10/04/2022 - Redação / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Meses antes de a Fiat apresentar o conversível 124 no Salão de Turim, em 1966, a Alfa Romeo lançara o Duetto. Os dois carros ficaram conhecidos como Spider, nome muito usado na Itália para conversíveis 2 + 2, mesmo que o 2 do banco de trás significasse apenas espaço para dois humanos pequenos e raquíticos ou duas sacolas de supermercado.
Vale lembrar que a Alfa Romeo só foi comprada duas décadas depois destes lançamentos, então na época as duas italianas se digladiavam pelo mercado de pequenos sedutores sem capota, que também tinha nos ingleses grandes concorrentes, e como sempre, nos EUA os grandes compradores.
Sem tanta tradição nos esportivos em comparação com os rivais, a poderosa Fiat, que detinha mais de 20% do mercado europeu de carros, montou um verdadeiro dream team para desenvolver o 124 Spider. O estúdio Pininfarina, contratado para o design, escalou o americano Tom Djaarda, responsável, entre outros, pelo De Tomaso Pantera e pela Ferrari 365 California.
Aurelio Lamperdi, que no pós-guerra projetou os motores V-12 da Ferrari, criou o motor 1.4 com duplo comando de válvulas no cabeçote, o Twin Cam, que, posicionado na dianteira, entregava 90 cavalos, o que num carro de 920 kg e tração traseira era suficiente para alcançar 170 km/h, um desempenho bastante satisfatório para o segmento.
Somado ao bom comportamento dinâmico, freios a disco nas quatro rodas, câmbio de cinco marchas e pneus radiais, outras modernidades, era a fórmula para o 124 Spider fazer sucesso também nas competições. Principalmente a partir do modelo Abarth 124 Rally, com teto rígido, mas isso já foi em 1973, fora do nosso foco, os Anos 60.
O Fiat 124 Spider foi produzido entre 1966 e 1985. Dos cerca de 200 mil exemplares que saíram das fábricas na Itália, 170 mil foram parara na América, onde receberam até um câmbio automático de três velocidades.
Curioso é que apesar de visualmente bastante diferente, o Spider faz parte da incrível Famiglia 124, inclusive os modelos sedan e perua também apresentados no Salão de Turim de 1966.
O irmão sedan foi um dos carros fabricados em mais países e com diferentes nomes, um fenômeno principalmente na pré-globalização. Chamou-se Seat 124 na Espanha, Lada Riva ou 1200 na Rússia (e chegou como Laika ao Brasil na Era Collor), Tofas Murat 124 na Turquia e Bulgária, e foi montado pela Kia na Coreia do Sul e pela Premier na Índia com adaptações. Sempre com grandes tiragens.
Em 2015, a Fiat ressuscitou o nome 124 Spider em um belo conversível construído sobre a base do Mazda MX-5 Miata. Ficou em cartaz até 2020, mas com vendas baixas, talvez por não ter a personalidade do original.
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