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As inesquecíveis peruas brasileiras: Variant II x Belina II

No segundo round na disputa entre Volkswagen e Ford, quem ganhou com as versões modernizadas foi o consumidor

26/09/2021 - Alexandre Kacelnik / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

A disputa entre Variant e Belina começou na virada dos anos 60 para os anos 70, um tempo em que a briga pelo mercado de automóveis no Brasil se resumia basicamente a três montadoras: VW, Ford e GM.  

A luta continuava equilibrada e animada no fim dos anos 70, mas as lutadoras estavam cansadas. Vieram então Variant II e Belina II, no fim de 1977. As duas eram maiores, melhores de motor e interior, mas a Belina levava a vantagem de fazer parte de um projeto maior, já que era derivada do Corcel II, enquanto na Volkswagen os carros irmãos da Variant, o hatch TL e o sedã Zé do Caixão já tinham sido enterrados (sem trocadilho) há muito, e não foram ressuscitados. O concorrente do Corcel II, o Passat, não teve perua no Brasil.  

A Variant II foi um dos últimos carros da VW com motor refrigerado a ar. Embora seguisse a tendência de design da matriz alemã, foi um projeto 100% brasileiro.  Lembrava bastante a Brasília (ou para quem considera que aquilo não era uma perua, o Brasília), lançada em 1973, mas além de bem mais comprida – e consequentemente espaçosa – trazia soluções técnicas que a tornavam mais potente e econômica.  

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Tinha o entre-eixos quase dez centímetros maior que a Variant anterior, um painel de instrumentos modernão, retangular, opcionais porretas como rádio stereo AM/FM e porta-malas de 467 litros, que crescia de para 954 litros com o banco rebatido.  

Como o motor boxer 1.6 de 67 cavalos, acoplado a um câmbio manual de quatro marchas, ficava atrás, ainda sobrava na frente um porta-malas de 137 litros. Durou somente até 1981, dando lugar a duas peruas, a Parati, que veio em 1982, e a Santana Quantum, três anos depois.  

A Belina II, como a concorrente, também era maior e mais quadrada e envidraçada que sua versão anterior. Vendia mais que a Variant II, e consolidou sua liderança a partir de 1979, quando apresentou o motor 1.6 de 73 cavalos, 11,9 kgfm de torque e câmbio manual de 5 marchas como opção. E ainda levava o equivalente a 768 litros no porta-malas, quase tão grande quanto o da Chevrolet Caravan.  

Quando o Corcel saiu de linha, em 1986, a Belina continuou sendo fabricada, agora com a frente do Del Rey, mantendo seu nome para as versões mais simples e chamando-se Del Rey Scala nas mais sofisticadas.  

Isso durou até 1991, quando os rivais históricos passaram a fazer, sob a joint venture Autolatina, uma perua...igual. Ou quase. A da VW se chamava Santana Quantum, a da Ford, Royale.  

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