Jeep Experience: uma aventura pela Chapada Diamantina

Para 2016, a Jeep pretende popularizar a expedição Jeep Experience com proprietários da marca - a ação já acontece nos Estados Unidos - nos trópicos e fazer dela uma experiência única em território brasileiro. A primeira edição aconteceu entre os dias 26 e 29 de novembro, na região do Parque Nacional da Chapada Diamantina, com jornalistas de todo o Brasil. Confira o que rolou por lá!

Chegada à Chapada Diamantina

Recentemente, a Chapada Diamantina foi destaque na mídia em razão de um grande incêndio - com suspeita de motivação criminosa -, que chegou a destruir cerca de 8.000 hectares da região. Na aproximação do voo ao aeroporto de Lençóis (BA), a cerca de 430 km de Salvador, foi possível ter uma ideia da devastação causada pelo fogo, que ainda queimava em alguns pontos da região. Quase todos os municípios visitados pelo Jeep Experience sofreram com diversas queimadas desde o início do ano. 

A cidade de Lençóis é a porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada Diamantina. Com ruas de paralelepípedo, tem uma boa estrutura hoteleira e é servida por vários restaurantes. E foi de lá que partiu a caravana de Renegade para conhecer a região. Foram cerca de 20 jornalistas, em duplas, a bordo da versão Sport ou Trailhawk 4x4 a diesel. 

A primeira edição do Jeep Experience trouxe muita chuva à região, que estava seca há cerca de seis meses. A água amenizou as consequências do incêndio e deu uma dose extra de aventura às trilhas percorridas. O primeiro ponto de parada foi a vila de Igatu, localizada na cidade de Anadaraí. 

Dia 01 (27/11)
Igatu teve seu crescimento e declínio baseado no garimpo de Diamantina. O local, que chegou a ser populoso, conta hoje com pouco menos de 400 habitantes. A chegada até lá teve alguns obstáculos, como uma ponte que acabou cedendo em uma parte quando um dos carros de apoio passou - o veículo teve de ser rebocado -, e muita lama para atravessar em razão da chuva. 

Saindo de Igatu, a caravana do Jeep Experience retomou a estrada rumo à Mucugê, passando pelo Poço Azul, uma caverna inundada por água transparente com 16 metros de profundidade. Por lá, é possível flutuar e ver as formações rochosas nas profundezas. Parada obrigatória para refrescar o corpo e lavar a mente. 

O esqueleto cansado pelas chacoalhadas do off road descansou do primeiro dia da expediçaõ em Mucugê, pequena cidade do Parque Nacional da Chapada. Com direito à coreto, a cidade lembra os pequenos municípios do interior de Minas Gerais. 

Dia 02 (28/11)
Após movimentar a pequena Mucugê, a caravana a deixou rumo à trilha do Roncador para conhecer uma das cachoeiras mais bonitas da região, que leva o mesmo nome. Para acessar o local, é preciso atravessar alguns rios e trechos de areia. 

Voltando para a cidade de Lençóis, a expedição foi conhecer a Lagoa da Pratinha, que recebeu este nome pela tonalidade da água. Apesar de ficar a poucos quilômetros de Lençóis, o acesso é por via de terra batida, com muitos buracos, mas em algumas retas, foi possível acelerar o carro, diferentemente dos outros pontos off road, em que a velocidade não passava de 60 km/h. 

Na Lagoa da Pratinha, uma tirolesa de 85 metros com uma queda na água e a flutuação com colete e snorkel dentro de uma caverna com 150 metros são algumas das atrações imperdíveis para se fazer.  

Dia 03 (29/11)
No último dia de expedição, o grand finale foi no Morro do Pai Inácio, um dos cartões postais do Parque Nacional da Chapada, de onde é possível avistar toda a região. Para se chegar até lá, o carro fica estacionado no pé do morro, de onde começa uma escadaria natural de pedras de 300 metros. Nessa hora, a boa forma física conta pontos a favor, não só para subir como para descer. A 1.150 metros de altitude do nível do mar, avista-se a Serra do Sincorá, a Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha.

Reza a lenda que um escravo, chamado Inácio, apaixonou-se pela esposa de um coronel que, ao descobrir o romance, mandou pistoleiros atrás do amante. Encurralado, Inácio saltou a montanha com o guarda-chuva da amada. Dizem que ele escapou por meio das frestas da montanha e nunca mais voltou. E deve ser por isso que os pensamentos voam longe quando se chega ao ponto mais alto do morro...

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