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Hilux e Frontier se enfrentam após mudanças

Picape da Nissan passou a ser fabricada no Brasil e ganhou novas versões; a da Toyota recebeu visual renovado

26/01/2009 - Texto e fotos: Fernando Pedroso / Fonte: iCarros

Em setembro, a Nissan passou a fabricar a Frontier no Brasil, incorporando novas versões à linha. Apenas um mês depois, a Toyota foi atrás da concorrência e respondeu com um facelift na hermana Hilux, que também estreou novas configurações, inclusive uma inédita, com motor a gasolina. Chamamos as versões topo destas rivais para mostrarem seus prós e contras: Nissan Frontier LE e Toyota Hilux SRV, ambas a diesel. Os preços ficam em R$ 101.290 para a Frontier e R$ 111.721 para a Hilux.

Agora fabricada em São José dos Pinhais (PR), a Frontier vem equipada com um propulsor de 2,5 litros de 172 cv a 4.000 rpm e torque de 41,1 kgfm a 2.000 giros. Vinda da Argentina, a Hilux tem um 3,0 litros de 163 cv a 3.400 rpm e torque de 35 kgfm entre 1.400 e 3.200 rpm. Mesmo com uma capacidade cilíndrica maior, a Hilux parece andar menos que a rival no que diz respeito à arrancada, mas a longa faixa de torque máximo garante maior suavidade ao funcionamento do conjunto mecânico. A Frontier dá um salto quando atinge os 2.000 giros, momento em que o turbo de geometria variável entra em funcionamento. A Hilux também conta com este equipamento.

Ambas são confortáveis em vias pavimentadas e rodam sempre em giros baixos com pouco nível de ruído, apesar de serem movidas a diesel. Quando exigida, porém, a Frontier tende e ‘gritar’ mais. Por outro lado, a suspensão da Hilux transmite mais as imperfeições do solo para os ocupantes, principalmente para quem vai nos bancos traseiros. O espaço interno também se equivale nas rivais, com destaque para os assentos de trás, confortáveis até para adultos mais altos. Os encostos não ficam tão na vertical, como nas rivais Ford Ranger e Chevrolet S10.

Na cidade também vão bem, passando por ruas esburacadas e lombadas com desenvoltura, desde que os ocupantes não se importem com o chacoalhar da cabine. O porém é que as picapes sofrem do mesmo problema que qualquer carro com essas dimensões avantajadas: é cada vez mais difícil achar espaço suficiente nas apertadas vagas de shoppings e supermercados.

Frontier vai melhor no fora de estrada

As duas também se apresentam quando o assunto é sair da estrada. As picapes possuem tração nas quatro rodas com reduzida. A vantagem da Frontier é o seletor eletrônico por botão giratório no painel. A Hilux ainda é do tempo da alavanca. A Nissan vai melhor em rampas, com ângulo de ataque de 32° e 24° de saída. Respectivamente, a Toyota tem 21° e 20°.

Se a picape da Toyota perde em desempenho, empata na capacidade de carga. Em sua versão cabine dupla, carrega 1.005 quilos, o mesmo que a rival. Sua caçamba tem 1,52 m de comprimento, 1,51 m de largura e 45 cm de altura. A Frontier, disponível somente com cabine dupla, tem 1,51 m de comprimento, 1,49 m de largura e 45,4 cm de altura.

A vida a bordo na Frontier é mais vantajosa, com acabamento de plástico de melhor aparência e comandos à mão do motorista. A Hilux, no entanto, tem um pacote de equipamentos mais interessante, como o comando do som no volante e o ar-condicionado digital. As duas já vêm com disqueteira para seis CD’s, direção hidráulica, controlador de velocidade, vidros, travas e retrovisores elétricos, rodas de 16 polegadas, airbag duplo e freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem.
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