VW up! 2018: o que a versão Cross up! TSI tem a oferecer?

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Testamos o VW up! 2018 na versão Cross Up, de R$ 56.990

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Na linha 2018, o modelo recebeu frente levemente renovada

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Ela se diferencia ainda por alguns itens estéticos

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Não há mudança na altura da suspensão na versão Cross up

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E ela é vendida apenas com o motor turbo TSI

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Atrás, a linha 2018 trouxe novo para-choque e lanternas com moldura em preto

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O porta-malas tem capacidade para 285 litros

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E nessa versão há uma divisória

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Motor é o 1.0 turbo flex que rende até 105 cv (etanol)

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Rodas são de liga leve de 15 polegadas com pneus de baixa resistência à rolagem

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O acabamento é simples, com lataria à mostra nas portas

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Banco e volante têm regulagem de altura

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Atrás, o espaço é reduzido

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Dependendo da estatura, a pessoa pode ficar apertada no banco traseiro

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Desenho da cabine é simples, mas sem falhas no acabamento

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Volante é multifuncional e vem revestido de couro

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Linha 2018 inclui suporte para celular

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Quadro de instrumentos tem boa visualização

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O Volkswagen up! 2018 chegou ao mercado brasileiro em abril deste ano. Além das atualizações visuais, o compacto recebeu alterações na gama de versões que atingiram a aventureira Cross. Antes vendida com motor aspirado e TSI, agora ela é oferecida somente com o propulsor turbo e sem opção de câmbio automatizado. Na época, ela chegou baseada na High up!, mas com a chegada da confguração Pepper em julho, a High saiu de linha. Atualmente, o Cross up! cobra R$ 56.990, exatos R$ 910 a menos que a topo de linha Pepper (R$ 57.900) e R$ 3.000 a mais que a anterior Move up! TSI (R$ 53.990). E o que oferece?

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Equipamentos de série

A Cross up! vem muito bem equipada, com um pouco mais do que o básico - e mais do que alguns carros mais caros oferecem. Ela traz de série ar-condicionado, trio elétrico, direção elétrica, alarme, sensor de estacionamento traseiro, divisória para o porta-malas, volante e banco do motorista com ajuste de altura, controle de tração (não há controle de estabilidade), acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, chave canivete, computador de bordo, retrovisor com função Tilt Down (abaixa o lado direito automaticamente ao engatar a ré), faróis de neblina, isofix, rodas de liga leve de 15 polegadas com pneus de baixa resistência à rolagem (medida 185/60 R15), volante multifuncional revestido de couro, suporte para celular e sistema de som com CD Player, Bluetooth e USB. 

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Visualmente, acrescenta frisos laterais com inscrição "Cross", rack de teto e soleira das portas dianteiras com aplique em alumínio. São opcionais: bancos revestidos de couro sintético (R$ 851) e sistema de som Composition Phone com tela de 5", entrada SD-Card e pareamento de smartphones Android e IOS pelo aplicativo “maps + more” (R$ 1.435).

Ficha técnica e desempenho

O motor é o 1.0 turbo flex, chamado de TSI, com inejção direta de combustível e bloco de alumínio. Ele entrega 105 cv e 16,8 kgfm com etanol ou 101 cv 16,8 kgfm com gasolina. No caso da versão Cross up!, há somente câmbio manual de cinco marchas. Um dos destaques desse motor é o torque máximo, entregue já a partir de 1.500 rpm. Ou seja, o carro é pequeno, leve (são 987 kg) e ainda gera força desde os giros baixos. 

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Quem já dirigiu um up! TSI costuma ter apenas elogios ao carro. E comigo não será diferente. Ele vai muito bem em qualquer condição, mesmo em situações em que normalmente um motor 1.0 sofreria. Ouvi comentários de manobristas de que o carro era fraco. Ora, é um motor turbo. Então se você espera pisar no acelerador e ser jogado contra o banco, é bom esperar primeiro a turbina encher. E asseguro que isso não demora muito. 

O câmbio é digno de elogios e está certamente no top 3 de câmbios manuais que já dirigi ao longo de mais de 10 anos de profissão. Ele tem ótimos engates e eles são bastante precisos. O resultado é uma dirigibilidade ágil que vai agradar aqueles que querem sair na frente. 

Então tudo é perfeito? Não. A suspensão é bastante firme no up!, o que incomoda se você quiser testar a potência do turbo nas nossas ruas esburacadas ou com muitos desníveis. Para não maltratar os passageiros atrás, é sempre recomendado passar com suavidade pelas lombadas. No mais, você não se arrependerá de investir em um up! TSI.

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O consumo é melhor do que a média do segmento, embora o modelo da VW tenha perdido o posto de 1.0 mais econômico recentemente para o Kwid. Na Cross TSI, os dados do Inmetro registram 9,5 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada com etanol ou 13,7 km/l e 14,7 km/l, respectivamente, com gasolina. Durante a avaliação do iCarros, com gasolina no tanque, o computador de bordo oscilou entre 7,8 km/l em congestionamentos e 12,8 km/l na cidade sem trânsito. 

Acabamento e espaço interno

Se você leu até aqui, já conhece as vantagens do up!. E agora começam os problemas. Com apenas 3,68 m de comprimento e 2,42 m de entre-eixos, ele não poderia oferecer uma sala de estar na cabine. O espaço no banco traseiro é apertado, especialmente se o seu amigo passageiro tiver mais de 1,70 m de altura.

Ele talvez não sofra tanto com o espaço para a cabeça, já que o formato quadrado na traseira favorece nesse sentido, mas as pernas podem ficar encostadas no banco dianteiro. Ainda assim, é bom ressaltar que o up! é mais espaçoso que alguns concorrentes diretos, como o Fiat Mobi.

Compare o up! com os concorrentes

No porta-malas, são 285 litros, mesma capacidade do Gol mas com a vantagem das linhas quadradas do up!, o que ajuda na hora de dispor a bagagem. Além disso, a Cross vem com o sistema que permite criar uma divisória no porta-malas caso você queria separar as compras ou deixar objetos menores escondidos no bagageiro. 

No quesito acabamento, não há falhas, rebarbas ou encaixes mal feitos. Mas também fica faltando um pouco para dizer que o acabamento é bom. Na região das portas, por exemplo, a lataria fica aparente e nem todos que tiveram contato com o carro ao longo da semana em que ele esteve na redação gostaram dessa solução. Há uma faixa no centro de plástico, sem textura, mas com desenhos, o que dá um ar mais jovial ao compacto. 

Na linha 2018, foi incluído de série o suporte de celular, o que é muito prático. Porém, ele não fica muito elegante quando não está em uso - ao menos ele pode ser removido. Além disso, eu não sou do tipo bagunceira, mas assim que entro no carro costumo espalhar pela cabine itens que preciso que fiquem à mão, como o controle da garagem. Nesse aspecto senti falta de alguns porta-objetos a mais. E há somente um porta-copo, então nada de passar no Drive Thru com acompanhante.

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Manutenção

São três anos de garantia, com revisões programadas a cada 10.000 quilômetros ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Foi extinta em 2016 a primeira revisão com seis meses. As três primeiras somam cerca de R$ 1.300. O que pesa na escolha do up! é o seguro, em geral mais caro do que do Mobi. 

Conclusão

A versão Cross up! representou 14% das vendas do up! no país entre janeiro e julho deste ano. É pouco. E isso é reflexo da única diferenciação em relação à High up! ser estética. Logo, fazia mais sentido levar para casa a High, ou você teria um aventureiro sem agregar sequer suspensão elevada ou qualquer modificação mecânica - como ocorre em outros modelos.

Atualmente, porém, com a High fora de linha, sobra a opção da Move up!, que cobra R$ 3.000 a menos e não traz, por exemplo, sensores de chuva e crepuscular. Se você não precisa deles no seu dia a dia nem faz questão do estilo "off-road", pode encontrar na Move uma escolha mais racional. Mas se ela for emocional, está aí o Cross up!, com visual exclusivo e mais equipamentos.

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