16/01/2017 - Texto e fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros
Na linha 2017, o Fiat Uno aposentou de vez o antigo motor Fire EVO de quatro cilindros em favor de uma nova unidade, também 1.0, mas de três cilindros: o Firefly. No caso do Mobi, apenas a configuração Drive oferece o propulsor mais moderno. Comparados em preço quando equipados com o mesmo motor, os dois hatches da Fiat estão separados por uma diferença de menos de R$ 2 mil, uma vez que a lista de equipamentos de série é bem similar. O Mobi Drive custa R$ 39.870 e o Uno Attractive 1.0 sai por R$ 41.840.
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Itens de série e opcionais
Mobi Drive
Preço total: R$ 45.785
De série – Ar-condicionado, direção com assistência elétrica, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico, caixa organizadora no porta-malas (Cargo Box) e computador de bordo com display digital.
Opcionais da unidade avaliada – Pintura perolizada (R$ 1.265) e Kit Live On (R$ 4.650) que adiciona faróis de neblina, rodas de liga leve aro 14", alarme, espelhos elétricos, central multimídia Live On com conectividade via Bluetooth e USB, volante multifuncional, regulagem de altura para o banco do motorista, sensor de estacionamento traseiro e console de teto.
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Uno Attractive 1.0
Preço total: R$ 48.199
De série - Ar-condicionado, direção com assistência elétrica, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico e computador de bordo com display digital.
Opcionais da unidade avaliada – Pintura metálica (R$ 1.319), Kit Tech (R$ 3.740) que adiciona alarme, assistente de partida em rampa, rádio com conectividade via Bluetooth e USB, espelhos elétricos, vidros traseiros elétricos e controles de tração e estabilidade e o Kit Comfort (R$ 1.300) trazendo terceiro apoio de cabeça traseiro, cinto de três pontos para todos os ocupantes traseiros, apoio de braço central, regulagem de altura para o banco do motorista, banco traseiro bipartido e console de teto.
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Os números importantes
Ambos estão equipados com o motor 1.0 Firefly de três cilindros com 6V capaz de entregar 77 cv de potência e 10,9 kgfm de torque com etanol e 72 cv e 10,3 kgfm com gasolina. Os dois trazem apenas o câmbio manual de cinco marchas como opção de transmissão.
No caso do Mobi, o consumo declarado com etanol é de 9,6 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada, enquanto na gasolina são 13,7 km/l e 16,1 km/l respectivamente. Por sua vez, o Uno com o mesmo motor declara um consumo de 9,2 km/l, 10,4, km/l, 13,1 km/l e 15,1 km/l na mesma ordem.
Só pelas fotos já dá para sacar que o Uno é maior. São 3,82 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,48 m de altura e 2,37 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda até 290 litros de bagagens e o carro pesa 1.010 kg.
Menor, o Mobi tem 3,56 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,50 m de altura e 2,30 m de entre-eixos. O bagageiro também comporta menos: 215 litros. O carro pesa 945 kg.
Live On x rádio convencional
Hoje é possível ter a central Live On no Uno também, mas a unidade avaliada veio com o rádio convencional, um pouco mais em conta. Porém, apesar de cumpridor, o aparelho tem uma aparência datada e alguns botões não são fáceis de manusear.
Já a central Live On, no Mobi, tem uma ideia ótima: o seu celular é a tela da central multimídia. O espaço do rádio vira um suporte para o aparelho, há uma tomada USB para o carregamento da bateria e a vida parece maravilhosa. Mas há percalços. No telefone testado (Motorola Moto X de 2ª geração com Android 6.0), a braçadeira superior mantém o botão de volume apertado constantemente. Trocando o lado do celular, é o botão liga/desliga que fica pressionado. A solução foi deixá-lo levemente deslocado para esquerda, um pouco torto como nas imagens da galeria acima.
A saída USB também não é muito prática, pois exige alguns contornos com o cabo, o que não resulta em uma aparência muito bonita. Por último, é preciso ter o aplicativo Live On da Fiat e um aparelho pareado com o Bluetooth do carro.
O aplicativo em si e todas as funcionalidades nativas, como rádio, player de músicas, telefone e informações de condução, operam muito bem, sem engasgos no aparelho. Você pode customizar dois aplicativos dentro do Live On: um de mapas e outro de músicas online. E é aí que começam os problemas. Com Live On, Spotify, Waze e Bluetooth ligados, haja memória para tanto processamento. No aparelho testado, o Live On travou e o telefone estava superaquecendo após 40 minutos.
A ideia da Fiat é bacana: você não fica com o celular à mostra como em suportes de telefone e, ao sair, não fica nada no painel chamando atenção. Uma fixação melhor para o aparelho e um aplicativo com melhor integração com outros programas não nativos a ele sem sobrecarregar o processamento do telefone seriam a solução definitiva, mas, por enquanto, o Live On não chegou nesse ponto.
Questão de uso
O Mobi usa uma plataforma revisada do Uno. Pesadamente reformulada e encurtada, mas ainda é do Uno. Então diversos aspectos de ambos os hatches são comuns nos dois. É o caso de comandos, maçanetas, bancos, ajustes e até mesmo o volante. Tanto um quanto o outro possuem a função City para aumentar a assistência da direção elétrica em manobras, tornando-as mais fáceis.
O acabamento tem o mesmo veredito em ambos: nada de materiais nobres, mas também não tem nada de mal montado ou mal acabado. Os interiores da Fiat melhoraram muito nos últimos anos.
Enquanto o Uno chegou à linha 2017 de cara e motores novos, o Mobi é um rosto extra na foto de família da Fiat. Pode não agradar a todos, mas chama muito mais a atenção, ainda mais na cor Roxo Mirtilo da unidade avaliada, do que o Uno Prata Bari testado, que já é vista comum nas ruas.
A diferença de porte, no entanto, traz um ponto positivo e um negativo para os dois. No Uno, o desempenho e o consumo são comprometidos pelo peso extra, mas o porta-malas tem um volume dentro do esperado e, se necessário, é possível encaixar três adultos no banco traseiro. O Mobi, menor e mais leve, é mais “esperto” de saídas e mantém melhor o embalo, só que os passageiros do banco de trás não vão ficar muito felizes e qualquer compra no mercado vai exigir alguma prática de quebra-cabeças para levar tudo no bagageiro.
Nos dois carros, a suspensão prioriza o conforto. Então espere um visível rolamento de carroceria nas mudanças de direção. Mas, por ser menor, o Mobi responde mais rápido. E não só ao volante. A resposta do acelerador também aparece antes e levar o acelerador até o final do curso é algo raro. Já no Uno é preciso um pouco mais de paciência e usar mais as trocas de marcha.
Escolha de Thiago Moreno - É fácil entender: precisa de espaço? Vá de Uno. Consegue se entender com um espaço menor e prioriza o desempenho e consumo num pacote cheio de personalidade? O Mobi é o seu carro e a minha escolha. Mas, no meu caso, desencanaria da central Live On, embolsaria o dinheiro extra do opcional, que não é pouco, e buscaria apenas os acessórios de minha preferência no pós-venda.
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