01/08/2021 - Alexandre Kacelnik/ RF1 / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
O Volkswagen Santana foi produzido no Brasil entre 1984 e 2006. Teve um estrondoso sucesso inicial como sedan executivo e familiar, que mesmo sendo médio concorria em espaço e desempenho com o grande (para os padrões brasileiros) Opala.
E um ocaso que o transformou numa espécie de Silvio Caldas (cantor que virou em meme pré-histórico por anunciar seguidas vezes a aposentadoria que nunca vinha) da indústria automotiva nacional. Quando saiu de cena, o Santana era anacrônico perto dos nisseis Honda Civic e Toyota Corolla, sem falar em meia dúzia de outros sedans mais modernos.
A Quantum, perua do Santana, teve vida um pouco mais curta – foi fabricada entre 1985 e 2003 -, e parecida somente na primeira geração em termos de concorrência, quando enfrentou a Caravan e venceu com sobras.
No seu final, as concorrentes não eram semelhantes mais modernas, embora essas também existissem, mas sim os SUVs que antes a indústria e depois os consumidores elegeram para matar as peruas.
Com tração dianteira e conceito mais moderno, conseguia ser menor e mais leve e concorrer de igual para igual com a Caravan em desempenho e espaço para passageiros e bagagens, sendo bem mais econômica. Chegou ao mercado com os motores AP (Alta Performance) 1.8 e 2.0.
A segunda geração da Quantum veio em 1992, quando o Brasil já estava reaberto para carros importados e os fabricantes nacionais lançaram concorrentes de peso, o GM Omega Suprema e os Fiat Tempra SW importado e depois Marea Weekend, além da gêmea bivitelina Ford Royale, da Autolatina. Com suas armas de sempre – o custo-benefício e a confiabilidade da Volkswagen -, a Quantum se defendeu bem.
Essa segunda geração, além de redesenhada e testada em túnel de vento, com aerodinâmica e visual muito melhorados, tinha freios ABS, injeção eletrônica, quatro portas, câmbio automático de três velocidades na versão top de linha, bagageiro no teto, além de melhoras contínuas no desempenho do AP 2000, que chegou a 112 cavalos de potência na segunda metade dos anos 1990.
Enquanto o Santana levava a fama de careta, muito por ser um sucesso tanto como táxi especial quanto como carros escolhido pelas empresas para seus executivos, a Quantum fazia o papel de descolada na família.
O Santana era uma versão tropicalizada do Passat alemão, e quando ele foi embora, a Volkswagen já importava oficialmente as versões mais novas do Passat e sua versão Variant. O convívio das duas gerações em território brasileiro – já que a diferença era muito flagrante – só foi possível graças a outro abismo – o da diferença de preços.
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