Peugeot 3008: renovação francesa

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Peugeot 3008 Griffe custa R$ 139.990

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SUV compartilha plataforma com o Citroën C4 Picasso

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Modelo pesa mais de 1.500 kg

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Lista de itens de série é recheada

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Teto solar panorâmico vem de série

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Espaço no banco traseiro do 3008

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Painel do 3008

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Jeito francês de pensar a alavanca de câmbio

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Encontre algo convencional nesse painel

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Central multimídia já espelha semartphones

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Motor THP roda apenas com gasolina e gera 165 cv

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Desde o lançamento no Brasil, em junho, a segunda geração do Peugeot 3008 tem arrancado suspiros por onde passa por conta das linhas de sua carroceria, mais parecidas com as de um SUV que o antecessor. Claro que os R$ 139.990 cobrados pela versão Griffe do modelo nunca vão ser um valor baixo, mas é o suficiente para destacá-lo entre rivais de peso. Uma cara bonita e um preço competitivo: dois elementos que nem começam a descrever o que o Peugeot 3008 tem a oferecer.

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Motorização e ficha técnica

Nessa segunda geração, o 3008 ainda é oferecido com o mesmo 1.6 THP turbo a gasolina de modelos como Citroën C4 Picasso, com a qual também compartilha a plataforma EMP2. O propulsor é capaz de gerar 165 cv de potência e 24,5 kgfm de torque. A tração é sempre dianteira e a única opção de câmbio é automático de seis marchas com opção de trocas manuais por meio de borboletas atrás do volante.

Ficha técnica completa do Peugeot 3008

Pesando agora 1.567 kg, 100 kg a menos que o antecessor, o novo 3008 tem consumo declarado pelo Inmetro de 9,4 km/l na cidade e de 9,6 km/l na estrada, melhores que os 8,3 km/l (cidade) e 11,1 km/l (estrada) da geração anterior. As medidas são 4,44 m de comprimento, 1,90 m de largura, 1,62 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda até 520 litros de bagagens.

Equipamentos

Prepare o fôlego porque a lista é grande. O Peugeot 3008 Griffe traz de série ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura e saída para o banco traseiro, direção elétrica progressiva, rodas de liga leve de 19 polegadas, compartimento refrigerado no console central, trio elétrico, partida por botão, freio de estacionamento eletrônico, teto solar panorâmico, volante e bancos revestidos de couro, bancos dianteiros com ajustes elétricos, massagem e aquecimento (e memória para o motorista), quadro de instrumentos digital e volante com regulagem de altura e profundidade.

A central multimídia é nova e possui tela de 8" sensível ao toque com espelhamento via Mirror Link, Android Auto e Apple CarPlay, comandos no volante, Bluetooth, streaming de áudio e entrada USB. No entanto, não há navegação por GPS nativo ao sistema. Há a possibilidade de usar o carregamento de smartphones via indução, mas você precisa de um aparelho compatível com essa tecnologia.

Todas as versões e preços do Peugeot 3008

Entre os itens de segurança, há seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controle de estabilidade, Isofix, assistente de partida em rampa, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, piloto automático, faróis com lâmpadas de LED, luzes diurnas de LED, faróis de neblina de LED com função Cornering Light (ilumina curvas) e retrovisores com função Tilt Down e rebatimento automático.

Quase alemão

Há anos que eu trago os mais recentes lançamentos para casa, mas não são todos que conseguem chamar a atenção da família inteira como o 3008. Pai, mãe, tios e até a irmã que não liga tanto para carros pediram para ver o SUV da Peugeot mais de perto. O que ganhou todos foi o visual externo, com linhas fluídas. E na cor preta do carro avaliado, o contraste dos cromados saltou aos olhos.

Por dentro, até parece que alguém da Peugeot está com um olho no futuro. Pouco na cabine pode ser chamado de convencional, talvez os puxadores de porta. O painel de instrumentos totalmente digital não é exatamente novidade, mas em conjunto com a posição alta da peça e o volante pequeno, oferece uma experiência nova ao volante. Quem mandou a frase mais emblemática foi a minha esposa: “parece até alemão”, sobre a qualidade dos materiais e montagem da cabine.

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A régua de botões do console central também tem um design diferenciado e ergonomicamente correto. Mas também precisa, pois os botões são o jeito mais rápido de se navegar pelas diversas telas da central multimídia, que também controlam o ar-condicionado e até mesmo o tipo de massagem do banco.

Falando em banco com massagem, precisamos falar do conforto do 3008. Em um primeiro contato, o carro pode até parecer um pouco firme, principalmente em asfalto irregular. Mas basta uma via expressa, estrada ou qualquer velocidade maior com via mais bem cuidada para ver que o SUV vira um sofá para os ocupantes. Com a massagem para os bancos dianteiros, o baixo ruído interno e a suspensão que absorve as ondulações sem trancos, parece mesmo que estamos andando em uma sala de estar móvel.

Mas não confunda isso com um carro ruim de curva. A direção elétrica responde rápido aos comandos e, em conjunto com o volante de pequeno raio, parece mais comportamento de hatch do que de SUV. Há sim um rolamento perceptível na carroceria, mas nada que afete a percepção de segurança.

Compare o 3008 com seus rivais

O motor THP já tem bastante experiência em nosso mercado e continua entregando respostas prontamente com pouca hesitação, mesmo no 3008 e seus mais de 1.500 kg de peso. O câmbio automático pode ter “apenas” seis marchas, mas consegue manter 120 km/h a cerca de 2.000 rpm e não transparecer as mudanças de marcha. O resultado foi economia. Mesmo em uso urbano, o computador de bordo mostrou 9,5 km/l de consumo médio.

Tem onde melhorar? Sim. O sistema Start/Stop já é quase equipamento obrigatório nessa faixa de preço. O câmbio opera muito bem, mas já estamos em um momento em que a caixa de seis marchas é algo esperado, não extraordinário. Por último, senti falta da opção de abertura e fechamento elétrico do porta-malas.

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Conclusão

“Inimigos” para o Peugeot 3008 não faltam. A trinca alemã formada por Audi Q3, BMW X1 e Mercedes GLA são os primeiros a aparecer na mente. Mas também podemos lembrar de modelos como o Hyundai New Tucson, que tem uma faixa de preços similar. Para mim, nunca vi um francês de qualidades tão “alemãs” na construção e rodagem e mantendo raiz tão forte no pé da Torre Eiffel em seu estilo e soluções diferentes para a cabine. Ffaltou só uma baguete mesmo. Com um preço bem agressivo, vale pelo menos ver o carro mais de perto na loja antes de tomar uma decisão por qualquer um dos SUVs citados.
 

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