05/12/2021 - Redação / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
Carros sem capota sempre existiram. Aliás, o primeiro automóvel, patenteado por Karl Benz em 1886, não tinha capota. O mesmo se pode dizer do Ford T, o primeiro ‘carro popular’, lançado sem teto.
Mas a série que que iCarros inicia essa semana trata dos verdadeiros conversíveis, carros com opção de andarem fechados quando chove, por exemplo, e que permitem ao seu feliz e normalmente exibido motorista experimente a sensação de liberdade trazida pelo vento nos cabelos (ou no rosto para os calvos).
Essa tal sensação de liberdade ao dirigir um automóvel, somada à ostentação da prosperidade, tornaram-se aspirações maiores após a Segunda Guerra. E os conversíveis representavam sua combinação perfeita.
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Então vieram os conversíveis gigantes e rococós americanos dos anos 50, como o Cadillac Rabo de Peixe, ou a veloz versão sem asas de gaivota do Mercedes 300 SL.
Mas foi nos anos 60 que os conversíveis chegaram ao seu auge, dos dois lados do Atlântico, com os EUA criando opções menores e mais acessíveis às suas “banheiras”, que continuaram em fabricação, e a Europa caprichando em designs que se tornaram icônicos. E é sobre os Conversíveis dos Anos 60 que trata nossa série.
Embora a gente tenha falado dos conversíveis que se fabricavam dos dois lados do Atlântico, sua grande vitrine e mercado foi a Califórnia, banhada pelo Pacífico.
Num estado cada vez mais rico e que abriga a Meca do cinema mundial, e onde quase nunca chove nem faz muito frio, não só as estrelas de Hollywood desfiavam em conversíveis, mas muitos jovens e nem tão jovens de classe média também.
Então vamos começar a série com um carro que representou em Hollywood o ideal extremo da liberdade através de um conversível, desta vez de forma dramática e com um final não exatamente feliz: o Ford Thunderbird do filme Thelma & Louise.
Para quem não viu, uma sinopse curta e pobre: de saco cheio de seus maridos insuportáveis, Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon) chutam o pau da barraca e partem para um fim de semana numa cabana, e vão se envolvendo numa bola de neve de confusões que as leva a uma travessia em fuga por meio EUA a bordo de um lindo T-Bird conversível verde claro.
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O Thunderbird foi lançado no Salão de Detroit de 1954, e chegou às lojas no ano seguinte. Seu arquirrival era o Chevrolet Corvette, lançado antes.
Em 1966, ano do Thunderbird dirigido por Louise, Ford e Chevrolet estavam mais preocupadas com a guerra entre seus novos conversíveis: Mustang e Camaro. Menores, mais acessíveis, mas mantendo a possibilidade de levar um americaníssimo V8 sob o capô, eles tomaram conta do pedaço, como veremos em outros episódios desta série.
Voltando ao T-Bird 1966, ele era impulsionado pelo emblemático V8 390 (são 390 polegadas cúbicas, ou 6.4 litros), que entregava entre 275 e 335 cavalos, dependendo da versão.
Pouco no mundo de hoje para levar um carro de cinco metros e duas toneladas, mas forte para a época. Havia ainda um V8 de sete litros, mas não equipava nosso conversível.
O modelo 1966 foi da primeira geração dos Thunderbird com quatro lugares, o que ajudou um ainda desconhecido Brad Pitt a impulsionar sua carreira, porque ele viajou de carona no banco de trás em Thelma & Louise, mas fez o carro da Ford perder terreno na disputa específica contra o Corvette, que se manteve fiel à esportividade com seus dois lugares.
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Até 1997, quando saiu pela primeira vez de linha, foram dez gerações e 4,2 milhões de T-Birds vendidos. Ainda houve uma tímida volta com a 11ª geração, em 2002, mas teve baixo número de vendas e saiu definitivamente de catálogo em 2005.
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