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VW Golf 1.0: vocês queriam, automático? Então toma!

Hatch médio ganhou a companhia do câmbio automático em todas as versões, mas preços partem de R$ 91.790

31/08/2018 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Infelizmente, estamos em tempos onde não só o VW Golf está em um segmento em queda (o dos hatches médios) como também se tornou o carro 0km mais caro do Brasil com motor 1.0. Custando R$ 91.790 na versão Comfortline testada ainda tem os mesmos predicados de sempre e o motor 1.0 não compromete. O preço e o câmbio, sim.

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O que mudou na linha 2018?

Todas as configurações do Golf 2018 estão de cara nova. O que compreendeu a inclusão de novos faróis com lâmpadas de LED para as luzes diurnas, nova grade, para-choque dianteiro e abrigo dos faróis de neblina. Atrás, o para-choque também foi renovado e todas as configurações passam a contar com lanternas com lâmpadas de LED.

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Além disso, a versão Comfortline testada recebeu mais uma alteração importante: aposentou o câmbio manual de seis marchas em favor de uma transmissão automática de seis velocidades. O conjunto de motor 1.0 turbo e a nova caixa é exatamente o mesmo utilizado pela dupla Polo/Virtus nas configurações Comfortline e Highline.

Ainda é um carro muito bem equipado

A versão Comfortline do Golf é de entrada apenas para fins de nomenclatura. Sua lista de itens de série é uma das mais extensas na faixa de preço, considerando também os SUVs compactos mais completos, a febre mais recente do mercado.

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O carro das fotos sai de fábrica com direção com assistência elétrica, ar-condicionado, trio elétrico, banco do motorista com ajuste de altura, volante com ajuste de altura e profundidade, rodas de liga leve de 16 polegadas, luz diurna de LED, central multimídia com tela de 8 polegadas e conectividade para Android Auto e Apple Car Play, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, retrovisor interno eletrocrômico, câmera de ré, monitoramento da pressão dos pneus, sensores crepuscular e de chuva, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e para o joelho do motorista) e controles de tração e estabilidade.

Além disso, tinha mais dois equipamentos opcionais: o teto solar elétrico (R$ 4.800) e as rodas de liga leve de 17 polegadas (R$ 2.450).

Sob o capô: pequeno, porém capaz

A versão de entrada do Golf vem de fábrica com o motor 1.0 turbo flex de três cilindros. Ele é capaz de entregar 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque com etanol ou 116 cv respectivamente com gasolina, que tem o mesmo número de torque. A novidade é a introdução do câmbio automático de seis marchas. Assim, o Golf usa exatamente o mesmo conjunto do Polo quando equipado com o 1.0 turbo.

Como o carro inteiro pesa 1.259 kg, o modelo consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos quando abastecido com etanol. Nas medidas, o modelo tem 1,46 m de altura, 1,79 m de largura, 4,26 m de comprimento e 2,63 m de entre-eixos. O porta-malas é capaz de abrigar 313 litros de bagagens.

Como anda? Bem, mas o manual era melhor

Tratando-se de Golf, não há muito que acrescentar: o hatch é prazeroso de se guiar, com um acerto de suspensão que é referência na categoria, espaço interno de sobra, um câmbio manual que está entre os melhores em termos de leveza e precisão de engate e materiais e arremates da cabine bem executados.

O que diferencia o Comfortline é mesmo o motor 1.0, que gera calorosas discussões a respeito de seu desempenho. Quanto a isso, o tricilíndrico turbinado tira de letra qualquer questionamento. Acelera com vigor, encara ladeiras sem perder embalo. Apenas com rotações muito baixas (menos que 1.500 rpm) que o motorista é lembrado do tamanho diminuto do propulsor, o que gera uma vibração baixa, mas notável. Mesmo com o ar-condicionado ligado, a performance é sempre mais que satisfatória para um 1.0.

E é pelo fato de o Golf continuar sendo excelente em vários aspectos que a transmissão automática destoa do conjunto. Ela passa trancos perceptíveis em trocas de marcha, principalmente nas reduções em velocidades baixas. É aceitável em um Polo de R$ 70 mil. Em um Golf de mais de R$ 90 mil, fica devendo em refinamento.

Segundo a VW, a opção por aposentar a finada versão Comfortline manual e favor da transmissão automática veio da demanda do público. Só que quando se tinha a opção de trocar as marchas você mesmo, o Golf saía por cerca de R$ 75 mil. A única diferença perceptível para o Golf 1.0 manual que testei no final de 2016, além do visual, claro, foi a central multimídia, que agora tem uma tela maior e mais bonita. Juntando a reestilização, a tela e a caixa automática é difícil ver a conta ultrapassar os R$ 90 mil.
 

 

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