22/12/2014 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Thiago Moreno e Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros
Eles são bonitos e andam rápido. É difícil não gostar do Mini Cooper S e do Volkswagen Golf GTI. Mas quando eles são colocados lado a lado, qual escolher?
Vamos começar pelos preços. O Cooper Hatch é o único modelo da Mini que já está na nova geração no País, desde junho deste ano. O iCarros avaliou a configuração mais equipada, a S Top, que custa R$ 129.950.
Já o Golf chegou ao nosso mercado quase um ano antes, em setembro de 2013, em sua sétima geração – a anterior oferecida no Brasil era a quarta, fabricada em São José dos Pinhais (PR). O novo Golf foi importado inicialmente da Alemanha, mas vem do México desde agosto desde ano. Na versão GTI, a topo de linha, sai por R$ 103.890. No preço, ponto para o Volkswagen.
Conforto com esportividade
O Cooper S, além do visual retrô que é um atrativo à parte, vem de fábrica com ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, direção elétrica, partida por botão, faróis de LED, sistema Start/Stop, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, sensor de estacionamento, dupla saída de escapamento, rodas de liga leve aro 17, teto solar, controlador de velocidade adaptativo (freio o carro para manter a distância do veículo à frente), head-up display (visor que projeta informações no para-brisa) e sistema de som com Bluetooth, comandos no volante, tela de LCD de 8,8 polegadas e GPS integrado.
Apesar da aparência de lord, o carrinho britânico foi feito para as pistas. Ele traz ainda volante esportivo revestido de couro com borboletas para trocas de marcha manuais, suspensão adaptativa, controle de largada (otimiza o arranque), três modos de condução, bloqueio eletrônico do diferencial (distribui a força entre as rodas), controle de estabilidade e de tração, aviso de colisão frontal, assistente de farol alto, seis airbags (frontais, laterais e de cortina) e bancos de couro tipo concha. O único opcional é a pintura metálica, que custa R$ 1.400.
O Golf GTI não fica atrás. Ele também oferece ar-condicionado com duas zonas, direção elétrica, bancos e volante esportivos revestidos de couro com borboletas para trocas manuais, controlador de velocidade, rodas aro 17, ponteira dupla cromada, sistema Start/Stop, bloqueio eletrônico do diferencial, controle de estabilidade e de tração, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis e sensor de estacionamento. A mais do que o rival, ele traz airbag de joelho para o motorista e tela de 5,8 polegadas do sistema multimídia com sensor de aproximação – este último é mais uma perfumaria, é verdade.
A pintura metálica do Golf sai por R$ 1.052 e a perolizada por R$ 1.578. São opcionais também teto solar (R$ 4.980), pacote com controlador de velocidade adaptativo, assistente de farol alto, partida por botão, sistema com quatro modos de condução (Eco, Sport, Normal e Individual), aquecimento dos bancos dianteiros, faróis bixenônio com luzes diurnas de LED, comandos de voz e GPS (R$ 17.015) e kit que acrescenta a mais ajuste lombar elétrico, câmera de ré, sistema que estaciona o carro sozinho e tela multimídia de 8 polegadas (R$ 30.937).
Ou seja, mesmo equipando o Golf com opcionais para deixá-lo com um pacote equivalente ao do Mini, ele ainda sai um pouco mais barato. No custo/benefício, mais um ponto para o Volkswagen.
Design com propostas diferentes
A verdade é que o dono de um Mini paga mais caro pelo estilo único do carro, tanto por dentro quanto por fora. Na nova geração, ele manteve seus traços característicos, como os faróis circulares, as linhas arredondadas e a grande tela no console central. É bem difícil não chamar a atenção na rua com esse carrinho.
Já o Golf GTI é mais discreto. Só mesmo quem conhece o carro vira o pescoço para vê-lo passar. Portanto, se o seu negócio não é ostentar, o Volkswagen é a melhor opção.
No quesito design, o Mini acaba levando o ponto. Pesa a seu favor ainda o fato de ser duas portas, o que é considerado um charme por muitos consumidores. O Golf possui apenas carroceria quatro portas, o que por sua vez facilita o acesso das pessoas ao banco traseiro.
Cabine segue o exterior
O Mini é nitidamente menor que o Golf. Ele mede 3,85 m de comprimento, 1,72 m de largura e 1,41 m de altura, com entre-eixos de 2,49 m. O hatch da Volkswagen tem 4,26 m, 1,79 m, 1,45 m e 2,63 m, respectivamente.
Como as dimensões já entregam, o Cooper é bem mais apertado. Cabem apenas duas pessoas no banco traseiro e é preciso um pouco de flexibilidade para entrar e sair. Nem se fala do espaço para as pernas. E o porta-malas? São 211 litros.
Nadando de braçada nesse quesito, o Golf é maior, mais espaçoso e leva cinco pessoas tranquilamente. E sua capacidade no bagageiro é de 338 litros. Em versatilidade e espaço interno, ganha o Volkswagen.
Falando agora do interior, ambos oferecem ótimo nível de acabamento, mas o console cheio de luzes do Mini chega a ser poluído – o novo modelo traz luzes de LED ao redor da tela central no lugar do velocímetro da geração anterior e as cores das luzes variam conforme o modo de condução escolhido. A tela não é sensível ao toque, mas o botão giratório no console central que aciona o sistema multimídia é, permitindo digitar letras e números, como ocorre em alguns carros da Audi.
Por dentro, o Golf segue a mesma receita do exterior: bonito, elegante e discreto. Um destaque do hatch é a tela do sistema multimídia com sensor de movimento. Basta passar as mãos diante da tela para o sistema despertar do modo “stand by”.
Sobre a posição de dirigir, os dois modelos oferecem diversos ajustes, mas no Mini você pilota mais baixo, como num kart, como a marca gosta de destacar. Falta apenas regulagem de altura no cinto de segurança. Aqui, ponto para o Cooper S.
Prazer ao volante
Guardando a melhor parte para o final, vamos ao desempenho. O Golf tem motor 2.0 turbo a gasolina que rende 220 cv de potência e torque de 35,7 kgfm a 1.500 rpm, com câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas. Com esse conjunto, ele acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 244 km/h.
O Cooper S também possui um 2.0 turbo a gasolina, mas ele entrega 192 cv e 28,5 kgfm a 1.250 rpm. A transmissão é automática de seis velocidades. Os números menores acabam refletindo nos dados da fabricante: ele chega aos 100 km/h em 6,7 segundos e à máxima de 233 km/h.
Mas se o Golf sai na frente, o Mini não fica para trás. Ele é tão empolgante ao volante quanto o rival, fazendo uso da vantagem de ser menor e mais leve, além de ter menor altura em relação ao solo – ele parece “grudar” mais no chão nas curvas.
Quanto ao consumo, durante a avaliação do iCarros, o Golf fez média de 9 km/l na cidade e 15 km/l na estrada, enquanto o Cooper fez 7 km/l e 11 km/l, lembrando que ambos são movidos apenas a gasolina.
No desempenho, poderia até haver um empate técnico, já que os dois carros são incríveis e instigam o piloto a pisar cada vez mais no acelerador. Os câmbios, embora funcionem de forma diferente, oferecem respostas similares: suave e ágil.
Com suspensões firmes, como manda o figurino de carros de pista, o Golf se mostrou mais confortável na cidade do que o concorrente, filtrando melhor o piso. O Cooper S maltrata os ocupantes nas ruas brasileiras. Mais um ponto que o Volkswagen leva.
Escolha de Anamaria Rinaldi – É verdade que o Volkswagen Golf ganhou em quase todos os aspectos. Por isso ele leva o comparativo. Mas ele nunca terá o que o Mini tem: design único e estilo de pilotagem mais próximo de um carro de corrida.
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