Você sabe como nasce uma limusine?
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Tudo começa com o desmonte do interior
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Tudo começa com o desmonte do interior
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Mas nem tudo é retirado, como o painel, por exemplo
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Após seccionar fios e peças se inicia o corte
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a coluna é cortada ao meio para que continue a cumprir a mesma função
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Ferramentas especializadas são usadas
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Para garantir o alinhamento, o carro recebe barras para evitar deformações
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Colocada sobre trilhos, a carroceria permanece alinhada
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Colocada sobre trilhos, a carroceria permanece alinhada
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Chapas são reforçadas e montadas para aguentar o peso maior
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Teto solar é reutilizado na parte traseira da Limosine
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Resultado pode levar de seis meses a um ano
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Custo não é inferior a R$ 50 mil
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Parte interna da limusine é feita sob medida
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BMW Série 7, Mercedes-Benz Classe S, Audi A8 e Rolls-Royce Phantom são alguns exemplos de sedãs de luxo que deram origem a versões alongadas, identificadas por um L ao final do nome. Mesmo com tanto conforto e espaço a bordo, no entanto, não chegam próximos ao status de uma verdadeira limusine. Quem quiser dar origem a um carro como este precisa recorrer a uma oficina especializada.
Marcos Garrotti, técnico em automobilística da LS Automotive, garante: "qualquer carro pode ser uma limusine, mas existem diferentes usos para um carro como este: casamento, festas particulares ou transporte de executivos. Isso é muito importante para a escolha do modelo".
Limusine pode levar até um ano para ficar pronta
Engana-se quem acha que para transformar um carro em limusine, basta cortar o veículo ao meio e esticá-lo. A transformação do carro original pode custar R$ 50 mil ou mais, dependendo do que o cliente pedir. Itens como sistema de sons e luzes ou ar-condicionado interferem no valor final, já que todo o habitáculo é feito sob medida. O tempo necessário para a transformação pode levar entre seis meses e um ano. Pode parecer uma longa espera, mas considerando-se que nenhuma fábrica produz limusines em série, é um pequeno adicional a se pagar por um carro único.
"É preciso separar as peças e catalogá-las para garantir o sucesso na remontagem", conta Garroti, sobre a quantidade de trabalho que deve ser feito na preparação do automóvel antes do corte. Os carros possuem inúmeros módulos eletrônicos que controlam diferentes funções. Todos são ligados por fios que cruzam o assoalho e o teto.
A coluna central é seccionada ao meio para que a porção frontal faça a vez de selar a porta dianteira e a traseira sirva como apoio das dobradiças das portas de trás. De forma geral, o processo é semelhante ao de um carro normal, só que a separação pode chegar até 4 metros de distância. Algumas partes do veículo não passam por mudanças, como é o caso do motor.
"Na etapa de corte, são utilizadas diversas ferramentas, como serras pneumáticas e discos de corte até equipamentos para reverter o processo de solda. Corte a plasma também é utilizado para maior eficiência e precisão", explica. O importante é que a estrutura não se deforme e o carro fique perfeitamente alinhado na hora de juntar as partes novamente. No processo de re-estruturação, em que é feito um reforço da estrutura original do carro, as suspensões são elevadas e reforçadas para aguentar o peso extra que o veículo ganha - para cada metro adicionado, em média, são adicionados 400 kg ao peso.
"Todas as peças em metal são ajustadas e soldadas uma a uma, copiando a estrutura original do veículo. Este processo se dá de dentro para fora: cada chapa soldada agrega forma e resistência estrutural". Depois disso, é feita a pintura.
A partir do retorno do processo de pintura, começa a remontagem. Além de colocar tudo no lugar, é preciso alongar a fiação, o escapamento - e, no caso de um carro com tração traseira, o eixo cardã - para se adaptarem ao novo comprimento.
Já com cara de limusine por fora, é hora de montar o interior. Nesta fase, a criatividade é que diferencia um projeto do outro. "O design é um mix de inspirações de carros americanos, tendências e muita conversa entre o elaborador do projeto e o cliente", diz Garroti. Junto à instalação de acessórios, o item pode fazer o preço da transformação subir rapidamente. Opções não faltam: telas em LED, frigobares, bancos em tecidos exóticos, espelhos, lasers...
"Preferimos trabalhar com SUVs, pois possuem estrutura mais robusta e alta. Com carros normais, mesmo com suspensões elevadas, o veículo fica baixo e pode empacar em rampas e lombadas. Em relação à motorização, carros com oito cilindros possuem potência e torque abundantes para lidar com o peso extra".