³ de cilindrada. Ninguém diz que um prédio tem 10 alturas ou um tanque de combustível comporta 40 volumes.

Pedaleiras e brake light – Só motocicletas possuem pedaleiras, a do piloto e a do garupa. Em automóveis há apenas uma pedaleira (conjunto de pedais). Brake light, em inglês, significa luz de freio, simplesmente. O correto é luz auxiliar ou terceira luz de freio.

Par de pneus novos – Sempre devem ser montados nas rodas de trás, quando não se segue esquema de rodízio à risca. Uma derrapagem de traseira é mais perigosa e difícil de controlar pelo motorista comum. Colocar pneus novos na frente é conceito do passado.

Autoelétrico – A oficina é autoelétrica, onde se leva para consertar um carro ou auto com problema elétrico.

Montadora – Produtor de veículos é uma fabricante com processos industriais completos. Se apenas integra peças desmontadas, em geral importadas, poderia se enquadrar como “montadora”.

CapotamentoPalavra usada há pouco tempo no lugar de capotagem, derivada do francês ‘capotage’.

O Ferrari ou a Ferrari – Se há referência ao carro ou ao modelo, deve se usar o masculino. No feminino, só no sentido de marca, empresa ou equipe de competição. Regra válida para todos os outros casos. Exemplo: o Isabella foi um modelo produzido pela Borgward.

Carro divertido – Tradução algo inadequada da expressão em inglês fun to drive e repetida tantas vezes que se tornou termo lugar-comum. Em parque de diversão há carros divertidos: aqueles que batem uns nos outros com grandes para-choques em seus perímetros.

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