03/06/2015 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
A notoriedade da Subaru no fora de estrada é grande, basta ver os títulos da marca no Campeonato Mundial de Rali com o sedã Impreza. Mas aí veio a onda dos aventureiros, como o Volkswagen Crossfox, que eram pouco mais que um hatch elevado com alguns enfeites de plástico, e a Subaru não ficou para trás. Antes uma versão do Impreza hatch, a configuração XV ganhou vida própria e a marca oferece o modelo por R$ 99.900.
Só que o XV não para apenas na moda. O modelo é um dos poucos hatches dotados de tração integral no mercado, tão logo sua aptidão não acaba onde o asfalto termina. Com 1,6 m de altura, o Subaru está quase do tamanho de um SUV, enquanto os 4,5 m de comprimento e o 1,8 m de largura complementam o porte de aventureiro “de verdade” do XV. Complementando as medidas, o carro tem 2,6 m de entre-eixos e pesa 1.415 kg.
O que o impulsiona é um motor 2.0 a gasolina capaz de entregar 155 cv de potência e 20 kgfm de torque. A transmissão é automática do tipo CVT e conta com borboletas atrás do volante para simular marchas em modo manual. Já sistema de tração integral funciona sob demanda: na maior parte do tempo, o XV tem tração dianteira, mas assim que o controle de tração detecta que o eixo anterior perdeu aderência, pode liberar até metade da força para o eixo traseiro também.
Além de rack de teto e molduras plásticas nos para-lamas – como manda o figurino aventureiro - o carro traz de série direção com assistência elétrica progressiva, ar-condicionado automático, acionamento elétrico de vidros, travas, portas e espelhos, bancos de couro, airbags frontais, laterais e de cortina e sistema multimídia com conectividade via USB e Bluetooth.
Altos e baixos do “altinho”
A primeira impressão ao se ver o XV é que se trata de um carro simples. Apesar do visual truncado e cheio de vincos, é moderno, mas não é um primor de elegância. O interior segue a mesma linha: bem montado e com plásticos de bom aspecto. Só que o visual parece datado, como num sedã de origem japonesa de uns oito anos atrás.
Porém seu principal atributo é a mecânica e como ela opera de maneira fluida. O câmbio CVT, que costuma deixar o desempenho de outros modelos mais comedido, trabalha de maneira imperceptível no Subaru e deixa o motor sempre disposto nas retomadas e acelerações. Não é nem necessário o modo manual, levando-se em conta que o XV não é nenhum peso-pena.
Apesar de apelar para o visual aventureiro, o hatch “altinho” se sente em casa mesmo é na cidade e nessa grande aventura chamada enfrentar a buraqueira do dia a dia. Com amortecedores de curso longo e maior distância em relação ao solo, o XV filtra as imperfeições do asfalto sem sustos e deixa claro o DNA de rali da marca. Até mesmo valetas e lombadas mais altas são vencidas sem esforço.
Claro que uma carroceria mais alta cobra seu preço na estabilidade, pois o hatch oscila de maneira bem perceptível nas mudanças de direção. Só que com a tração integral o carro consegue contornar as curvas rapidamente e sem desgarrar.
E o Subaru XV não é do tipo que permite apenas aventuras solo, pois dois adultos se acomodam bem no banco traseiro. Apenas um terceiro passageiro no meio sofre mais pela falta de espaço para os ombros e com o alto túnel de transmissão que encobre o sistema que leva a força para o eixo traseiro. Outro revés do sistema de tração integral se mostra no porta-malas, de apenas 310 litros. Pouco para um hatch de porte médio.
Esperto na cidade e sem medo de ser feliz na buraqueira, o Subaru XV vai agradar o comprador que quer mais que apenas um aventureiro de visual. Só é preciso vencer a barreira psicológica do preço de quase R$ 100 mil, cerca de R$ 35 mil a mais que a versão mais cara do VW CrossFox.
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