01/07/2016 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Assim como as picapes S10 e Hilux, os utilitários esportivos Chevrolet Trailblazer e Toyota SW4 mudaram nos últimos meses para se atualizar tanto em questão visual como na oferta de equipamentos e itens tecnológicos. O primeiro já é linha 2017 e é oferecido com preços entre R$ 159.990 e R$ 189.990 - houve uma redução, já que o modelo anterior 2016 custava R$ 163.790 e R$ 192.090. O SW4, por sua vez, é modelo 2016 e seus valores varia entre R$ 213.450 e R$ 234.150. Vale lembrar que ambos estão disponíveis com opções de motorização a diesel e a gasolina, sendo o Chevrolet apenas para sete passageiros e o Toyota com versões de cinco ou sete lugares. Para este comparativo, vamos avaliar os dois modelos em suas configurações a diesel com sete lugares.
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Preços e equipamentos
Cobrando R$ 189.990, o Trailblazer LTZ, única versão de acabamento oferecida, traz de série direção elétrica, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, sensor de estacionamento dianteiro (além do traseiro), sistema de partida do motor por controle remoto, luzes diurnas (DRL), alerta de ponto cego, de saída involuntária de faixa, de colisão frontal e de movimentação traseira e central multimídia MyLink2 com tela sensível ao toque de oito polegadas com o serviço OnStar, Bluetooth, USB e espelhamento do conteúdo de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay - todos novidade na linha 2017.
Ele conta ainda com ar-condicionado digital, retrovisor interno eletrocrômico (antiofuscante), câmera de ré, lanternas e faróis de neblina, retrovisores com rebatimento elétrico, banco do motorista com ajustes elétricos, controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa e de descida (controla a velocidade em declives íngremes sem a necessidade de pisar no freio), airbags frontais, laterais e de cortina, sistema isofix para cadeiras infantis, rodas de liga leve aro 18", barras no teto e estribos laterais. Não há opcionais no Trailblazer.
Já o SW4 SRX, também única configuração de acabamento oferecida, sai por R$ 234.150 para sete pessoas. Ele vem equipado com ar-condicionado digital, direção hidráulica, acendimento automático dos faróis, luzes diurnas de LED, volante com regulagens de altura e profundidade, banco do motorista com ajustes elétricos, controlador de velocidade, barras no teto, estribos laterais, retrovisor interno eletrocrômico, partida por botão, porta-malas com abertura e fechamento elétricos, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), bancos revestidos de couro, rodas de liga leve aro 18", assistente de partida em rampa e de descida, controles de tração e de estabilidade, bloqueio do diferencial traseiro, retrovisores com rebatimento elétrico, sistema isofix para cadeiras infantis, porta-luvas refrigerado, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré e sistema de som com tela sensível ao toque de 7”, GPS, TV digital, DVD, USB, Bluetooth e comandos no volante.
Aqui, quem se destaca é o Chevrolet, que ganha pela direção elétrica, pelos diversos alertas incorporados na linha 2017 e pela central multimídia mais moderna. Ele perde, no entanto, na regulagem única em altura do volante, por não trazer airbag de joelho para o motorista nem luzes diurnas de LED. Contudo, não se esqueça que o SUV cobra R$ 44 mil a menos que seu rival.
Veja todas as versões e preços do SW4
Veja todas as versões e preços do Trailblazer
Motorização e desempenho
Em ambos os modelos, o motor é um 2.8 16V turbodiesel associado a um câmbio automático de seis marchas e à tração 4x4 com reduzida. No Chevrolet, rende 200 cv e 51 kgfm de torque, enquanto no Toyota são 177 cv e 45,9 kgfm - lembrando que a geração anterior do SW4 trazia um 3.0 com 6 cv a menos e transmissão de cinco velocidades. É uma evolução, com certeza!
Ainda assim, uma vez ao volante dos dois veículos, não há dúvidas que o Trailblazer anda mais. Vale destacar que isso não significa que o SW4 fique atrás do concorrente. Pelo contrário. Seus atributos são: ser 30 kg mais leve (são 2.130 kg contra 2.161 kg do Chevrolet), contar com borboletas atrás do volante para fazer as trocas manuais e possuir sistema com os modos de condução Eco e Power. Com o modo Power acionado, aliás, fazer uma ultrapassagem fica muito mais fácil e é nítida a diferença nas respostas do conjunto mecânico.
No consumo, o Trailblazer também bebeu mais, com média de 7,5 km/l na cidade frente aos 8,7 km/l do SW4, ambas as medições em congestionamentos. O Chevrolet, por outro lado, vence na dirigibilidade, já que a direção elétrica torna muito mais fácil manobrar um carro com quase cinco metros de comprimento e a suspensão tem um acerto mais confortável que no rival da Toyota. No SW4, a suspensão é mais mole e faz o veículo chacoalhar demais em terrenos irregulares, além de comprometer mais a estabilidade em curvas. A única ressalva é que a direção poderia ser um pouco mais rígida em velocidades entre 30 km/h e 50 km/h. O câmbio mostrou bom funcionamento nos dois SUVs, sem trancos em reduções ou indefinições ao escolher as marchas adequadas a cada situação.
Leia a opinião de donos de SW4
Leia a opinião de donos de Trailblazer
Acabamento e espaço interno
Por dentro, o acabamento do Trailblazer é mais sóbrio, abandonando os dois tons do modelo anterior, com novos botões e detalhes nas portas que criam até um ar de modernidade. Já o SW4 ganha toques de refinamento com a imitação de madeira e o couro marrom no console central. Aliás, toque que parece não combinar com o trilho da alavanca de câmbio e o relógio digital entre as saídas de ar. Destaque também para as costuras aparentes no Toyota.
Os dois oferecem saídas de ar para os bancos traseiros e encostos reclináveis na segunda fileira de assentos. Entretanto, o Chevrolet com seus 2,84 m de entre-eixos garante mais espaço tanto na segunda como na terceira fila, que tem até apoio de braço e porta-copo. E mesmo o rebatimento dos bancos é melhor no Trailblazer, deixando o assoalho plano. No SW4, são 2,74 m de entre-eixos, diferença que fica mais clara para os ocupantes dos dois últimos bancos. E se você levar apenas cinco ocupantes e quiser rebatê-los, bom, na verdade ele ficam pendurados por alças ao teto do veículo, sistema mais complicado e que ocupa espaço considerável das malas.
Para as bagagens, o Chevrolet oferece 205 litros com sete ocupantes ou 554 litros com a terceira fileira rebatida. Com as duas filas rebatidas a capacidade aumenta para 1.043 litros. E há ainda um pequeno compartimento para acomodar a tampa quando esta não estiver em uso. Já a Toyota não informa o volume do bagageiro em nenhuma configuração, impossibilitando uma comparação precisa. À primeira vista, com os sete passageiros, ele parece ligeiramente maior em função do compartimento do Trailblazer, que reduz um pouco o espaço das malas.
Escolha de Anamaria Rinaldi - Mesmo mudando de geração, o Toyota SW4 ainda perde esse comparativo para o Chevrolet Trailblazer reestilizado, que tem motor mais potente, melhor custo/benefício, melhor sistema de rebatimento dos bancos e dirigibilidade mais acertada. Não que o SW4 não valha o que cobra, mas a Toyota precisa atualizar mais o modelo para que ele possa fazer frente às novas tecnologias presentes no rival.
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