10/07/2014 - Anelisa Lopes / Fotos: iCarros, divulgação e Victor Hellmeister / Fonte: iCarros
Não é a tonalidade da moda como o branco e nem sempre garante valor mais alto na revenda, mas alguns automóveis acabaram ficando famosos por sua cor inusitada: amarela. A novidade mais recente entre eles fica por conta da versão conversível do Camaro que, assim como a configuração cupê, também oferece esta opção de pintura no catálogo da Chevrolet.
O modelo de R$ 239.900, que carrega o mesmo V8 de 400 cv de potência da versão tradicional, tem teto de lona e recolhe a cobertura automaticamente em 20 segundos. E se o modelo tradicional foi imortalizado pela dupla sertaneja Munhoz e Mariano, com a música "Camaro Amarelo", em 2012, a conversível não deixa de chamar menos atenção nas ruas, onde é apontado por pessoas de todas as faixas etárias.
"O perfil do brasileiro na escolha das cores dos carros vem mudando a cada ano. Atualmente, há mais abertura e aceitação por cores vibrantes, que destacam e diferenciam os modelos nas ruas. As pessoas querem ser diferentes, chamar atenção por onde passam e encontrar facilmente o carro em um estacionamento repleto de cores sóbrias. Uma cor exclusiva pode ser um atrativo a mais na venda ao identificar pessoas que compartilham o mesmo gosto. É um novo perfil de consumidores, mais ousados, que não tem medo de arriscar quando se trata de destacar e ser diferente no meio em que vive", explica Isabela Vianna, da área de Designer Color & Trim da Fiat.
Outro carro eternizado em um hit era um pouco mais popular, mas nem por isso deixou de estar na memória dos brasileiros. "Pelados em Santos", música composta pelo grupo Mamonas Assassinas, em 1995, tratava de um convite para um passeio amoroso a bordo de um Volkswagen Brasília na cor amarela, com detalhe para as rodas tipo gaúcha. A música ficou tão famosa que ganhou uma versão em espanhol.
XR3 conversível e o "homem do carro amarelo"
E nem só de sucessos musicais com Camaro e Brasília se constrói a trajetória de uma cor. Ainda falando em décadas passadas, dois "modelos" também ficaram famosos pela sua tonalidade berrante: a configuração conversível do Ford Escort XR3, do final da década de 80, e a réplica de Ferrari do professor aposentado João Lara Nunes, figura lendária na cidade de São Paulo nos anos 1990.
O Ford Escort foi um dos primeiros carros mundiais, ou seja, o mesmo modelo foi fabricado em diversos países. Por aqui, começou a sair das linhas de produção em 1983 como modelo 1984. Até 1995, a Ford lançou diversas versões do veículo, entre elas, o lendário conversível de cor amarela, suprasumo da esportividade na época. A partir de 1996, ele começou a ser importado da Argentina e e deu adeus ao mercado em 2003.
Quem vive em São Paulo, já deve ter se deparado com a figura ilustre de um senhor grisalho, parado em frente a uma réplica amarela de Ferrari nas principais avenidas da cidade, principalmente na região do Ibirapuera. João Lara Nunes, conhecido como o "homem do carro amarelo", hoje aposentado da sua "função", passou anos sendo fotografado em frente ao seu xodó, sempre muito bem alinhado com um blazer e óculos escuros. Como companhia, um cachorro, substituído posteriormente por uma pelúcia.
De acordo com a Fiat, mais que uma característica estética, a cor valoriza o veículo, por isso, os tons fortes e marcantes são priorizados nos lançamentos de automóveis. "Entender o conceito do carro é o primeiro passo para desenvolver novas cores, que podem servir especialmente para determinados segmentos e modelos", analisa Isabela. E você, compraria um carro na cor amarela?
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