Clássicos nacionais são repaginados

Assim como o SP2, o Opala também recebeu um novo estudo de design graças aos traços do paulistano Cauê de Mattos, que escolheu o modelo da Chevrolet como tema do trabalho de conclusão de curso de sua graduação em Desenho Industrial na Universidade Mackenzie. ‘Eu nunca desenhei um carro’ admitiu, porém ‘o desenho estava na minha mente, mas não tinha a mão solta para o design automotivo’. Cauê estava habituado a desenhar móveis em seu curso de graduação. Como admirador de carros, Mattos deixou os sofás e cômodas de lado e optou por redesenhar o Opala. ‘Não tanto pelo carro, mas pela lembrança’, relatou, justificando a escolha. Sobre o carro, ele diz que o modelo ‘é um prato cheio para o design’. Desde a idéia original até a conclusão com um modelo na escala 1:4, o designer teve apenas três meses e se manteve ‘o mais fiel possível’ ao desenho original de um Opala 1978, que foi escolhido para servir de base para os desenhos. Na miniatura, estão lá a frente triangular e os dois pares de lanternas redondas na traseira. Para tirar o carro dos anos 1970 e trazê-lo para a atualidade, Mattos optou por utilizar conceitos de design já conhecidos, como o ‘New Edge’ e o ‘Kinetic’, ambos da Ford, que geraram linhas geométricas com encontros quinados de curvas, dando um aspecto mais moderno ao seu projeto, que intitulou de Opala especial 40, já que se comemoram em 2008 os 40 anos do lançamento do primeiro Opala. A respeito da tendência de se resgatar nomes e ícones do passado, Mattos compartilha da opinião de Marcelo Vieira Rosa e diz que as releituras ainda vão durar mais um pouco. ‘Se pudesse dar um chute, mais uns sete anos’, avalia. ‘E, dos ressurgimentos, vão restar alguns detalhes apenas’.