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Toyota Prius tem mais valor que o Corolla?

Apesar de o sedã médio da Toyota ser o carro chefe da marca e o mais em conta, híbrido também tem suas vantagens

05/03/2018 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

R$ 126.600. Este não é um valor considerado barato para nenhum efeito. E preço sempre foi um dos entraves ao sucesso do Toyota Prius no Brasil. Mesmo após o lançamento da atual geração, em 2016, era difícil bancar o híbrido por aqui. Só que a fila andou e um Corolla Altis hoje já custa R$ 117.900, o que reacende a discussão: será que chegou a vez de ter um híbrido?

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O que ele traz?

Como é vendido em versão única de acabamento, a lista de equipamentos de série do Prius é bem completa. Vem de fábrica com direção elétrica progressiva, sete airbags, controle de estabilidade e tração, ar-condicionado automático de duas zonas, rodas de 15 polegadas, piloto automático, chave presencial, aquecimento dos bancos dianteiros, tela multimídia de 7 polegadas com conectividade via Bluetooth e USB, navegação por GPS, ajustes de altura para o banco do motorista (porém, são todos manuais), assim como a regulagem de altura e profundidade do volante. O acionamento de vidros, travas e espelhos é feito eletricamente.

O Prius ainda guarda algumas surpresas meio futuristas, como carregador sem fio para smartphones (mas você precisa de um aparelho compatível com tal tecnologia) e o head-up display, que projeta informações do painel no para-brisa e não é algo exatamente novo, mas difícil de ser encontrado nessa faixa de preço. As lâmpadas das luzes diurnas são de LED e a alavanca de câmbio tem formato de joystick.

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Ficha técnica

A quarta geração do Toyota Prius tem 4,48 m de comprimento, 1,74 m de largura, 1,51 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Com a alocação das baterias sob o banco de trás, há mais espaço no bagageiro e agora o Prius pode levar até 445 litros no porta-malas. O modelo pesa 1.415 kg.

O motor 1.8 a combustão roda apenas com gasolina e gera 98 cv de potência e 14,2 kgfm de torque. O motor elétrico sozinho tem 72 cv e 16 kgfm. Apesar de funcionarem de maneira paralela, a potência dos propulsores não é simplesmente somada. Assim, a potência total do conjunto é de 123 cv. A única opção de câmbio é um automático de relações continuamente variáveis (CVT), assim como já ocorria na geração anterior do carro.

Veja a ficha técnica completa do Toyota Prius

Quanto custa para manter?

De acordo com a Toyota, o consumo declarado em uso urbano é de 18,9 km/l e de 17 km/l no rodoviário. A proporção é invertida em relação a um carro convencional, pois, em uso urbano, o motor elétrico atua mais e é mais eficiente, enquanto na estrada o motor a combustão do Prius é mais exigido.

O que os donos de Toyota Prius têm a dizer?

Quanto ao custo de revisões, considerando as seis primeiras, anuais ou a cada 10.000 km, o que ocorrer primeiro, quem comprar um Prius gastará no fim do período R$ 3.918,49, de acordo com o site da Toyota. Para um Corolla Altis, a soma desses custos chega a R$ 3.259,04. Veja quando custa cada revisão para ambos:

Revisão: valor para o Prius / valor para o Corolla

Um ano ou 10.000 km: R$ 239,49 / R$ 272,04
Dois anos ou 20.000 km: R$ 625 / R$ 625
Três anos ou 30.000 km: R$ 439 / R$ 439
Quatro anos ou 40.000 km: R$ 990 / R$ 899
Cinco anos ou 50.000 km: R$ 567 / R$ 425
Seis anos ou 60.000 km: R$ 1.058 / R$ 599

Como anda?

O Toyota Prius parece um carro vindo de outro tempo, ou até mesmo de outro planeta. Ele é diferente dos demais e não faz nenhuma questão de esconder isso. Isso é resultado de seu design que parece inspirado pelos origamis japoneses e, por mais que não seja unanimidade, seu visual chama a atenção por onde passa.

Por dentro, o tema continua, começando pela “alavanca” de câmbio, que está mais para um joystick de videogame. Tem todas as posições de um câmbio automático convencional, mas com acionamento diferente. Difícil é entender como um carro com tanta tecnologia ainda apela para o freio de estacionamento acionado pelo pé esquerdo, como em caminhões e picapes antigas. O painel digital é central. Tanto se fala sobre a mesma solução no Etios, mas aqui está ela, em um dos carros mais avançados da Toyota.

Andando, o Prius não tenta priorizar um ou outro motor, fazendo uma espécie de “média ponderada” entre ambos. Há um modo ECO, que ameniza as respostas do acelerador, e o PWR, que dá foco ao desempenho. Mas o normal é o melhor de todos. Pode-se usá-lo como 100% elétrico, mas isso depende da carga da bateria (que acaba rápido se usar apenas o motor elétrico) e de quanto acelerador o motorista usa. Mesmo nesse “EV mode”, o Prius não vira um elétrico completo de uma hora para outra.

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Uma dúvida frequente que escutei durante a semana de avaliação com o Prius foi a respeito de como se carregam as baterias do motor elétrico. Não é por meio de tomada. Acontece que o motor elétrico faz as vezes de motor de arranque e de gerador para as baterias. Ao se tirar o pé do acelerador, inverte-se a polaridade do motor, que passa a carregá-las. Os freios também possuem recuperação de energia cinética, o que complementa a carga das baterias.

Dirigindo, a impressão que tive do Prius era de estar dirigindo um carro de porte médio como qualquer outro. Apenas durante acelerações mais fortes escuta-se mais o motor a gasolina funcionando, mas, na cidade, o elétrico domina e o silêncio é quase que absoluto. Na estrada, mesmo em velocidades de rodovia, ouve-se pouco vento, fruto do bom coeficiente aerodinâmico de 0,24 da carroceria.

Apesar das baterias e do peso extra adicionado pelo conjunto elétrico, o Prius não pareceu pesado dirigindo e é bem agradável de conduzir, sereno quase. Ele faz o trabalho de te levar do ponto A ao ponto B de uma maneira tão imperceptível que deixa o motorista relaxado, mesmo no tráfego pesado. Os passageiros também elogiaram bastante o silêncio, o conforto e o espaço interno do carro.

O que não é tão confortável assim é o acerto da suspensão, um tanto rígida para nosso asfalto. É mais culpa de nossas ruas que do Prius, claro. Outro ponto que poderia melhorar é a central multimídia, que parece moderna, mas é lenta nas respostas e não possui espelhamento de smartphones via Android Auto ou Apple CarPlay, algo que um Fiat Argo de cerca de R$ 50 mil já pode ter. O acabamento dá sensações mistas: macio ao toque no painel, mas de plástico rígido nas portas. Na traseira, o vidro é separado por uma espécie de aerofólio que acaba deixando a visibilidade um tanto prejudicada.

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Conclusão

Colocando na ponta do lápis que o Prius paga menos IPVA (dependendo do Estado), não é sujeito ao rodízio veicular (se houver) e é muito econômico (comigo, marcou 17,5 km/l em uso urbano e 21,7 km/l em uso rodoviário), seu preço superior ao do Corolla mais completo se justifica mais do que nunca e não há muito prejuízo em termos de equipamentos ou desempenho. Os usuários do iCarros também conferiram ao híbrido uma das maiores notas de opinião do dono: 9,8.
 

 

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