20/06/2021 - Alexandre Kacelnik / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
Entre 1975 e 1992 o mercado automotivo brasileiro sofreu várias transformações, o Chevrolet Caravan soube se adaptar a todas e ter sempre seu lugar no mercado e no coração e bolso dos brasileiros.
Quando foi apresentada ao público no fim de 1974, no Salão do Automóvel, a versão perua do Opala mostrou rapidamente que tinha um nicho bem definido e sem concorrentes: era maior, mais potente e por que não dizer mais bonita – no mínimo mais imponente - que VW Variant e Ford Belina, que dividiam o mercado de peruas até então.
O Opala – versão brasileira do alemão Opel Rekord - estava nas ruas desde 1969, mas a Chevrolet não lançara a station wagon por estar concentrada em outra versão de Opel, o pequeno Chevette.
Quando a Caravan estreou, recebeu os mesmos motores do Opala - o quatro cilindros de 2.5 litros e o lendário seis cilindros 4.1, que substituíra o 3.8 dos anos iniciais.
Difícil imaginar hoje o que representava em 1978 o motor 250S, o 4.1 envenenado que equipava a Caravan SS, com seus 171 cavalos de potência. Igualmente difícil imaginar o impacto que um carro desses na cor laranja, listras pretas, causava.
Fácil imaginar, contudo, com o preço que o combustível alcançou em nossos dias, o que é um carro que faz no máximo 4km com um litro de gasolina no ciclo urbano. Era para poucos, já que o mundo vivia a Crise do Petróleo, e durou pouco, pois o motor foi amansado nos anos seguintes. Até a versão de 4 cilindros da SS foi amansada.
Após 10 anos reinando absoluta na prateleira das peruonas, a Caravan ganhou a concorrência da VW Santana Quantum em 1985, assim como o Opala já havia ganhado a concorrência do Santana sedan como carro executivo.
Com um projeto mais moderno, quatro portas, tração dianteira, mais econômica e quase tão luxuosa quanto, a perua da montadora alemã obrigou a Chevrolet a fazer algumas mudanças na Caravan, e elas foram na direção do luxo.
Em 1986 foi lançada a versão Diplomata da Caravan, que ainda deu algum fôlego em um nicho específico, sufocado quando ocorreu a reabertura do Brasil para os carros importados, em 1990.
Em 1992 Opala e Caravan não faziam mais sentido no mundo moderno e saíram da linha de produção para se tornarem itens de fã clubes e colecionadores.
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