Uma pesquisa realizada pelo IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor) abordou cinco das principais montadoras que atuam no mercado nacional (Chevrolet, Fiat, Ford, Volkswagen e Renault) sobre a política de vendas de componentes opcionais em carros populares. O levantamento constatou práticas ilegais como compra “casada”. Além de informações que diferem entre site e concessionárias e grandes variações de preços.
Segundo o IDEC, o item ar-condicionado é o único disponível à venda separadamente nas concessionárias. O preço do opcional também pode varias em até 78% entre as marcas. A Volkswagen é a empresa que vende o produto com valor mais baixo, R$ 2.700. Já a Ford disponibiliza o acessório por R$ 4.810, uma diferença de R$ 2.110. O produto é encontrado nas outras marcas por um valor entre R$ 2.820 e R$ 2.400.
Quem já comprou um carro zero, sabe que os itens opcionais são oferecidos em forma de kit, e não separadamente. Outro detalhe é que normalmente as montadoras não informam ao cliente o valor exato de cada item, só um preço geral do pacote. Prática proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, e conhecida como compra casada.
Um exemplo citado pela entidade que realizou a pesquisa foi uma prática da Volkswagen em oferecer os itens direção hidráulica e ar-condicionado agregados a um pacote. Ainda, a marca disponibiliza ao cliente uma informação no site, diferente da encontrada na concessionária.
Na loja o item ganhou o nome de Kit VI – além de direção e ar, o pacote conta com outros opcionais como: chave canivete, travamento central por controle remoto, entre outros. O valor do conjunto é de R$ 6.200. Já no sistema online da empresa, o pacote oferecido chama-se “Trend”. Além dos itens direção hidráulica e ar-condicionado ele oferece, por exemplo, aerofólio traseiro e antena de teto. Essa opção sai por R$ 2.200.
A metodologia do levantamento usou os modelos Chevrolet Celta LS, Fiat Palio Fire Economy, Ford Ka, Volkswagen Gol e Renault Clio. Duas concessionárias de cada montadora mais o site oficial de cada fábrica foram usados para realizar a consulta, que ocorreu entre os dias 20 e 25 de julho.