Toyota Yaris: é ok ser apenas ok | Teste

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Toyota Yaris XL Plus CVT custa R$ 69.590

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Modelo hatch tem uma aparência mais acertada que o sedã

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Como pode ser visto pela vista de perfil

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Acabamento é de plástico, mas não parece

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Quando a Toyota lançou o Yaris, tanto hatch quando sedã, sabia de uma coisa: apostaria suas fichas na versão XL Plus, com alguns equipamentos a mais que a básica, mas um preço ainda competitivo. E foi exatamente essa configuração com carroceria hatch, que custa R$ 69.590, que o iCarros testou para ver como andam as armas da Toyota contra VW Polo, Fiat Argo, Honda Fit e companhia.

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Mais equipamentos, como assim?

Todos os Yaris hatch saem de fábrica com itens importantes, tais quais direção elétrica, ar-condicionado, Isofix, aerofólio, vidros elétricos, alarme, controle de velocidade de cruzeiro (apenas CVT), controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, computador de bordo, espelhos retrovisores elétricos, rodas de liga leve de 15 polegadas com pneus 185/60 e comandos de som no volante.

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Assim, mesmo o básico XL manual já conta com itens importantes de diferenciação, principalmente o assistente de partida em rampa e o controle de estabilidade. Só que a XL Plus CVT vai um passo adiante, com chave presencial e partida por botão, central multimídia com tela de toque, ar-condicionado digital e apoio de braço para o banco traseiro.

Estes últimos itens não são facilmente encontrados em carros da mesma categoria e pelo mesmo preço. Existem, mas não são todos. E é por isso que a Toyota aposta no sucesso de tal versão.

Sob o capô, o básico, mas eficiente

O coração que bate sob o capô do Yaris hatch é o mesmo 1.3 do Etios. Os números dizem que o propulsor, flex, entrega 101 cv de potência e 12,9 kgfm de toque com etanol. Com gasolina, os números são 94 cv e 12,5 kgfm.

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Se de motor o Yaris puxou o Etios, de câmbio está mais para o Corolla. Ele usa uma transmissão CVT, de relações continuamente variáveis. Só ficaram faltando à versão XL Plus Tech as borboletas ou qualquer tipo de simulação de trocas de marcha em modo manual. Essa possibilidade aparece a partir da versão 1.5 XS CVT, uma acima.

Nas medidas, o hatch tem O Toyota Yaris hatch tem 4,14 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,49 m de altura e 2,55 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda até 310 litros de bagagens.

É ok e tudo bem!

Andar de Yaris hatch é um exercício de equilíbrio de expectativas. Por exemplo: o Toyota não tem um comportamento mais esportivo, como o VW Polo. Mas ele não tenta te vender essa ideia. O que ele faz tão bem e por vezes melhor que seus principais rivais é conforto. O Yaris é um carro para girar a chave, perdão, apertar o botão de partida, colocar o câmbio em D e sair rodando.

Não há uma curva de aprendizado que você precisa percorrer, tentando descobrir em que faixas o motor responde melhor ou como suavizar as passagens de uma marcha para a outra. Entre, ande e relaxe.

E andando ele não vai chamar muita atenção por nada. A direção, por exemplo, é leve, mas exige várias voltas para manobrar de um lado para outro, mas você acaba com um volante que não exige cuidado ao se fazer correções. Ele nunca vai te assustar também.

O motor, se fosse uma roupa, seria um pretinho básico, porque é difícil acreditar como ele vai bem com qualquer coisa. Eu pessoalmente tive que checar algumas vezes no documento do carro e número do motor para acreditar que era mesmo o 1.3. Se me falassem que era 1.5 teria acreditado. O limite de rotações é baixo, menos de 6.000 rpm, mas o que ele faz entre marcha lenta e o limitador é absolutamente o que se espera e extremamente linear. Nada de tentar manter o propulsor dentro de uma faixa ideal, ele simplesmente se vira com qualquer coisa.

Boa parte desse comportamento pode ser creditado à caixa de transmissão. Não sei quem é o responsável, ou responsáveis, pelo acerto de câmbios na Toyota, mas eles merecem reconhecimento. Tanto nos Yaris, quanto no Corolla, o CVT não tem aquele comportamento que eleva as rotações do motor ao menor sinal de pressão no acelerador. Ele deixa o giro e a velocidade crescerem de maneira mais natural. Poxa, até mesmo o Etios com câmbio automático convencional de apenas quatro marchas ficou bem acertado. Resultado disso tudo: com etanol, fez 7,8 km/l em ciclo urbano durante os testes.

O acabamento interno, à primeira vista, parece bonito e com boas escolhas de materiais. Mas o fato é que ele utiliza dos mesmos plásticos rígidos que já aparecem em carros na mesma faixa de preço. O segredo do Toyota é que, só olhando, não parece plástico.

Outro item um pouco abaixo do esperado é a central multimídia. Já está bem melhor que a usada no Corolla ou na Hilux, mas a questão é que ela está pronta para ter conectividade via Android Auto e Apple Car Play. O que não ficou pronto foi a conversa entre os aplicativos e a central. A Toyota promete atualizar a central gratuitamente quanto tais funcionalidades estiverem disponíveis, mas poderia já ter sido lançado com elas.

Mas a que conclusão podemos chegar, que o Yaris é apenas ok? Sim, precisamente ok e somente ok. Só que ele é ok em tudo o que faz, sem tentar ser ou parecer algo que ele não é. Além disso, sua mecânica é bem mais simples do que de outros rivais que possuem tecnologias mais avançadas de injeção direta ou sobrealimentação, o que pode render frutos no futuro, com uma manutenção mais em conta.

O Toyota Yaris hatch entrega uma mecânica simples e eficiente, muito conforto e uma lista de equipamentos farta. Com tudo isso, está se encaminhando para ser mais Toyota que ficará conhecido no futuro por confiabilidade e durabilidade. Pode não impressionar, mas qual é a sua prioridade?