24/08/2022 - Luiz Felipe Chaguri /RF1 / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
O mercado de automóveis no Brasil vive um período de tentativa de recuperação após a crise dos semicondutores ter prejudicado as vendas desde a pandemia. Dez anos antes, o cenário nacional era bem diferente e foi justamente em agosto de 2012 que ficou na história a incrível marca de 420 mil veículos comercializados em um mês, recorde que nunca mais foi quebrado.
Para se ter uma ideia de como esse número é representativo, em julho de 2022 foram comercializados 169.093 veículos no País, ou seja, aproximadamente 40% do que foi registrado há 10 anos.
A única coincidência, mesmo depois de tanta evolução e aumento da tecnologia embarcada nos automóveis, foi o fato do VW Gol ter liderado o ranking de carros mais vendidos de julho deste ano. Foram 11.925 emplacamentos do hatch, número bem relevante para um veículo que está prestes a sair de linha, mas bem abaixo das 32.629 unidades registradas do Gol em agosto de 2012.
Atualmente, em um cenário político bem mais conturbado e ainda com escassez de chips e semicondutores, as fabricantes cada vez mais têm apostado em trazer veículos 0 km mais equipados, priorizando uma margem de lucro maior por cada unidade fabricada, visto que a indústria já não comporta a mesma quantidade de produção. Isso faz com que o público que tem condição de comprar um carro novo seja restrito ou de uma classe social mais alta.
Isso não quer dizer que as montadoras são gananciosas e estão querendo tirar dinheiro do cidadão brasileiro. Com certeza se tivessem peças sobrando elas poderiam comercializar mais veículos e até ofertar modelos mais acessíveis ou, de fato, populares. O problema é que talvez nem o próprio brasileiro esteja disposto a isso mais.
Com o comércio de seminovos aquecido, é comum encontrarmos um público mais interessado em um modelo esportivo espaçoso e apimentado do final dos anos 1990 do que interessados em hatchs compactos básicos do mercado atual.
Não à toa, versões mais baratas de Fiat Mobi e Renault Kwid são as que menos vendiam, algumas até saíram de linha, e por isso até esses compactos de entrada ganharam mais recursos recentemente, como controle de tração e estabilidade e ar-condicionado.
Desta forma é provável que, mesmo com um mercado aquecido, com trégua política, fim da guerra na Ucrânia e outros cenários positivos, nunca mais haja um recorde de veículos vendidos. Nem por isso os carros vão deixar de ser algo que o brasileiro tanto sonha em adquirir.
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