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Clássicos nacionais são repaginados

A indústria automotiva vem resgatando grandes nomes do passado. E o Brasil não fica para trás nesta releitura

14/11/2008 - Thiago Moreno / Fotos: Marcelo Vieira Rosa, Cauê de Mattos e Divulgação / Fonte: iCarros

Desde o lançamento do New Beatle, em 1998, a indústria automotiva mundial vem resgatando cada vez mais nomes e projetos consagrados do passado. A Volkswagen fez com o simpático Fusca e assim foi com o Ford Mustang, Chevrolet Camaro, Dodge Charger, Mini e, mais recentemente com o novo Fiat 500, que deverá chegar o Brasil no segundo semestre do ano que vem. Não é por falta de esforço, porém, que o Brasil vai ficar para trás: já existem estudos para uma remodelagem dos icônicos Volkswagen SP2 e o Chevrolet Opala, mantendo os traços que tornaram os carros famosos nos anos 1970, mas fazendo adaptações para atualizar os modelos ao século XXI. SP2 O SP2 foi fabricado entre 1972 e 1975, com perfil baixo, capô alongado e faixas refletivas que acompanhavam toda a lateral. Naquele tempo, a imprensa internacional o intitulou de ‘o carro mais bonito’ entre os fabricados pela VW. Apesar do apelo esportivo da carroceria, o carro era equipado com um motor a ar de 1.700 cm³, derivado dos motores 1.600 utilizados em outros modelos da VW na época. O carro acabou ficando obsoleto por causa da motorização, uma vez que a marca alemã começara a introduzir motores refrigerados a água com o lançamento da linha Passat, em 1974. Marcelo Vieira Rosa, designer com escritório em Curitiba (PR), acompanhou a vinda de nomes do passado e teve a idéia de recriar um carro que representasse a importância da indústria automotiva brasileira da época. Rosa escolheu o SP2 por ter sido o primeiro carro esportivo totalmente desenvolvido no País. Além disso, era uma das poucas opções de esportivo disponíveis nos anos 1970. Para manter a identidade do carro, Marcelo não mexeu no perfil do carro, deixando intacto o capô longo e as suas proporções. Ele também reproduziu as faixas laterais e o desenho dos faróis dianteiros. Trazendo o carro para os dias atuais, o designer deixou o carro mais largo e com entreeixos maior, integrou os pára-choques à carroceria, introduziu rodas maiores e ergueu a seção traseira. “Não mantive o caimento original dessa parte do carro para não dar uma aparência de muito antigo”, explica. Sobre a tendência de se trazer ícones do passado, Marcelo diz ser ‘muito bacana, mas vai durar um tempo’, pois, ao repaginar desenhos já consagrados, é difícil de fazer modificações. ‘Por exemplo, o New Beatle, não tem o que mudar’. O designer diz que se recorre ao passado pela ‘vontade de reviver aquele tempo’. Opala 40 O Opala, lançado no final de 1968, teve a última unidade saída da fábrica de São Caetano do Sul (SP) em 1992. O modelo mesclava uma carroceria do Opel Reckord com uma motorização da GM norte-americana. O carro ficou famoso por suas versões esportivas de 6 cilindros, os ‘SS’. Nos anos 1970, o esportivo encarava de frente ‘muscle-cars’ autênticos como o Ford Maverick e o Dodge Charger, ambos equipados com motores V8.
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