18/01/2021 - MixAuto / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
Segundo dados da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) publicados na reta final de 2020, foram cerca de 19.000 emplacamentos de veículos eletrificados (híbridos e elétricos) só no Brasil - o que significa um aumento de 60% em relação a 2019.
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Porém, apesar da política de estímulo à produção de veículos elétricos, ainda é um desafio ter um carro elétrico no Brasil - não apenas por conta do custo elevado, mas também em razão do despreparo estrutural de eletropostos e da manutenção específica.
Acontece que um carro elétrico convencional precisa de uma bateria maior e mais pesada do que as convencionais. O problema é que essa bateria tem um custo de aquisição e manutenção mais elevados.
Além do mais, a matéria-prima utilizada na bateria de um carro elétrico é finita e geralmente de difícil obtenção, como é o caso das baterias de íons de lítio.
Mas a Nissan, em parceria com a Unicamp e a USP, está desenvolvendo o projeto de um carro elétrico que não precisa de bateria e promete uma autonomia de 600 km.
Nomeado Nissan SOFC ( em alusão ao sistema Solid Oxide Fuel Cell), o veículo é o primeiro carro do mundo que utiliza a tecnologia “Célula de Combustível e-Bio” e o Fuel Cell - sistema de alimentação movido a célula de combustível com etanol. Esse sistema dispensa a bateria e utiliza hidrogênio para gerar energia elétrica.
Carros movidos a hidrogênio já existem fora do Brasil, desenvolvidos principalmente pela Honda, Toyota e Hyundai.
Porém, todos eles são abastecidos direto com o hidrogênio em seus tanques e acabam passando pela mesma dificuldade de um carro elétrico convencional: a implantação de novos locais para o abastecimento dos veículos e mão de obra específica.
A magia do SOFC é que ele pode ser 100% abastecido com etanol ou etanol + água. Por isso, o Brasil é um dos países que esse carro bem como esse sistema podem dar mais certo. Afinal, já temos uma rede consolidada de postos abastecidos com etanol.
Como funciona o sistema de abastecimento do Nissan SOFC?
O Nissan SOFC utiliza de um equipamento que tira, por meio da eletrólise, o hidrogênio do etanol e faz com que ele gere energia elétrica para alimentar o veículo.
Quanto à poluição que esse processo gera? Absolutamente zero! O resultado desse processo de eletrólise é apenas água e carbono-neutro, não nocivos à atmosfera.
Ou seja, mesmo utilizando um combustível vegetal, o SOFC polui menos que um carro híbrido, que poderia usar o mesmo combustível.
Maior desafio para carros elétricos movidos a etanol se tornarem uma realidade
Mesmo que o sistema Fuel Cell abastecido a etanol não demande uma reforma na rede elétrica do país para a recarga das baterias, como em veículos elétricos convencionais e híbridos, existe outro desafio.
O reformador, componente responsável por realizar a eletrólise no etanol e remover o hidrogênio do mesmo, é uma máquina muito grande, pesada e de alto custo.
Por isso, uma outra alternativa estudada é a instalação de reformadores nos postos de combustível.
Esses reformadores ficariam fixos nos postos e removeriam o hidrogênio do etanol. Já com o hidrogênio removido, poderiam reciclar a água e abastecer o carro diretamente com o hidrogênio.
A perspectiva é de que a produção de carros tradicionalmente movidos à combustão sejam banidos em até dez anos. Por isso, nunca se falou tanto em alternativas elétricas e também mais ecológicas no setor automotivo.
E aí, o que você acha sobre a eletrificação dos carros e o sistema inovador que a Nissan vem desenvolvendo? Será que o Brasil está se preparando para o futuro do setor automotivo? Deixe sua opinião nos comentários!
Fonte: MixAuto Center
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