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Chevrolet Cruze já foi um SUV antes de ser um sedã da Daewoo

Derivado de um projeto da Suzuki vendido no Brasil, o Chevrolet Cruze já foi muito diferente do que conhecemos

14/01/2019 - João Brigato / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Conhecido hoje como o sedã médio global da Chevrolet, o Cruze já foi um SUV no passado. Além de seu passado pouco conhecido, o Cruze também não era um projeto originário da Chevrolet em sua primeira geração, já que teve todo seu desenvolvimento encabeçado pela sul-coreana Daewoo. Já o segundo e atual modelo, foi feito pela China. Conheça um pouco mais sobre essa curiosa e global história do Cruze:

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Cruze SUV

Na virada para o século XXI, a Chevrolet estava mal das pernas no Japão. Era preciso ganhar mercado e mais presença, por isso ela se reuniu com a Suzuki para desenvolver um mini-SUV a ser vendido pelas duas marcas. O primeiro conceito dessa parceria surgiu em 1999 no Salão de Tóquio: o Chevrolet YGM1. Porém foi a Suzuki a primeira a vender o mini-SUV.

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Lançado em 2000, o Suzuki Ignis era o sucessor do Swift e atuava tanto como um hatch compacto de entrada da marca, quanto como um mini-SUV com pegada urbana. O modelo Chevrolet chegou apenas um ano depois com algumas modificações visuais. Em relação ao Ignis, o Cruze tinha dianteira mais agressiva, com faróis espichados e para-choque com abertura de ar única.

Na traseira, as mudanças eram maiores. O Chevrolet Cruze trazia lanternas com lente preta instaladas na coluna, conectando as janelas laterais à traseira. Além disso, dois pares de luzes circulares vermelhas eram instaladas no para-choque. Esse recurso era inspirado no Corvette e foi reinterpretado no Cruze quando se tornou um sedã.

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Como Chevrolet ele foi vendido até 2009, enquanto a versão Holden (australiana) durou até 2006. Já o Suzuki Ignis adotou a mesma dianteira e traseira do Cruze em 2003 e saiu de linha no mesmo ano que o modelo da Chevrolet.

Cruze coreano

Em 2008, enquanto o Chevrolet Cruze japonês saia de linha, chegava ao mercado sul-coreano o Daewoo Lacetti: esse sim o sedã médio da GM como o conhecemos. Diferentemente do que se imagina, a primeira geração não foi desenvolvida pela divisão americana, e sim pela sul-coreana, para somente depois se tornar um modelo global. É preciso voltar um pouco mais no tempo e entender sobre o Daewoo Lacetti.

Substituto do Daewoo Nubira vendido no Brasil nos anos 1990, o Lacetti era um modelo global. Tão presente no mundo, ele foi vendido como Buick (Excelle), Chevrolet (Lacetti, Optra, Nubira), Daewoo (Lacetti e Gentra), Hodel (Viva), Ravon (Gentra) e Suzuki (Reno e Forenza). Ele foi produzido na Coreia do Sul, Colombia, China, Rússia e é feito até hoje no Uzbequistão. Em 2008, quando a segunda geração foi apresentada, ela já tinha pretensões globais.

Sobre o nome de Daewoo Lacetti Premiere, o sedã estreou na Coreia do Sul já com a versão Chevrolet sendo apresentada em imagens. O modelo passou a adotar plataforma global da General Motors e o visual que seria seguido por todos os modelos da Chevrolet daí em diante. A traseira trazia novamente a inspiração no Corvette, ao incorporar os quatro círculos no desenho interno da lanterna.

O Daewoo Lacetti Premiere foi vendido na Coreia do Sul até 2011, quando a Chevrolet passou a atuar como marca da GM no país e o Cruze entrou em seu lugar. As versões perua (vendida na Europa e Austrália) e hatch também foram desenvolvidas por lá.

Cruze da China

Pouco depois do restante do mundo receber a reestilização do Cruze, a China revelava a segunda geração do sedã em 2014. Primeiro modelo construído sobre a plataforma D2XX, a China ficou responsável pelo desenvolvimento do sedã, já que era seu maior mercado. O sedã antigo permaneceu em linha por lá com o nome Cruze Classic e ainda recebeu mudanças visuais.

Apesar de estruturalmente igual ao Cruze que conhecemos, o modelo chinês tinha visual completamente diferente. Em transição de linguagem visual, eçe não se parecia com outros modelos da marca. A dianteira trazia faróis longos e arredondados, acompanhados por uma grade frontal larga e separada. Na traseira, um friso cromado seguia as lanternas na base.

A intervenção da divisão americana da Chevrolet transformou o Cruze no que conhecemos hoje. O visual mais esportivo e refinado, inspirado em modelos como Malibu e Impala, tronou o Cruze novamente um modelo global e idêntico nos quatro cantos do mundo. Agora prestes a sair de linha nos EUA, a próxima geração deve manter seu desenvolvimento concentrado na China. 

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