24/04/2017 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Ninguém duvida da capacidade do Nissan Kicks. O SUV lançado no Brasil em julho do ano passado pode ter pouco tempo de mercado, mas já conquistou seu espaço. Ele é atualmente o quarto modelo mais vendido no segmento, posicionado à frente do Hyundai Creta e atrás do Jeep Renegade, que fecha o pódio.
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E as vendas vem crescendo ao longo do ano: foram 1.973 unidades em janeiro, 2.086 em fevereiro e 3.501 unidades em março. Ou seja, a chegada de mais uma versão, a SV Limited, no final do ano passado fez muito bem ao Kicks. Lembrando que o carro nas concessionárias ainda é o importado do México, embora a produção em série em Resende (RJ) já tenha começado.
As unidades nacionais devem chegar em breve às lojas do País, mas não espere redução de preço por causa disso. O Kick SV - avaliado pelo iCarros - sai por R$ 86.490, enquanto a topo de linha SL custa R$ 93.490. Mas será que o Kicks SV vale a compra?
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Desempenho e consumo
O motor é o mesmo nas duas versões, o 1.6 16V flex que rende 114 cv de potência e 15,5 kgfm de torque com etanol. O câmbio é automático do tipo CVT (continuamente variável), com simulação de seis marchas virtuais. Esse conjunto ficou muito bom e entrega respostas bem rápidas em arrancadas.
Apesar de o CVT ter como característica respostas mais progressivas, a transmissão da Nissan está muito bem calibrada e é ágil. Você só lembra que está em um carro CVT ao pisar fundo no acelerador e ver os giros subirem vertiginosamente, elevando também o ruído dentro da cabine.
A suspensão é mais firme do que em alguns concorrentes, mas nada que prejudique o conforto. Pelo contrário, em pisos irregulares ou lombadas ela trabalha muito bem para filtrar essa variação. E de quebra dá estabilidade nas curvas. A única coisa que eu acho que poderia melhorar no Kicks é a direção elétrica, um pouco leve demais em baixas velocidades. Ela ajuda nas manobras, mas tira um pouco a precisão das respostas ao esterço no volante a até 50 km/h.
Confira também a opinião dos donos
O consumo também é ponto positivo no SUV, que segundo o Inmetro faz 8,1 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol ou 11,4 km/l e 13,7 km/l, respectivamente, com gasolina. Durante a nossa avaliação rodando a maior parte do tempo em congestionamentos e com o ar-condicionado ligado, a média no computador de bordo foi de 6,5 km/l. Nada mal para essas condições.
Acabamento e espaço interno
O Kicks pode não ter a sala de estar do rival Renault Captur no banco traseiro, mas também não fica devendo em nada por isso e supera outros concorrentes do segmento nesse aspecto. Ele é bastante espaçoso e acomoda três adultos sem problema, além de oferecer encostos de cabeça e cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes. O porta-malas de 432 litros é maior, por exemplo, que no Chevrolet Tracker (306 litros) e no Jeep Renegade (260 litros), mas está na média da categoria - Creta e HR-V têm 431 litros.
Já o acabamento não é um dos pontos altos do Kicks. Não porque seja desagradável ou tenha falhas, mas porque há plástico demais na cabine. Essa sensação é ainda maior ao olhar para o revestimento das portas, que traz apenas uma pequena faixa de tecido.
Veja os equipamentos de cada versão
Falando em tecido, o revestimento dos bancos na versão SV é de tecido, mas com textura, o que deixa o interior mais atraente. O desenho do painel com um recorte nas saídas de ar centrais também ajuda a criar um estilo mais moderno. No mais, os comandos estão todos à mão, a tela da central multimídia é sensível ao toque e tem um tamanho razoável e o volante conta com botões de áudio.
Só não estranhe o espaço que seria para a chave atrás do volante, já que o Kicks nas duas opções vendidas atualmente (SV e SL) tem partida por botão. Provavelmente uma nova configuração de entrada a ser lançada após a nacionalização contará com a partida tradicional pela chave, daí a existência do espaço reservado para isso.
Equipamentos de série
Com um ótimo custo/benefício, a versão SV já vem equipada com ar-condicionado digital, direção elétrica, partida por botão, faróis com assinatura de LED, central multmídia com tela de 7", USB, Bluetooth e GPS, sensor de estacionamento, rodas de liga leve de 17 polegadas, assistente de partida em rampa, controle de tração e de estabilidade, banco do motorista com ajustes de altura, volante com regulagem de altura e profundidade, trio elétrico, rack de teto na cor prata, alarme, faróis de neblina e sistema isofix. Eu diria que o mínimo que se espera está aqui.
Compare o Kicks com seus concorrentes
A SL acrescenta bancos revestidos de couro, acendimento automático dos faróis, airbags laterais e de cortina e câmera 360°, mas cobra R$ 7.000 a mais. Nada que seja essencial se você não tiver esse dinheiro extra para gastar no carro. Por isso, considero a versão SL um melhor negócio.
Garantia e revisões
A garantia do SUV é de três anos, com revisões periódicas custando R$ 410 (10 mil km), R$ 565 (20 mil km) e R$ 410 (30 mil km), todas com a mão de obra inclusa. Até os 60 mil km, as revisões saem por R$ 2.925, um valor muito bom dentro do segmento de utilitários esportivos compactos.
Bonito, ágil, econômico e bem equipado, eu não faria cara feia se alguém dissesse que pretende comprar um Kicks SV. Ele tem alguns defeitos menores, mas vale o investimento.
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