06/11/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Com 4.000 reservas, a sexta geração do VW Polo já pode ser considerada um sucesso, além de todo o burburinho que gerou. Tem a desejada opção 1.0 turbo, mas os iniciais R$ 65.190 que o Polo TSI cobra parecem distantes para você? Que tal então considerar a versão mais em conta 1.6 MSI? Ela vem com a mesma lista de equipamentos da opção de entrada 1.0 aspirada, mas oferece muitos sorrisos por R$ 54.990. E na mesma faixa você teria em seu principal rival - o Fiat Argo - a versão Drive 1.3 de R$ 53.900 com câmbio manual ou R$ 58.900 com o automatizado GSR. E aí, qual seria sua escolha? Mas antes de responder conheça as armas do Polo.
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Equipamentos de série
Você chega na concessionária e pede para ver o Polo MSI. A lista de equipamentos não empolga muito. Ele vem com o básico: ar-condicionado, direção elétrica e vidros e travas elétricas, além de sistema de som com Bluetooth. Os outros itens de série são banco do motorista com regulagem de altura, alarme, suporte para celular com USB, quatro airbags (frontais e laterais), rodas de aço de 15 polegadas com calotas, sistema isofix e cintos de três pontos para todos os ocupantes.
Ou seja, tem segurança com isofix e cintos de três pontos para todos, mas não há regulagem de altura nem profundidade no volante nem retrovisores elétricos.
Há dois pacotes opcionais: Connect Pack (R$ 2.600) e Safety Pack (R$ 1.050). O primeiro inclui computador de bordo, controle de tração e estabilidade, bloqueio eletrônico de diferencial, rodas de liga leve de 15 polegadas, central multimídia Composition Touch e volante multifuncional. No caso do Safety Pack, ele adiciona computador de bordo, controle de tração e estabilidade e bloqueio eletrônico de diferencial. Eles não podem ser somados. É um ou outro, já que os equipamentos se repetem. E a pintura pode adicionar mais R$ 450 (branco e vermelho sólidos) ou R$ 1.450 se for metálica.
Aqui teríamos ponto para o Argo, que na versão Drive já vem com central multimídia com espelhamento de smartphones, computador de bordo, volante com comandos de rádio e regulagem de altura e monitoramento de pressão dos pneus. Mas aí são só os obrigatórios airbags frontais, além de as rodas com calotas serem de 14 polegadas.
Acabamento e espaço interno
Quando você entra no Polo nas versões mais baratas, tem a sensação de estar no Gol, com muito plástico e tonalidades entre preto e cinza. Material macio só no apoio das portas. O desenho da cabine é sóbrio como nos outros modelos da Volkswagen e todos os comandos estão à mão, muito bem posicionados. Não há falhas ou rebarbas nos encaixes, mas a tampa do porta-luvas é daquelas que cai quando você solta a trava.
Explorando um pouco mais a cabine, logo notamos o suporte para celular, que já está presente em outros carros da marca na linha 2018, lembrando que ele acompanha uma entrada USB exclusiva para carregar o aparelho enquanto está em uso. Há porta-objetos suficientes no interior. No carro avaliado, a central multimídia é opcional e acompanha o volante com comandos de áudio.
A posição de dirigir poderia ser melhor se houvesse ajustes no volante - não tem altura nem profundidade. Por outro lado, o cinto de segurança dianteiro é regulável. No quesito interior, o Argo dá um banho no Polo. A cabine é mais moderna e o acabamento é bem superior.
Porém, com 2,56 m de entre-eixos, o Polo é um pouco mais espaçoso no banco traseiro que o Argo, que tem 2,52 m. No porta-malas, eles empatam com capacidade para 300 litros.
Confira a ficha técnica completa
Desempenho e consumo
Nesse ponto é onde o Polo dá a volta por cima e se sobressai. O motor 1.6 16V flex rende 117 cv e 16,5 kgfm com etanol ou 110 cv e 15,8 kgfm com gasolina - no Argo 1.3, que tem preço mais próximo, são 109 cv e 14,2 kgfm com etanol. Esse motor possui duplo comando de válvulas, variável na admissão. Vale lembrar que o Polo MSI é vendido somente com câmbio manual de cinco marchas. Automático só no TSI.
Se você conseguiu superar as impressões anteriores, basta dar uma volta no Polo para perceber o quanto ele é prazeroso de guiar. O motor empurra o hatch de 1.083 kg (o Argo Drive 1.3 pesa 1.140 kg) sem problemas e o torque máximo pode estar disponível a 4.000 rpm, mas boa parte dele é entregue antes. Desde baixas rotações as respostas são bem ágeis. Além disso, o câmbio tem relações na medida certa que deixam a condução quase esportiva.
Segundo dados da fabricante, o Polo MSI acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos com etanol, mesma marca do TSI. E com gasolina chega até a ser mais rápido, com 9,9 segundos contra 10,1 segundos do turbo.
Destaque também para a posição da alavanca da transmissão, mais alta, bem mais acessível para o motorista. E com aqueles engates precisos que todo Volkswagen pode oferecer. Isso não quer dizer que o Argo 1.3 seja ruim de guiar ou mesmo sem graça ao volante. Mas bater o Polo nesse quesito é bem difícil.
A crítica fica para a falta de uma sexta marcha. No dia a dia você não percebe, porém, na estrada a 100 km/h o motor trabalha a quase 2.500 rpm. A 120 km/h já passa das 3.000 rpm. A sexta marcha, presente em outros modelos da Volks, seria bem-vinda aqui.
Para ajudar no consumo há indicador de troca de marcha no painel. Aliás, falando em consumo, o Polo se mostrou bem econômico. Com gasolina, ele registrou a média de 6,3 km/l rodando em congestionamentos, mas chegou a 8 km/l na cidade e a 16 km/l na estrada.
A suspensão também agradou muito no Polo, firme na medida para oferecer boa estabilidade e sem prejudicar o conforto nas nossas ruas. O hatch parece bem "na mão". Mesmo em pisos irregulares ela filtrou bem as imperfeições. A direção é bem direta aos comandos.
Conclusão
O Polo causou muita curiosidade quando chegou à redação do iCarros para avaliação. Muitos não gostaram do visual "quase Gol", como foi chamado. O interior também não é o seu forte. Nesses aspectos, a briga levaria ao Argo. Mas é andando que o Polo mostra a que veio. E quem guiou concordou que vale o investimento. Se o TSI está fora do seu orçamento, considere, sim, o modelo 1.6 MSI. Ele agradou muito quanto ao desempenho e ao consumo e é daqueles modelos que vai fazer falta na garagem.
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