27/04/2020 - João Brigato / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
Reaproveitamento de carros por várias montadoras é comum, especialmente no grupo Volkswagen, onde Seat, Skoda e a própria VW tem modelos equivalentes. Em casos mais extremos, são essencialmente o mesmo carro apenas com o emblema trocado, como é o caso de Seat Mii, Skoda Citigo e VW up!. Mas com a Audi sempre foi diferente.
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Apesar de Golf e A3 serem o mesmo carro na essência, pouco de Audi é visto no Volkswagen é vice-versa. Mas em 2008, a Seat quis ir além. Como um primo mais novo que aproveita as coisas do primo mais velho quando não lhe serve mais, a marca espanhola pegou o Audi A4 recém aposentado, trocou alguns componentes e lançou um sedã novo.
Seat Audi
Na festa de despedida do Audi A4 de terceira geração em 2008, nascia o Seat Exeo. De tão próximos, todo ferramental que foi usado para a produção do A4 entre 2004 e 2008 foi movido da fábrica da Audi em Ingolstadt, Alemanha, para a da Seat em Martorell, Espanha.
Para não dizer que era apenas um Audi A4 com logotipo da Seat, a marca espanhola tratou de fazer algumas mudanças pontuais no design, mas buscando minimizar o custo ao máximo. A Seat não mexeu em para-lamas, portas e qualquer outra chapa lateral, dando seu toque visual com mudanças em capô, para-choques, faróis e lanternas, além de capô.
Remendos de Ibiza
Inspirado no Ibiza da época, o Seat Exeo ganhou faróis com desenho mais agressivo e a típica grade da Seat. Como resultado, ele parecia um tanto quanto desproporcional, com carroceria baixa combinada do início dos anos 2000 junto a faróis grandes que se tornariam moda no final da década.
Na traseira, o sedã da Seat colocava a placa no para-choque, deixando a tampa do porta-malas praticamente lisa, salvo pelo logo da marca, o nome Exeo e parte das lanternas – o visual da perua seguia a mesma lógica. Ela, aliás, foi lançada apenas em 2009, apesar de sempre ter existido na linha Audi A4.
O interior era 99% Audi, especificamente sendo usado o layout do A4 conversível, que tinha saídas de ar circulares triplas e algumas pequenas mudanças. Até mesmo a central multimídia era a mesma da Audi. Para o Seat Exeo, a única novidade era o volante comum a outros modelos da marca espanhola.
Velho e novo
Além da plataforma, interior e diversas outras peças comuns ao Audi A4, o Seat Exeo trazia também os mesmos motores do modelo alemão. Ele foi oferecido com motores 1.8 TSI (120 cv e 160 cv) e 2.0 TSI (200 cv e 211 cv). Trazia ainda motores aspirados 1.6 (102 cv) e 1.8 (150 cv). Com diesel, a opção 2.0 TDI tinha 120 cv, 143 cv e 170 cv.
Nos primeiros meses de vendas, o Seat Exeo era vendido somente com transmissão manual de seis marchas. Apenas com o lançamento da versão topo de linha LuX o câmbio CVT passou a ser ofertado. Diferentemente do A4 que tinha opção de tração integral quattro, o Exeo tinha apenas tração dianteira.
Com cerca de 20 mil unidades por ano vendidas em toda Europa, o Exeo não foi tão bem assim quanto a Seat gostaria. Nem mesmo a leve reestilização de 2011 adiantou. Por conta disso foi retirado de linha em 2013, sendo substituído apenas indiretamente. O Toledo se tornou o único sedã da marca, enquanto o papel de perua passou para a Leon ST.
Depois do fracasso do Exeo, a Seat não se arriscou mais no segmento grande com sedãs ou peruas, ou pegou Audi antigos e os rebatizou O atual único modelo de porte médio-grande que a marca possui é o SUV Tarraco, que é baseado no Tiguan Allspace.
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