04/05/2020 - João Brigato / Fotos: João Brigato / Fonte: iCarros
Com a inclusão da nova carroceria cupê à família Cayenne, fica cada vez mais claro que o SUV tem uma veia mais forte no lado esportivo que o lado utilitário. Como um Porsche legítimo, ele tem que ser divertido de dirigir, muito refinado e ter algum tipo de inspiração direta no clássico 911.
Como modelo mais vendido da história da Porsche, o Cayenne tem importância por si próprio: foi o primeiro modelo da marca de Stuttgart a carregar cinco pessoas com conforto e a trafegar em superfícies que um Porsche jamais iria. A versão cupê tenta resgatar um pouco mais do lado esportivo da marca alemã.
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Meu primeiro contato com o irmão cupê do Cayenne foi justamente com essa versão de entrada dotada de motor V6 3.0 de 340 cv e 45,8 kgfm de torque. Há ainda o Cayenne Turbo S E-Hybrid de R$ 956.000 para quem quer mais potência (680 cv e 91,7 kgfm) e manter o consumo de combustível contido.
Mamute fitness
Um dos pontos que o Cayenne sempre impressiona é em sua força e agilidade: como um mamute desse tamanho e peso (2.795 kg) pode ser tão rápido? Mesmo na versão mais fraca, ele chega aos 100 km/h em apenas 6 segundos: uma marca que o 911 cumpria no passado e que hoje é feita por um SUV enorme.
A entrega de força é praticamente instantânea, especialmente por conta da rápida resposta da transmissão automática de oito marchas. Ela trabalha de maneira bastante suave, com trocas praticamente imperceptíveis em regime de direção pacata. Basta acelerar para que o câmbio devolva em patadas as trocas de marcha, instigando comportamento esportivo.
Com o botão Sport Response ligado, o Cayenne libera toda sua força por 20 segundos, fazendo das ultrapassagens algo bastante divertido e rápido. Nesse momento (e nos modos Sport e Sport+), o ronco do V6 invade a cabine discretamente. A sinfonia é agradável, mas não tem a mesma sonoridade do 911 com seus motores boxer.
Outro ponto em que a veia esportiva do Porsche Cayenne Coupé fica bem evidente é em curva: estradas sinuosas são seu habitat natural, especialmente em serras. Ele contorna as curvas com precisão. Claro que o peso extra e a carroceria corpulenta se fazem sentir, mas há agilidade impressionante para um SUV de 4,93 m de comprimento e 1,98 m de largura.
Gosto por velocidade
A direção é rápida e direta, com calibragem mais pesada. Já a suspensão traz três regulagens de dureza: para estradas de terra é recomendado deixar no modo mais macio, que ainda assim transmite bem o que se passa no solo. Já no asfalto e em curvas, o primeiro estágio de dureza é o ideal para manter o SUV cupê bem-comportado sem jogar a carroceria para os lados.
De série, a tração integral trabalha enviando 90% da força para os eixos traseiros. Apenas em casos de perda de aderência, o Cayenne Coupé passa a trabalhar mais com as rodas dianteiras. Em curvas de alta velocidade, é possível ver pelo mostrador digital da direita do painel de instrumentos (igual ao do 911) até 40% do torque sendo trabalhado na parte da frente.
Uma das características mais inerentes ao Porsche Cayenne é seu gosto por velocidade. O SUV grandalhão gosta de andar rápido o tempo todo. A 150 km/h ele parece estar em seu estado ideal: a rotação fica baixa, a oitava marcha está engatada e o Cayenne Coupé segue em linha reta como um transatlântico, engolindo o asfalto sem a menor dificuldade. Mesmo em velocidades mais altas, ele se mantém estável e sólido.
Os bancos revestidos de couro com regulagem elétrica fazem com que horas atrás do volante do Cayenne Coupé não sejam um mártir. Eles tem ótimo suporte lateral para curvas fortes e espuma firme sem ser desconfortável, mantendo a coluna no lugar durante viagens longas ou em castigadas estradas de terra e pedras, onde o Cayenne Coupé rodou com tranquilidade.
Entre os mimos oferecidos pelo SUV cupê da Porsche, alguns merecem destaque. Ele traz lavador da câmera traseira para que, mesmo em trilhas cheias de lama, seja possível ver para onde o motorista vai de ré. Além disso, o teto solar panorâmico combinado ao teto preto deixa o ambiente interno bastante refinado.
Conclusão
De fato pagar quase meio milhão em um SUV é muito, mas o Porsche Cayenne Coupé também é um extremo quando se trata de carro. Anda verdadeiramente como um Porsche, sendo mais divertido que seu tamanho gigantesco e peso de mamute sugerem. Além disso, tem interior refinado, um belo design de cupê e anda de verdade na terra, coisa que outro Porsche não faz.
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