Virtus MSI: como anda a versão de entrada do sedã da VW?

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VW Virtus MSI custa a partir de R$ 59.990

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Modelo das fotos está R$ 2.960 em opcionais

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Sedã usa a mesma plataforma do Polo, assim como o motor 1.6 e o câmbio manual de cinco marchas

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Acabamento é bem feito, mas simples

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O mercado em que a Volkswagen está inserindo o Virtus não é novo. Honda City e Nissan Versa vêm à mente e o sedã da VW está com o preço muito similar na comparação das versões de entrada. E ainda é mais barato que o Chevrolet Cobalt. Além de não ser novo, vai receber rivais de peso em breve, como é o caso do Fiat Cronos. Nesse cenário de muitos inimigos, uma versão de entrada tem que causar uma boa impressão nos interessados. Por isso, o iCarros andou no Virtus MSI 1.6, que custa R$ 59.990.

Lista de equipamentos

Para atrair os clientes, o Virtus de entrada traz de série direção com assistência elétrica, ar-condicionado, travas elétricas, vidros elétricos, quatro airbags (dois frontais e dois laterais), controle de tração, Isofix, cintos de três pontos para todos os passageiros, alarme, rádio com conectividade Bluetooth, suporte para celular integrado ao painel com tomada USB, ajuste de altura para o banco do motorista e rodas de aço de 15 polegadas com calotas.

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Não muito, mas o mínimo esperado nessa faixa de preço e com certa vantagem em termos de segurança pelo fato de o modelo ter nota máxima em testes de impacto e ser o único dos concorrentes citados (e lançados) até o momento a trazer quatro airbags de série.

O carro das fotos trazia o pacote de opcionais Connect Pack, que acrescenta ainda controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, bloqueio eletrônico do diferencial, central multimídia com conectividade via Android Auto e Apple Car Play, volante multifuncional, rodas de liga leve de 15 polegadas e sensor de estacionamento traseiro. Esse opcional acrescenta R$ 2.950 ao preço final.

Ficha técnica

Nas medidas, o Virtus tem 4,48 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. O porta-malas tem capacidade declarada para acomodar até 521 litros de bagagem.

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Sob o capô, o Virtus MSI tem o motor 1.6 16V aspirado capaz de entregar  117 cv de potência e 16,5 kgfm de torque com etanol ou, respectivamente, 110 cv e 15,8 kgfm com gasolina. Com essa motorização, a única opção câmbio é manual de cinco marchas.

O consumo declarado com etanol é 8,2 km/l em uso urbano e 9,5 km/l no rodoviário. Respectivamente, com gasolina, são 11,9 km/l e 13,8 km/l. Nessa versão de entrada, a aceleração de 0 a 100 km/h se dá em 9,8 segundos com velocidade máxima de 195 km/h (dados com etanol).

Custo de manutenção

O plano de manutenção da VW compreende os seis primeiros serviços programados, sendo que cada um é feito com intervalos de 10.000 km ou um ano, o que ocorrer primeiro. Assim, para o Virtus 1.6, o custo destes serviços soma R$ 2.852 ao término do período.

De acordo com o Car Group, estudo realizado pelo Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) para rankear a facilidade de reparação dos veículos no Brasil, o Virtus conquistou 10 pontos, o que o coloca entre os mais baratos de se consertar no Brasil, junto a outros dois VW: o up! e o Polo. Quanto menor a pontuação, mais em conta a reparação e 10 é a menor nota possível. Rivais como o Toyota Etios Sedan e o Chery Celer Sedan obtiveram nota 17 no mesmo teste.

VW Virtus tira nota máxima em teste de colisão

Assim, de acordo com os dados da própria Volkswagen, o custo de se manter o Virtus MSI 1.6 por quatro anos ou 60.000 km, levando-se em consideração manutenções programadas, combustível, impostos, seguro e peças de desgaste natural, fica entre R$ 0,860 e R$ 0,882 por quilômetro rodado.

Como anda?

Em tudo o que não envolve o motor e o câmbio, o Virtus MSI se assemelha às configurações mais caras, tendo as mesmas qualidades de espaço interno, desenho, qualidade de montagem na cabine e, principalmente, qualidade ao rodar. O silêncio a bordo, mesmo na versão mais barata, não é sacrificado. Assim como o acerto dinâmico da suspensão, priorizando um pouco o conforto.

Em relação às críticas, fica mais parecido ao Polo MSI 1.6. A cabine, apesar de bem montada, é muito simples e, nessa faixa de preço, regulagem manual para os espelhos já parece um conceito ultrapassado em 2018.

No entanto, o Virtus MSI tem algo que nenhum outro Virtus tem: o câmbio manual. E isso a Volkswagen sabe fazer muito bem. A caixa MQ200 já é extensamente usada na linha VW e teve algumas alterações para ser usada tanto no Polo quanto no Virtus.

A transmissão casa bem com o motor 1.6 e seu ponto forte está na facilidade e precisão dos engates. É um câmbio prazeroso de ser usado, ao passo que o pedal da embreagem tem um acionamento bem leve e intuitivo.

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O motor 1.6 em si não pode ser chamado de fraco para o Virtus, no entanto, uma característica que acaba passando batido no Polo fica um pouco perceptível no Virtus pela carroceria maior: abaixo das 1.500 rpm, o propulsor entrega pouca força, respondendo com mais vigor entre 2.000 rpm e 5.000 rpm.

Com o câmbio manual, isso significa um pouco mais de trocas necessárias em baixos regimes para obter o melhor desempenho. Mas é mais uma questão de costume do que um defeito propriamente dito. O único porém relacionado à transmissão é o fato de ter apenas cinco marchas, não seis como no Prisma, por exemplo. Na estrada, a 120 km/h, o conta-giros marca mais de 3.000 rpm e um pouco do ruído do motor invade a cabine.

Conclusão

Já fazia um tempo que a VW precisava de um sedã intermediário entre o Voyage e o Jetta e esse carro chegou: é o Virtus. Mesmo na versão mais barata, o modelo traz qualidades indiscutíveis de qualidade construtiva e de rodagem, apesar de ficar devendo um pouco em termos de equipamentos. Falta saber como ele vai lidar com o seu principal, rival, o Fiat Cronos, que deve chegar em breve.
 

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