26/10/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Os modelos flex voltaram ao catálogo da família SW4 e Hilux no final do ano passado, já na nova geração com visual atualizado. Não houve alterações para a linha 2018, lançada há poucas semanas no país. Por isso, colocamos à prova no dia a dia a versão SR 4x2 flex automática do utilitário esportivo SW4, que cobra agora R$ 165.640 na opção de cinco lugares (avaliada) e R$ 171.140 com sete lugares.
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Desempenho: motor e consumo
Pesando 1.845 kg, o SW4 é mesmo um peso pesado, mas o motor 2.7 16V flex parece dar conta do recado. Rendendo 163 cv de potência com etanol e 159 cv com gasolina, o torque máximo é de 25 kgfm a partir de 4.000 rpm. A saída da imobilidade é lenta, claro. É um carro pesado. Mas não se espera um desempenho de esportivo mesmo, certo?
Segundo a Toyota, o motor flex recebeu melhorias, com comando de válvulas variável na admissão e no escape (antes era só na admissão), além de eliminar o tanquinho auxiliar de partida a frio. A fabricante defende que ele agora está 7% mais eficiente e mais econômico que seu antecessor.
A sensação é de que o motor faz um bom trabalho, assim como o câmbio automático de seis marchas - antes eram apenas quatro, ou seja, a evolução nesse aspecto é evidente. Não há trancos nem em reduções e o nível de ruído na cabine diminuiu bastante, especialmente em uso rodoviário. No dia a dia, as trocas são feitas em torno de 1.500 rpm a 2.000 rpm. E se você pisar fundo no pedal do acelerador, terá a resposta brusca que deseja. Não há trocas de marcha manuais por borboletas, mas é possível fazer isso pela alavanca de câmbio movendo-a para a esquerda.
E se o desempenho parece condizente com o porte, o consumo também. Segundo dados do Inmetro, o modelo faz 4,9 km/l na cidade e 5,9 km/l na cidade com etanol ou 7,1 km/l e 8,5 km/l, respectivamente, com gasolina. Durante nossa avaliação ao longo de uma semana, conseguimos a média de 5,6 km/l na cidade (rodando a maior parte do tempo com trânsito) e 10,2 km/l na estrada com gasolina no tanque.
Isso rodando com o modo Eco ativado. Ele ajuda a reduzir o consumo, mas se você ao contrário quiser um pouco mais de força, pode optar ainda pelo modo Power. Ambos são acionados por um botão no console central. Vale lembrar que essa versão possui tração 4x2 (4x4 só nas configurações a diesel).
A direção é hidráulica ainda, o que faz o SW4 perder alguns pontos, já que os modelos mais modernos já adotam direção elétrica. Isso significa que ela é mais dura ao fazer manobras do que em alguns rivais, além de oferecer menor precisão aos comandos. A suspensão é o ponto alto, sendo macia o suficiente para filtrar o piso, mas não em excesso a ponto de jogar os ocupantes dentro do carro ao passar por uma ondução mais pronunciada no asfalto. Claro que o carro mais alto exige cautela ao contornar curvas em velocidades maiores.
Acabamento e espaço interno
O SW4 tenta ser mais refinado do que realmente aparenta. Há couro no painel e tecido nas portas, o que é muito bom, mas falta um toque de modernidade à cabine. Entre os detalhes posso destacar a costura aparente na alavanca do freio de estacionamento e o detalhe no topo do volante, que é de plástico, mas imita madeira.
Elogiado por alguns e criticado por outros, o relógio digital com iluminação azul segue no painel. Particularmente, eu prefiro o relógio incorporado à tela no quadro de instrumentos. O quadro, aliás, merecia também uma repaginada. E os mais antigos vão se lembrar o câmbio com os trilhos.
Um ponto positivo é que há muitos porta-objetos: temos um grande porta-objeto no console central abaixo do apoio de braço, o porta-luvas e mais um compartimento fechado logo acima deste, além de dois porta-copos com tampa no console central e mais um porta-copo retrátil à esquerda do volante.
Merece destaque o revestimento dos bancos, que exibe desenhos, mas por R$ 160 mil muitos clientes podem exigir já os bancos revestidos de couro. A posição de dirigir é bem confortável e há ajustes no volante e no cinto de segurança. A câmera de ré oferece boa resolução e a central multimídia tem funcionamento bastante intuitivo, embora ainda traga leitor de CD e DVD, item cada vez menos presente nos carros modernos.
Atrás, o espaço é bastante generoso, com o assoalho quase plano. São 4,79 m de comprimento e 2,74 m de entre-eixos. E para compensar a altura elevada há estribos. Vale a pena citar ainda a regulagem de inclinação dos encostos traseiros. Se você olhou as fotos e pensou que o SW4 não tinha saída de ar traseiras, repare no teto. Elas existem, mas ficam no teto e não no túnel central. Há também ganchos retráteis para os passageiros atrás.
O porta-malas parece bastante amplo, certo? Mas não é possível saber seu volume. A Toyota não divulga sua capacidade em litros, somente a capacidade de carga em quilos, que no caso é de 655 kg. No mínimo, raro. Mas há tomada 12V no bagageiros.
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Equipamentos de série
O SW SR vem equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, acendimento automático dos faróis, volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade, chave tipo canivete, computador de bordo, controlador de velocidade, compartimento refrigerado no console, estribos laterais, rack de teto, trio elétrico, rodas de liga leve de 17", faróis de neblina, airbags frontais e de joelho para motorista, assistente de reboque, assistente de partida em rampa, controle de tração e de estabilidade, sensor de estacionamento traseiro, isofix e central multmídia com tela de 7" sensível ao toque, GPS, TV Digital, DVD, câmera de ré, Bluetooth e conexões USB e AUX.
Pós-venda
A Toyota oferece três anos de garantia, com revisões programadas a cada 10.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. A primeira revisão sai por R$ 342,94, a segunda por R$ 729 e a terceira por R$ 625. Até os 60 mil km a soma será de quase R$ 5.000.
Conclusão
O SW4 é gastão no dia a dia, mas cumpre muito bem o papel de carro familiar. Ele é espaçoso, confortável e oferece bom desempenho. Além disso, a versão avaliada cobra menos do que os R$ 173.990 iniciais do principal rival, o Chevrolet Trailblazer. Falta apenas ao SUV se modernizar um pouco, tanto no desenho da cabine quanto nos equipamentos. Não há, por exemplo, conexão de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay, item cada vez mais comum mesmo em carros de categorias inferiores.
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