26/06/2019 - João Brigato / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Em 2007, a Volkswagen anuncio um ousado plano: em dez anos triplicaria suas vendas e baterias um milhão de carros vendidos nos EUA. Na época, vendia em torno de 330 mil carros, somando com a Audi. Nesses planos, estava a criação de modelos específicos para esse mercado, o que incluiu a Volkswagen Routan.
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O mercado de minivans grandes sempre foi aquecido nos EUA. Por lá, não é apenas Chrysler Town & Country/Pacifica e Kia Carnival como já foi no Brasil. Honda e Toyota, também estão nessa briga, lugar onde Nissan, Mazda, Ford e Chevrolet já participaram. Por isso, a Volkswagen queria sua fatia do bolo.
Mamãe Chrysler
Em 2008 quando a Volkswagen Routan foi lançada, os EUA colocaram 700 mil novas minivans na rua. O objetivo da marca alemã era ter 5% do mercado com 45 mil unidades anuais. Para não gastar demais com o desenvolvimento completo de uma minivan para vender apenas nos EUA, Canadá e México, a Volkswagen chamou a Chrysler.
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Reconhecida (junto da Renault) pela criação das minivans no mundo, a Chrysler passaria a produzir a minivan da Volkswagen. Ela era baseada na última geração da Chrysler Town & Country (vendida no Brasil) que também é a atual Dodge Grand Caravan. Apesar disso, elas escondiam parentesco, tanto que a Routan tem apenas as portas em comum com as primas.
Tiguan van
O estilo não negava as influências europeias. Na dianteira, a Volkswagen Routan adotava faróis agressivos acompanhados pela grade frontal com vincos estilo Audi. Pense no primeiro Tiguan que foi vendido no Brasil ou no Gol G5: é exatamente essa linha de design que a Routan seguia.
A traseira trocava o estilo retangular da Town & Country e da Caravan por linhas arredondadas. Seu vidro traseiro tinha o mesmo recorte inferior do Tiguan, enquanto as lanternas invadiam a tampa do porta-malas como na SpaceFox. Um bojudo para-choque ajudava a não danificar a tampa traseira.
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O interior, no entanto, revelava seu lado Chrysler. A sobriedade da Volkswagen era trocada pelo estilo tipicamente americano. Ela era um dos raríssimos carros da marca que não usavam volante do Passat CC, preferindo manter o conjunto das minivans Chrysler. Até mesmo a manopla de câmbio no painel era mantida.
Não existe almoço grátis
Apesar de ser baseada em Town & Country e Grand Caravan, a Volkswagen Routan não contava com as duas melhores soluções de espaço das irmãs Chrysler. O sistema Stow'n Go permite que os bancos da segunda fileira fiquem completamente escondidos dentro de um alçapão no piso da minivan, enquanto o Swivel’n Go rotacionava as fileiras individualmente.
Ambos não foram usados pela minivan da Volkswagen, mantendo a exclusividade para a Chrysler e para a Dodge. Outro revés era o preço: a Routan começava em US$ 28 mil na época, enquanto a Grand Caravan partia de US$ 21 mil. Em preço equivalente à prima da Volkswagen, as minivans Chrysler eram mais equipadas.
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O resultado disso tudo foram vendas fracas. Mesmo quando trocou mesmos motores V6 3.8 de 197 cv e o V6 4.0 de 251 cv pelo Pentastar V6 3.6 de 283 cv atrelado a um câmbio automático de seis marchas. A meta da VW era vender 45 mil Routan por ano, mas conseguiu apenas 29 mil no primeiro ano, seu recorde de vendas.
A produção da Volkswagen Routan terminou em 2012, mas até 2014 foram fabricadas unidades para locadoras e frotas. A Chrysler Town & Country só saiu de linha em 2016, quando foi substituída pela Pacifica. Já a Dodge Grand Caravan continua até hoje sem mudanças. Volkswagen e Chrysler nunca mais fizeram uma parceria depois disso.
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