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O novato Honda WR-V vale o que cobra?

Classificado como SUV compacto pelas suas medidas, o novato emplacou mais que Captur e Tracker em uma semana de vendas

13/04/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Acaba de completar um mês do lançamento do Honda WR-V no Brasil e, sempre que o modelo aparece em uma conversa, logo vem a piada: "aquele Fit bombado"? É verdade que ele tem bastante do hatch, tanto no visual quanto na mecânica. Mas basta guiá-lo por alguns quilômetros para notar que nem tudo é igual ao Fit e que o WR-V quer ser muito mais do que a sombra do hatch veterano. 

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Feito em Sumaré (SP), o WR-V possui duas versões: EX (R$ 79.400) e EXL (R$ 83.400), esta última avaliada pelo iCarros. Em praticamente uma semana de vendas nas concessionárias, o modelo emplacou 692 unidades de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), mais do que o também novato Renault Captur (686 unidades) e o Chevrolet Tracker (470 unidades). 

A Honda acredita que esse sucesso se explica pelo "buraco" que existia. Não em opções no catálogo da marca, mas porque 88% das vendas do Fit está concentrada nas versões EX para baixo, com preços até R$ 73.800. A mais cara EXL de R$ 78.900 fica com a menor porcentagem. Já no HR-V, 90% das vendas é das configurações EX e EXL, que cobram acima de R$ 93.000. Segundo a fabricante japonesa, então, o WR-V ocupa essa parcela na faixa de preço dos R$ 80 mil. 

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Mas é mesmo um SUV?

É bom destacar que o modelo é classificado como SUV compacto não porque a Honda prefere essa nomeclatura, mas porque o WR-V se enquadra nessa categoria pelos requisitos do Conpet/Inmetro, que coordena os testes de consumo do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). 

Para ser um SUV compacto, o carro deve atender a pelo menos quatro dos cinco requisitos exigidos: 
- ângulo de entrada mínimo de 25º com tolerância de -1º: é de 21º no WR-V; 
- ângulo de saída mínimo de 20º com tolerância de -1º: é de 33º no WR-V;
- ângulo de transposição de rampa mínimo de 14º com tolerância de -1º: é de 13º no WR-V;
- altura livre do solo entre os eixos mínima de 200 mm com tolerância de -20 mm: é de 207 mm WR-V;
- altura livre do solo sob os eixos dianteiro e traseiro mínima de 180 mm com tolerância de -20 mm: é de 174 mm no WR-V

Ou seja, sim, o WR-V está dentro da categoria SUV compacto.

Desempenho e consumo

Então vamos agora ao que importa. O motor é o 1.5 flex de até 116 cv (etanol) com câmbio automático do tipo CVT que não simula marchas nem permite trocas manuais sequer na alavanca. É o mesmo conjunto do Fit, o que entrega respostas de desempenho similares. Isso não é ruim, pelo contrário, o WR-V entrega ótimas respostas, especialmente em uso urbano. 

Compare as versões do WR-V

Quem nunca guiou um carro com CVT pode estranhar no começo apenas o barulho elevado ao pisar fundo no acelerador. É uma característica desse tipo de transmissão, que eleva os giros para ganhar velocidade progresssivamente, o que causa esse efeito. Nada que incomode, mas vale a adaptação para situações em que seja preciso retomar a velocidade com maior rapidez, como numa ultrapassagem. 

O que é bastante diferente do Fit é o acerto da suspensão, já que o WR-V está 5 cm mais alto do solo e tem pneus com perfil mais alto de medida 195/60. Bastam alguns minutos, ou algumas curvas, para notar essa diferença. O SUV está mais firme, mas não a ponto de reduzir o conforto. Na verdade, ele filtra muito bem o piso ao mesmo tempo em que oferece rigidez para controlar a inclinação da carroceria em curvas. Em resumo? É tão gostoso dirigir o WR-V quando é no Fit. 

Falando por fim do consumo, o modelo faz 8,2 km/l na cidade e de 8,7 km/l na estrada com etanol ou 11,7 km/l e 12,4 km/l, respectivamente, com gasolina de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro. No dia a dia, rodando sempre no anda e para do trânsito e com o ar-condicionado ligado, fizemos a média de 4,5 km/l com etanol na cidade. 

Acabamento e espaço interno

Por dentro, o WR-V não oferece luxo, mas é bem acabado e tem materiais agradáveis. Ainda assim, acho que um carro acima de R$ 80 mil poderia ter um design mais moderno no interior e adotar mais texturas para criar uma cabine mais refinada. Os novos revestimentos dos bancos, por exemplo, funcionam como o primeiro passo nesse sentido, mas a Honda poderia ter ido além. 

Compare o WR-V com os concorrentes 

Destaque para a posição de dirigir elevada, o porta-copos no painel ao lado do volante e os bancos traseiros modulares. Quem já teve um Fit sabe como isso ajuda - e muito - dependendo do tipo de carga que você precisa levar. Se for um vaso, por exemplo, pode elevar o assento e acomodá-lo no chão. Se for uma prancha de surfe ou outro objeto muito comprido, pode rebater até o encosto do banco do passageiro dianteiro. E tudo muito rápido e prático. 

Quem vai no banco traseiro tem bastante espaço para as pernas e a cabeça, além de o porta-malas acomodar 363 litros. Não é tão grande - para comparar o City leva 485 litros - mas funciona para uma família ou para levar as malas dos amigos em uma viagem no final de semana. 

Equipamentos

De série, o WR-V EXL vem com ar-condicionado, direção elétrica, câmera de ré, faróis de neblina, luzes diurnas de LED, rack de teto, rodas de liga leve aro 16", trio elétrico, volante multifuncional revestido de couro com regulagem de altura e profundidade, piloto automático, airbags frontais, laterais e de cortina, isofix, computador de bordo, banco do motorista com ajuste de altura, encosto de cabeça e cintos de três pontos para todos os passageiros e central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas e GPS integrado.

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Pós-venda

O WR-V tem garantia de três anos e cobra R$ 1.131 pelas três primeiras revisões periódicas. A revisão de 10 mil km sai por R$ 258,83, a de 20 mil km cobra R$ 395,12 e a de 30 mil km custa R$ 477,83. 

O SUV tem um rostinho bonito, anda bem, não é beberrão e ainda tem o emblema Honda na grande frontal, o que diz muito. Além dos fãs da marca, o WR-V tem potencial para atrair clientes que gostam de carros com posição alta de dirigir e com esse estilo "off-road/urbano". Não é à toa que ele vendeu bem já na estreia. 

 

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