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Os novos SUVs: Creta x Tracker x Captur

Os inéditos Hyundai Creta e Renault Captur enfrentam o veterano - mas renovado - Chevrolet Tracker

20/02/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno e Anamaria / Fonte: iCarros

Com a chegada do Hyundai Creta em janeiro e do Renault Captur neste mês, veteranos como o Chevrolet Tracker ganharam novos rivais pelos ávidos clientes de SUVs compactos. Mas é bom lembrar que o modelo da Chevrolet também recebeu uma grande repaginação no final do ano passado, com visual, motor e equipamentos atualizados. E agora, quem fica com a medalha de ouro?

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O Tracker é vendido nas versões LT (R$ 79.990) e LTZ (R$ 89.990), sempre com o novo motor 1.4 turbo flex. Contudo, o modelo avaliado pelo iCarros estava equipado com o único pacote opcional oferecido, elevando seu preço para R$ 92.990.

Já o Creta tem cinco opções, com preços entre R$ 72.990 e R$ 99.490 e motorização 1.6 ou 2.0, ambas flex. O modelo testado é o topo de linha Prestige, que cobra R$ 99.490. Por fim, o Captur, por enquanto, está à venda em duas opções – também 1.6 e 2.0 flex - cobrando de R$ 78.900 a R$ 88.490. Avaliamos a versão mais cara Intense, de R$ 88.490.

No bolso, o Captur se deu melhor. Mas e nos demais quesitos?

Exterior e dimensões

Nenhum dos três SUVs é muito arrojado no desenho externo, como o Nissan Kicks, por exemplo. Ainda assim, estão longe de serem considerados feios ou monótonos. O Creta é elegante e lembra uma versão menor do ix35, enquanto o Tracker ficou bem mais moderno com a reestilização. 

Compare o Creta com outros concorrentes

Quanto ao Captur, é difícil encontrar alguém que não elogie o seu desenho externo. Beleza é uma característica subjetiva, mas acho que se pode dizer que todos acertaram nesse ponto. Contudo, se fosse obrigada a escolher apenas um, ficaria com a modernidade do Tracker.

Feito em Piracicaba (SP), o Hyundai adota a mesma plataforma do sedã Elantra, com 4,27 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,63 m de altura e 2,59 m de entre-eixos. O porta-malas leva 431 litros. 

No Tracker, que chega aqui importado do México, são 4,25 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,67 m de altura e 2,55 m de entre-eixos, com capacidade para 306 litros no porta-malas. 

Por fim, o Captur mede 4,39 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,61 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. O porta-malas leva 437 litros. Ele é produzido em São José dos Pinhais (PR). Ou seja, em tamanho não tem discussão, o Captur leva com folga.

Desempenho e motorização

O Hyundai Creta Prestige possui motor 2.0 16V flex com duplo comando de válvulas variável e sem o tanquinho auxiliar de partida a frio. Esse propulsor rende 166 cv com etanol e 156 cv com gasolina, com torque máximo de 20,5 kgfm e 19,1 kgfm, respectivamente, a 4.700 rpm. Em conjunto, atua um câmbio automático de seis marchas com trocas manuais apenas na alavanca. 

Veja todas as versões e preços de: CretaTracker e Captur

O Tracker, por sua vez, conta com o novo 1.4 turbo flex – mesmo motor de Cruze e Cruze Sport6 – que entrega 153 cv de potência e 24,5 kgfm de torque com etanol e 150 cv e 24 kgfm com gasolina – o torque máximo está disponível a 2.000 rpm. O câmbio segue automático de seis marchas, com trocas manuais apenas na alavanca por meio de um botão.

Já no Captur há um 2.0 16V flex de 148 cv e 20,9 kgfm com etanol e 143 cv e 20,2 kgfm com gasolina, com torque máximo disponível a 4.000 rpm. A única opção de câmbio é o automático de quatro velocidades. Sim, quatro.

Primeiro, é bom lembrar que todos os modelos citados têm tração dianteira e são focados no uso urbano. Dito isso, o motor maior do Creta faz diferença no desempenho, claro. Ele é ágil e o propulsor trabalha muito bem com a transmissão. Apesar de o torque máximo estar disponível só a 4.700 giros, ele “acorda” muito antes e em 2.000 rpm já entrega ótimas respostas em arrancadas.

Embora também seja 2.0, os números inferiores do Captur e o câmbio já ultrapassado de quatro marchas o colocam em último lugar quando o assunto é desempenho. E isso é ainda mais perceptível na estrada. O tempo de resposta entre pisar no acelerador e o carro ganhar velocidade é o maior no SUV da Renault dos três avaliados.

Aqui, o conjunto do Tracker se sai melhor. O turbo de dimensão menor permite que o “lag” (tempo para o turbo encher) seja quase imperceptível. Basta pisar fundo que o SUV dispara. Vale lembrar também que o torque, a força necessária para tirar o carro da imobilidade, é maior no modelo da Chevrolet quando abastecido com etanol: 24,5 kgfm contra os 20,5 kgfm do Creta.

Dirigibilidade

Com uma suspensão mais firme que garante mais estabilidade em curvas, sem prejudicar o conforto, o Chevrolet ganha quando se fala em dirigibilidade. O acerto filtra muito bem o piso. No Hyundai, a suspensão é mais macia. Não que isso comprometa o conforto, mas ao volante o Tracker é mais “na mão”. Falha grave, o SUV da Chevrolet não traz controle de tração e de estabilidade nem assistente de partida em rampa, itens presentes nos concorrentes.

De novo, o Captur ficou com uma avaliação inferior. A suspensão é a mais macia dos três, permitindo que a carroceria oscile mais se o motorista abusar um pouco mais nas curvas. Quanto à direção, o sistema eletro-hidráulico do Captur também o coloca um degrau abaixo da precisão da direção elétrica que equipa os concorrentes.

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É bom ressaltar que os três modelos têm freios a tambor atrás e utilizam suspensão traseira por eixo de torção, enquanto rivais como Honda HR-V e Jeep Renegade adotam soluções mais modernas, como freios a disco nas quatro rodas.

Consumo

Tanto o Creta quanto o Tracker tem sistema Start/Stop. O primeiro, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, roda 6,9 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada com etanol na versão 2.0 automática. Com gasolina, os números são 10 km/l e 11,4 km/l, respectivamente.

Já o Chevrolet tem consumo aferido em 7,3 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada com etanol ou 10,6 km/l e 11,7 km/l, respectivamente, com gasolina. Ou seja, ele leva uma pequena vantagem em relação ao rival.

Fechando, o Captur 2.0 faz, com etanol, 6,2 km/l (cidade) e 7,3 km/l (estrada) e, com gasolina, são 8,8 km/l (cidade) e 10,8 km/l (estrada). É o pior consumo entre os três SUVs testados neste comparativo.

Acabamento e espaço interno

O acabamento em dois tons do Creta dá um toque de elegância a mais, mas não há variação de materiais. O modelo abusa de plásticos, com destaque para a textura no painel e nos puxadores das portas. No Tracker, ele é mais sóbrio, mas conta com couro no painel. Nenhum exibia falhas ou rebarbas aparentes na cabine.

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O pior é o acabamento do Captur, mais simples, embora com dois tons na unidade testada, o que deu ares mais agradáveis à cabine. O destaque fica pelos detalhes em preto brilhante ao redor da tela de entretenimento e da alavanca de câmbio. A construção também parece a mais simples dos três SUVs.

No banco traseiro, aí o Captur leva com folga de novo. Espaço interno é o forte do modelo da Renault graças aos seus 2,67 m de entre-eixos, o maior dos três. No porta-malas ele também se destaca com 131 litros a mais que o Tracker, o menor aqui testado. E olha que o Creta também oferece 125 litros a mais em relação ao Chevrolet.

Mas o Creta tem outra carta na manga: o conforto recebe um ponto extra por trazer de série ventilação para o banco do motorista. O Captur tem a posição de dirigir mais elevada, o que pode não agradar a todos, além de alguns comandos estarem mal posicionados.

Equipamentos de série

Todos vêm equipados com direção assistida (elétrica no Creta e no Tracker e eletro-hidráulica no Captur), ar-condicionado (digital no Creta), computador de bordo, alarme, trio elétrico, sistema isofix para cadeiras infantis, faróis de neblina, controlador de velocidade, rodas de liga leve (aro 17” no Creta e no Captur e 18” no Tracker), câmera de ré, partida por botão, luz diurna, sensor de estacionamento traseiro e central multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque. 

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Creta e Tracker têm ainda volante multifuncional com regulagem de profundidade, Start/Stop, rack de teto, bancos revestidos de couro e espelhamento de smartphones via Android Auto e Apple CarPlay.

O Tracker acrescenta a essa lista – e só ele tem - teto solar elétrico, banco do motorista com ajuste lombar, alerta de ponto cego, sistema OnStar e retrovisores externos com aquecimento.

Já o Creta Prestige justifica os R$ 6.500 que cobra a mais sobre o Tracker por trazer ainda banco do motorista com ventilação, monitoramento de pressão dos pneus, GPS, rebatimento elétrico dos retrovisores, controles de estabilidade e tração, volante revestido de couro, assistente de partida em rampa, faróis com função Cornering Light (ilumina curvas), airbags laterais e de cortina (opcional no Tracker LTZ) e acendimento automático dos faróis.

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O Captur, embora seja o mais barato dos três, inclui também itens presentes no Creta como airbags laterais, controle de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampa, farol de neblina com função Cornering Light (ilumina curvas), acendimento automático dos faróis e GPS. O que só ele oferece é retrovisores rebatíveis eletricamente e sensor de chuva.

Manutenção

As revisões programadas do Creta 2.0 cobram R$ 3.114 até os 60 mil quilômetros, sendo que as três primeiras custam respectivamente R$ 243, R$ 511,5 e R$ 594. A mais cara é a dos 60 mil km, que sai por R$ 735. Todos os valores já incluem mão de obra. Lembrando ainda que o SUV oferece cinco anos de garantia. 

No Tracker, são R$ 3.300 até os 60 mil km, sendo que as três primeiras revisões periódicas custam, respectivamente, R$ 256, R$ 596 e R$ 388. A mais cara também é a de 60 mil km, de R$ 1.036. Está inclusa a mão de obra nesses valores. A garantia da Chevrolet é de três anos. Por fim, no Captur, a garantia é de três anos, mas ainda não foram divulgados os custos das reviões programadas. 

Escolha de Anamaria Rinaldi – A briga é dura e os SUVs parecem disputar ponto a ponto. O Captur é a escolha para quem privilegia o espaço interno, o Tracker para quem quer um carro mais equilibrado e com boa dirigibilidade, enquanto o Creta é a melhor opção para quem pode pagar um pouco mais e levar em contrapartida um carro mais equipado. Pelas minhas necessidades e meu gosto, eu ficaria com o Chevrolet. 

 

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