19/02/2018 - Texto e fotos: Thiago Morneo / Fonte: iCarros
A Volkswagen faz uma intensa propaganda comparando o novo Polo a um “mini-Golf”. Beleza, então o novo Virtus pode ser considerado o “mini-Jetta”? Sim e não. O iCarros testou a versão Comfortline do Virtus, que custa R$ 73.490, e você vai ver que ele fica bem no meio do caminho entre dois sedãs da marca. Só falta saber se ele merece o título de mini-Jetta mesmo ou se ele é apenas um maxi-Voyage.
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Itens de série e opcionais
O Virtus Comfortline traz de fábrica direção com assistência elétrica, ar-condicionado, travas elétricas, vidros elétricos, quatro airbags (dois frontais e dois laterais), controle de tração, Isofix, cintos de três pontos para todos os passageiros, alarme, central multimídia com conectividade via Android Auto e Apple Car Play, suporte para celular integrado ao painel com tomada USB e ajuste de altura para o banco do motorista.
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Completam a lista o bloqueio eletrônico de diferencial, assistente de partida em rampa, banco traseiro com três encostos de cabeça, freio a disco nas quatro rodas, controle eletrônico de estabilidade, volante multifuncional, três entradas USB, faróis com função Cornering Light, sensor de estacionamento traseiro, ajuste elétrico dos espelhos, encosto de braço central, saída de ar-condicionado para o banco traseiro, ajuste de altura e profundidade para o volante, repetidores de seta nos retrovisores, lanternas traseiras escurecidas e rodas de liga leve de 15 polegadas.
O modelo das fotos também estava equipado com o kit de opcionais Tech II, que custa R$ 3.500 adicionais, e acrescenta borboletas atrás do volante para trocas de marcha em modo manual, chave presencial, piloto automático, sensor de estacionamento dianteiro, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, rodas de liga leve de 16 polegadas, retrovisor interno eletrocrômico, ar-condicionado automático, porta-luvas refrigerado, organizador de porta-malas, câmera de ré, indicador de pressão dos pneus, detector de fadiga e sistema acionamento automático dos freios pós-acidente.
Ficha técnica
Nas medidas, o Virtus tem 4,48 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade declarada para acomodar até 521 litros de bagagem.
Em números, o motor 1.0 12V flex turbo, presente apenas nas versões Comfortline e Highline, entrega 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque com etanol, ou, respectivamente, 116 cv 20,4 kgfm com gasolina. Com esse motor, a VW disponibiliza apenas o câmbio automático de seis velocidades, com a possibilidade de trocas em modo manual por meio da alavanca. Borboletas atrás do volante para essa função são opcionais.
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O consumo declarado é de 7,8 km/l em urbano e 10,2 km/l no rodoviário usando etanol e, respectivamente, 11,2 km/l e 14,6 km/l com gasolina. Os dados de performance fornecidos pela VW dão conta de que, nessa configuração, o Virtus é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e tem velocidade máxima de 194 km/h quando abastecido com etanol.
Onde o Virtus está mais para um mini-Jetta?
Visual – Apesar de ter a mesma dianteira do Polo, o Virtus é mais comprido e alongado. A silhueta já tem identidade própria e a traseira bebe diretamente da nova fonte visual dos sedãs que a VW anda apresentando lá fora. Apesar de sóbrio, tem classe e combina tanto com o porte quanto com a proposta do sedã.
Desempenho – É 1.0? Sim, mas muitos se esquecem da diferença que a turbina faz. Com mais de 20 kgfm de torque disponíveis, o Virtus arranca com vigor e consegue manter velocidades de estrada com o mínimo de esforço e com o conta-giros marcando menos de 2.500 rpm a 120 km/h. As retomadas são irrefutáveis e são o maior trunfo do motor TSI sobre o 1.6 MSI aspirado. O resultado vem em consumo. Abastecido com gasolina durante os testes, marcou média de 11,7 km/l em uso urbano e de 14,7 km/h na estrada.
Segurança – Um dos motivos que justificam a compra do Virtus Comfortline é a lista de equipamentos de segurança, pois é a versão mais barata a já trazer controles de estabilidade e tração, além do bloqueio de diferencial, que ajuda no contorno de curvas. Mesmo sem esses itens, contando apenas com a qualidade da carroceria e os quatro airbags que vêm de série em todas as versões, o Virtus obteve nota máxima de segurança nos testes de impacto realizados pelo Latin NCap.
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Espaço interno – Um dos motivos para alguém preferir o Jetta sobre o Voyage, além, claro, do preço, é o espaço interno. O motorista tem espaço de sobra e todas as regulagens possíveis para ficar mais confortável. Atrás, há espaço para três adultos sem muitos problemas. Pernas e ombros se acomodam bem. Mas fica a observação: com o visual “acupezado”, o espaço para a cabeça não é tão farto quanto as demais medidas do banco traseiro.
Quanto ao porta-malas, se você não conseguir carregar o que precisa com os 521 litros do porta-malas do Virtus, ou o espaço extra com os bancos traseiros rebaixados, você é um sério candidato a virar comprador de Kombi, não de um sedã. Além do espaço farto, a abertura do tampão é larga e as caixas de roda são afastadas uma da outra, criando um espaço útil bem grande.
Conforto – Talvez este seja o quesito que mais traga o Virtus para perto dos sedãs maiores da VW. Antigamente, os carros da marca eram um tanto firmes, privilegiando a dirigibilidade. Desde o Polo, o conforto passou a ser levado em consideração também. O Virtus não ficou molenga, mas ao menos agora não incomoda tanto nas vias esburacadas. O isolamento acústico também é destaque, nem parece que o sedã partiu da plataforma de carros compactos da VW. É um silêncio só e dirigi-lo traz uma sensação de solidez de construção.
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Onde o Virtus parece mais um maxi-Voyage?
Acabamento – Essa é uma questão que já foi apontada no Polo. O acabamento interno do Virtus é super bem montado e parece bem resistente. Mas, mesmo nessa versão que passa dos R$ 73 mil, traz plástico rígido como material predominante da cabine.
Câmbio – Enquanto “viúvo” do câmbio manual que sou, já acho que faltou uma opção com embreagem ao motor TSI. Além disso, a VW se deu ao trabalho de não usar uma transmissão automatizada em seu sedã intermediário, mas foi conservadora ao usar a caixa automática de seis velocidades que já tem alguns aninhos de estrada nas costas. Apesar de ter uma calibração específica para o Virtus, esse câmbio tem trocas de marcha bem marcadas e, principalmente nas reduções, faz cabeças desavisadas se mexerem dentro do carro. Em algumas situações também demorar para resolver qual marcha deve usar.
Conclusão: andando na tênue linha entre os sedãs da VW e esperando Fiat Cronos
O VW Virtus acertou a mão em vários quesitos, principalmente conforto e desempenho. Na versão Comfortline você ainda leva todos os equipamentos de seguranças possíveis para o sedã. De quebra, você fica com um três volumes com um visual que deixou algumas pessoas na Audi se perguntando se a VW está usando o mesmo estilo de design.
É bem próximo do Jetta? Sim, o tamanho é bem similar, mas o sedã médio da VW está para mudar de geração e vai crescer - o modelo renovado estreou em janeiro lá fora e deve chegar aqui ainda neste ano. Enquanto isso, o Virtus tem um preço bem similar a concorrentes como Chevrolet Cobalt e Honda City (que nem controle de estabilidade oferecem). Mas ele está aguardando mesmo a chegada do Fiat Cronos, sedã que deve ser lançado nos próximos dias com preço bem similar. Se o Argo é o principal rival do Polo, não há motivos para não acreditar que os seus respectivos sedãs não entrem na briga.
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