Dólar alto faz preço de carros no Brasil disparar

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Chevrolet, Volkswagen, Jeep e Toyota divulgaram recentemente aumentos de preços em seus modelos vendidos no Brasil e, dessa vez, não foram reajustes pequenos como comumente ocorre.

É bastante provável que outras marcas também sigam por esse caminho, visto que diversos componentes hoje são importados: desde peças eletrônicas ou de tecnologia, até motores completos. É inevitável que, com o dólar nas alturas, novos aumentos seguirão.

Chevrolet

Em comunicado, a Chevrolet anunciou aumento de 4% no valor de todos os seus carros vendidos no Brasil. Ainda sem detalhar versões, revelou apenas o acréscimo nos preços iniciais de cada um de seus modelos.

"Nos últimos 12 meses, a desvalorização do dólar foi superior a 40%. Isso impacta fortemente a indústria automotiva, cujos produtos têm, em média, 40% de conteúdo importado. Com isso, aumentos de preços são inevitáveis", afirma a marca.

Assim, o modelo mais barato da marca, o Joy, passa a custar R$ 52.150 ante os R$ 50.150 cobrados anteriormente. O Onix parte de R$ 53.050, frente aumento de R$ 2.060. Entre os sedãs compactos, Joy Plus e Onix Plus agora começam em, respectivamente, R$ 56.090 e R$ 60.090.

É claro que quanto mais caro o modelo, maior seu aumento. O Camaro Conversível, por exemplo, subiu de R$ 371.590 para R$ 382.850, enquanto a versão cupê cresceu de R$ 333.990 para R$ 344.090.

Jeep

SUVs mais vendidos do Brasil em 2019, Renegade e Compass, tiveram aumentos expressivos de preço. A exceção da versão PCD do Renegade que tem de obrigatoriamente manter os R$ 69.990 para ser elegível a descontos, o restante das versões subiu de preço.

Os valores variam entre R$ 600 (Sport flex) e R$ 3.000 (Longitude Diesel e Trailhawk). Já o Compass sofreu acréscimos maiores, sendo o menor na versão Longitude flex que ficou R$ 2.000 mais cara, ao passo que a versão mais afetada foi a S Diesel com aumento de R$ 6.000.

Com isso, o Jeep Compass passa dos R$ 200 mil pela primeira vez em sua história. Lançado em 2016 por R$ 99 mil, agora ele tem preços que flutuam entre R$ 121.990 e R$ 205.990. Ele é oferecido na versões Sport (flex), Longitude (flex ou diesel), Limited (flex ou diesel), Trailhawk, (diesel) e S (diesel).

Já o Jeep Renegade tem preços entre R$ 82.490 e R$ 151.990 madiante os novos aumentos. As versões são Standard (flex), Sport (flex), Lontigude (flex ou diesel), Limited (flex) e Trailhawk. O Renegade PCD de R$ 69.990 pode ser adquirido somente pela modalidade de venda direta.

Volkswagen

Enquanto Gol, up!, Voyage, Amarok e Fox ainda escaparam dos aumentos de preços, a Volkswagen tratou de elevar o patamar de valores de todos os seus modelos. A linha nacional composta por Polo, Virtus e T-Cross teve aumentos que batem os R$ 2.500. Nenhuma versão escapou.

Agora o Polo parte de R$ 55.890 na versão MPI e bate os R$ 107.990 na versão GTS. O sedã Virtus, mais caro, agora tem preços entre R$ 71.390 (MSI manual) e chega aos R$ 111.775 (GTS). Com maior aumento entre os nacionais, o T-Cross parte de R$ 87.809 na versão 200 TSI manual e só para aos R$ 118.690 no Highline 1.4 TSI.

Entre os modelos produzidos no México, o Tiguan foi o mais afetado pelos aumentos de preço. A versão R-Line com motor 2.0 TSI ficou R$ 7.800 mais cara, batendo agora os R$ 203.490, rompendo a barreira dos R$ 200 mil como seu rival Jeep Compass. O Tiguan R-Line, aliás, foi o VW com maior aumento de preço por conta da alta do dólar.

Jetta escapou do aumento somente na versão de entrada 250 TSI para manter os R$ 99.990, enquanto as demais variantes ficaram em média R$ 5 mil mais caras. O modelo topo de linha GLI agora parte de R$ 155.780.

Toyota

Lançado no Brasil há um ano com preços entre R$ 165.990 (S) e R$ 179.990 (SX), o Toyota RAV4 agora custa entre R$ 217.990 e R$ 239.990. Os reajustes foram tão altos que beiram os R$ 70 mil em apenas um ano – o valor de versões intermediárias do Yaris.

Já o sedã Corolla teve aumentos que ariam entre R$ 2.900 e R$ 5.100, afetando todas as versões. Por ter motor e conjunto híbrido importado, as versões Altis Hybrid e Altis Premium Hybrid foram as afetadas, respectivamente com acréscimos de R$ 4.600 e R$ 5.100.

As versões 2.0 também encareceram: a XEi foi a menos afetada, com aumento de R$ 2.900, enquanto a GLi aumentou seu preço em R$ 3.000. Por seguir o preço da Altis Hybrid, a versão Altis Premium 2.0 está R$ 4.600 mais cara. Agora o sedã médio mais vendido do Brasil custa entre R$ 105.990 e R$ 134.990.

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