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Renault Duster automático CVT entrega o que promete

Testamos o SUV com a nova transmissão automática em sua versão mais cara, a Dynamique, de R$ 81.490

23/03/2018 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

No meio do ano passado a Renault anunciou a chegada do tão aguardado câmbio CVT para o SUV Duster. Ele é oferecido apenas com o motor 1.6 - já que o 2.0 tem um automático convencional - nas versões Expression (R$ 75.490) e Dynamique (R$ 81.490). É a mesma transmissão presente no Captur e no primo Nissan Kicks. Mas será que ela caiu bem ao Duster. O iCarros testou a versão mais cara com esse câmbio. 

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Equipamentos de série

A começar pelo que o Duster Dynamique traz, a lista inclui faróis de neblina, barras de teto longitudinais, luzes diurnas halógenas, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, alarme, computador de bordo, ar-condicionado, regulador e limitador de velocidade, volante e banco do motorista com regulagem de altura, sensor e câmera de ré, direção eletro-hidráulica, trio elétrico, rodas de liga leve de 16" e multimídia com tela sensível ao toque de 7", GPS, comandos na coluna de direção e conexão USB.

Aqui, uma direção elétrica já é bem-vinda ao modelo quando sofrer uma nova atualização. Isso sem falar em espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay, que já vêm em modelos bem mais em conta hoje em dia. O único opcional são os bancos revestidos parcialmente de couro, que cobram R$ 1.700 extras. 

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Desempenho e consumo

O motor 1.6 SCe 16V flex estreou há algum tempo no SUV. Ele rende 120 cv com etanol e 118 cv com gasolina, com torque máximo de 16,2 kgfm com ambos os combustíveis. Eu já tinha andado no Duster manual com esse motor e ele se mostrou bom o suficiente. Agora com o CVT, o resultado agradou tanto quanto o manual. 

O câmbio trabalha muito bem, como esperado de um CVT, com funcionamento suave e progressivo. Não há trancos, mas também não espere arrancadas bruscas. É bom na medida certa na cidade ou na estrada. Mas é preciso considerar que o Duster é, pelo menos, 104 kg mais pesado que o Nissan Kicks. Por isso, se você já guiou o Kicks CVT, é bom saber que o Duster demorará um pouco mais para responder ao sair da imobilidade. Em uma ladeira então a diferença será enorme. 

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Nas retomadas, ele mostrou fôlego e respondeu sem demora à pressão no pedal do acelerador. É um carro bem gostoso para dirigir no dia a dia e não cansou mesmo após horas no trânsito de um dia chuvoso na cidade de São Paulo. E se preciso, é possível fazer as trocas de marcha manualmente na alavanca movendo-a para a esquerda - sim, ele simula marchas. 

O que não foi tão bem foi o consumo. Segundo os dados oficiais do Inmetro, ele consome mais que o Kicks, com médias na cidade de 7,1 km/l com etanol ou 10,3 km/l com gasolina. Na estrada, os números são respectivamente de 7,9 km/l e 10,8 km/l. Durante a avaliação, porém, com o trânsito de São Paulo, foi difícil superar os 5 km/l com etanol no tanque, mesmo com o modo Eco ligado. No fatídico dia chuvoso, o computador de bordo chegou a marcar 3,5 km/l. 

Dirigibilidade

O Duster também não se sei mal quando o assunto é a sua dirigibilidade. Ele oferece uma suspensão com acerto macio, privilegindo o conforto. Com isso, mesmo ruas com asfalto muito irregular não incomodam os passageiros. O "porém" disso é que ao contornar curvas mais fechadas é possível sentir a inclinação da carroceria. 

Compare o Duster com os concorrentes

A direção é eletro-hidráulica, o que é bem melhor do que uma hidráulica convencional, mas não supera um sistema elétrico mais moderno. Em baixas velocidades, o volante fica pesado demais para fazer manobras rápidas ao estacionar. Na estrada, a percepção já é bem melhor. Vale a pena citar também que, junto com o câmbio CVT, o Duster passou a trazer assistente de partida em rampa, um item bastante útil e antes indisponível no modelo.  

Acabamento e espaço interno

Esse quesito é, provavelmente, o maior ponto fraco do Duster. O acabamento é mediano, com muito plástico rígido e exibindo um desenho muito simples. O SUV merecia uma repaginação completa por dentro. Há um porta-objeto no topo do painel que não ajuda muito, deixando a tela da central multimídia baixa demais se você quiser acompanhar o mapa quando estiver usando a navegação do GPS. 

Veja um vídeo do Duster por todos os ângulos

Falando na tela, ela mostra também os dados de consumo e o já lendário gráfico de economia que faz você se sentir em um jogo de videogame querendo obter as cinco estrelas em todos os quesitos. Mas é bom para o bolso, então tudo bem. 

No volante, estão somente os botões para controlar o regulador e o limitador de velocidade, que você deve ligar usando um botão no console central. Ali também fica o botão para acionar o modo Eco. Como costume nos carros da Renault, os comandos de áudio ficam em uma alavanca atrás do volante, o que não é tão ruim e dá fácil acesso independente da posição do volante caso ele esteja virado. 

A boa notícia é que os botões dos retrovisores elétricos e dos vidros agora ficam na porta, bem mais práticos. Você se lembra de quando o comando dos retrovisores ficava embaixo da alavanca do freio de estacionamento? 

O espaço no banco traseiro é ótimo para as pernas e a cabeça dos ocupantes. O problema do Duster é o apoio de braço das portas, que é grande demais e acaba invadindo o espaço da cabine. Se você tentar colocar três pessoas atrás, quem ficar no canto pode ser acertado pelo apoio ao fechar a porta. 

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Conclusão

O Duster já era um bom SUV e o câmbio CVT chega como uma ótima opção. Ele é mais barato que muitos rivais automáticos e oferece um bom conjunto para o modelo. Na verdade, com a versão Expression, o Duster CVT aparece entre os SUVs automáticos mais baratos do Brasil, perdendo apenas para o JAC T5 CVT (R$ 72.990) e o Hyundai Tucson antigo (R$ 74.990).

Ou seja, ele anda bem e tem bom custo/benefício. O Duster fica devendo em alguns aspectos, mas vale lembrar que o modelo já ganhou nova geração lá fora, que os brasileiros aguardam ansiosamente. 


 

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