13/03/2022 - Alexandre Kacelnik / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
A Lincoln está para a Ford como a Cadillac está para a General Motors. É a chamada ‘divisão de carros de luxo’, que surgiu nos EUA há um século e depois se replicou em outros mercados, como o Japão, onde a regra de três seria ‘a Acura está para a Honda como a Lexus para a Toyota’.
Nessa guerra onde números de produção, faturamento e lucros são importantes, claro, mas glamour e novas tecnologias às vezes são mais importantes - porque são empestados à marca mãe, e aí sim se transformam em muitos dólares –, os conversíveis dos anos 60 travaram uma batalha à parte.
Como o Cadillac Eldorado, do qual já falamos aqui e foi produzido entre 1952 e 2002, o Lincoln Continental, nosso convidado de hoje, é um modelo ainda mais longevo: descontando alguns hiatos em que saiu de linha, foi produzido em dez gerações entre 1939 e 2020, quando a marca resolveu, para desespero dos puristas (eles estão sempre desesperados), concentrar esforços em SUVs.
Mais conhecido como sedan de luxo, o Continental foi criado por Edsel Ford, o ‘filho do homem’ (Henry). “Papai fez o carro mais popular do mundo. Eu quero fazer o melhor carro do mundo”, disse Edsel no lançamento.
Base para limosines nas versões com teto, o Lincoln sem capota atingiu seu auge em 1961, com o Mark VI. Menos espalhafatoso que nas versões anteriores – tendência igual aos Cadillac Eldorado dos anos 60 -, o Continental 1961 foi um marco.
Mesmo antes de entrar definitivamente para a história de forma trágica, como carro, em versão adaptada, que levava o presidente John Kennedy e a primeira-dama Jackie quando ele foi assassinado com um tiro no Texas, em 1963.
Apesar de ter encolhido nos anos 60, o Continental continuou sendo levado pelo descomunal motor V8 7.0, que na versão do Mark VI tinha “apenas” 300 cavalos (versões anteriores tinham 375 cavalos).
Depois de décadas, o Continental conversível, com suas incríveis portas traseiras – sim, é um conversível de quatro portas – virou um ás de ouros no baralho dos customizadores de carros. Prova disso é que Tarso Marques, o ex-piloto de Fórmula 1 e Indy e futuro de Nascar, um dos maiores customizadores do planeta, fez e exibe um modelo 1965 preto.
E mais incrível ainda é notar que é um dos carros menos mexidos em relação ao original, o que atesta, apesar das linhas extremamente quadradas, que seu design já nasceu ao mesmo tempo clássico e moderno.
Para quem quiser conferir:
E como sempre falamos em conversíveis e Hollywood, só para não ficar devendo, o Continental dos anos 60 é tão icônico que foi feito um brinquedo do modelo 1963 com o pai dos super-heróis Marvel. Além, claro, e off-Hollywood, do modelo Hot Wheels, provavelmente o Continental 1961 mais barato que você pode adquirir.
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