05/09/2021 - Alexandre Kacelnik/RF1 / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
A Wagon teve uma passagem relativamente breve pela longa história do Chevrolet Corsa no Brasil.
Enquanto o compacto baseado na segunda geração do Opel Corsa alemão foi lançado por aqui em 1994 e ficou em produção até 2012 na versão hatch - e 2015 na versão sedan, chamada Chevrolet Classic -, a perua só nos brindou entre 1997 e 2002.
Na família de peruas da Chevrolet brasileira, a Corsa Wagon se assemelha mais em tamanho e faixa de mercado à Marajó, derivada do Chevette, que já tinha saído de linha para dar lugar à Ipanema, derivada do Kaddet, um pouco maior e uma prateleira de preço acima.
Com o Corsa Wagon, a Chevrolet voltou a brigar mais forte com Fiat - que lançou a Palio Weekend no mesmo 1997 - e Volkswagen Parati no segmento de pequenas peruas.
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Uma característica de época interessante desse projeto muito pouco modificado em relação ao original alemão: Corsa Wagon e Palio Weekend foram as primeiras peruas brasileiras a entrar no mercado já com as quatro portas como padrão.
Quando a Wagon chegou nas concessionárias, o irmão Corsa, carro global que teve excelente aceitação nos mercados emergentes, já era um campeão de vendas por aqui, então surfar no seu sucesso ajudou.
Com 4,026 m de comprimento, 2,443 m de entre-eixos e porta-malas de 401 litros (1.150 com o banco traseiro rebatido), era menor e levava menos bagagem (ou sacolas de supermercado) que a principal concorrente, a Palio Weekend.
O visual arredondado – a GM teve a manha de chamar seus faróis de amendoados, como os olhos amendoados que tanto conquistam - e o conjunto mecânico agradaram ao público.
A Corsa Wagon chegou com motor 1.6 de 8 ou 16 válvulas. Embora o 16 válvulas do GLS entregasse 10 cavalos a mais de potência (102 contra 92), seu torque de 14,8 kgfm chegava a 4.000 rpm. O torque de 13 kgfm da versão GL era entregue a 2.800 rpm.
Então, a versão de 16 válvulas era mais cara, menos econômica e só levava vantagem – e pouca - em altas rotações. Seu 0 a 100 km/h era feito em 12s, contra 12,3s do GL. As velocidades máximas, 184 km/h contra 177 km/h.
No fim das contas, a ‘família brasileira’ adotou (com razão) a versão mais barata, mas econômica e mais ágil no ciclo urbano.
Outro detalhe é que a Corsa Wagon só dispunha de câmbio manual, nunca teve opção automática no Brasil.
A Corsa Wagon ainda contou, a partir do início deste século, com o motor 1.0 GM Família I 16V, uma versão reduzida do 1.6 de 16 válvulas. Rendia 68 cavalos e tinha 9,2 kgfm de torque a 4.000 rpm.
Mesmo pesando 50 quilos a menos, sofria muito para carregar peso, fazia de 0 a 100 km/h em quase 16 segundos e bebia muito mais que as irmãs mais parrudas.
Mas como todo mundo tinha que ter uma versão 1.0 para brigar na faixa de preços mais baixos, e quem não tem dinheiro para pagar a versão de cima não pensa em custo-benefício, a GM não fugiu ao script da época.
Assim como outras tantas, a Corsa Wagon morreu no Brasil e continuou viva na Europa.
Em 2002, quando o Corsa estava mudando de geração, a GM brasileira preferiu apostar suas fichas no ‘segmento do futuro’, lançando a minivan Meriva e descontinuando (palavra bem mais suave que matando) a fabricação da perua Corsa.
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